De uma forma muita atrativa, o jogo conta com cross buy, que permite comprar uma versão e levar as duas; cross save, para que o seu progresso no PS4 seja continuado no PS Vita e vice-versa; e cross play, para que os jogadores de ambas as plataformas possam duelar entre si. Uma galeria com imagens para desbloquear e troféus também foram adicionados, apesar de estes serem dos mais simples, quase todos apenas para terminar com determinado personagem.
Vale lembrar que não se trata de um remake, o jogo não foi refeito e está bem fiel ao original. Temos ao todo 18 personagens, sendo dois deles desbloqueáveis. Os códigos para liberá-los estão contidos no próprio menu do game e eles não ficam disponíveis, sendo necessário usar a mesma sequência toda vez que for utilizá-los — uma bela perda de tempo.
O velho esquema de lutas com armas em 2D continua o mesmo, com duas opções de estilo: Speed e Power. Escolhendo a primeira, o personagem será mais rápido, mas seus golpes terão menos força; no segundo caso, acontece justamente o oposto: mais força e menos velocidade. A mudança é nítida e não há vantagem para um ou outro, e sim uma questão de gosto pessoal. Há um terceiro estilo, o EX, que, infelizmente, também só é acessado ao seguir uma sequência de botões para desbloqueá-lo, toda vez que for selecionar um personagem — novamente, o código está no menu do jogo. Trata-se de uma mistura de ambos os estilos, deixando o personagem forte e rápido ao mesmo tempo, com o revés de receber muito mais dano, algo também perceptível.
Um dos diferenciais na época de The Last Blade 2 era o seu sistema de repelir, muito parecido com o "parry" dos jogos atuais. Dominar esse golpe, que exige o momento exato para desferi-lo, é fundamental para ter sucesso durante as lutas e acrescenta uma boa dose de estratégia, já que ao repelir um golpe é possível acertar o oponente e aplicar um combo em sequência. Em vários momentos, esperar a iniciativa do oponente é mais interessante do que partir para o ataque.
Há algumas combinações de filtros para deixar o vídeo no agrado de todos. Podemos deixar bem fiel ao original, ou com a imagem mais esticada e com traços suavizados. Certamente os jogadores mais antigos deixarão todos os serrilhados, de uma forma bem nostálgica. Contudo, durante as partidas, é possível ver uma queda na taxa de quadros com certa frequência, além de bugs, como o caso da fase em chamas, que o jogo simplesmente trava e é necessário fechar o aplicativo para voltar ao game (problema que só ocorre na versão de PS4), e os pop-ups irritantes que pausam a partida toda vez que um quadro na galeria é desbloqueado, o que indica que ainda há o que melhorar no port.
Os modos de história, treinamento, versus e time attack estão presentes. Neste último, o jogador deve derrotar o maior número de personagens durante os 90 segundos dados pelo jogo — com a vantagem de eles terem apenas uma barra de energia. Além deles, o pessoal da Code Mystics acrescentou multiplayer online, o que seria um grande diferencial, se não fosse tão problemático, com lag o tempo todo e quedas de conexão constantes.
Os ports de videogame são uma ótima forma de jogarmos os títulos antigos sem termos que recorrer a métodos ilegais. Dependendo da idade do jogo, entretanto, é mais provável que eles agradem mais aos fãs de jogos antigos e saudosistas do que ao público mais novo, acostumado com os consoles atuais. Esse parece ser o caso de The Last Blade 2, que chega com certa fidelidade ao jogo original, mas que aparenta ser datado e dificilmente agradará a um público mais exigente. Além disso, o game precisa ser bem polido ainda, e conta com diversos bugs e problemas no multiplayer online, o que pode comprometer a diversão mesmo dos entusiastas.
Prós
- Cross buy, cross save e cross play;
- Filtros de vídeo e fidelidade à versão original;
- Troféus e galeria.
Contras
- Quedas de quadros por segundo;
- Travamentos;
- Lag e quedas de conexão no multiplayer online.
The Last Blade 2 — PS4/PS Vita — Nota: 6.5Versão utilizada na análise: PS4 e PS Vita
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