O diretor de Uncharted 4: A Thief’s End, Neil Druckmann, concedeu entrevista ao portal Glixel e revelou detalhes do processo produtivo do título. Segundo o profissional, a etapa de desenvolvimento não foi nada fácil e teve que lidar com problemas sexistas. A situação ficou tão insustentável que uma das pessoas convidadas para testar o jogo acabou sendo dispensada por comportamento machista.
Atenção! Esse texto contém spoilers do enredo de Uncharted 4.
"Quando pensávamos em um novo personagem e o mostrávamos para nossa principal artista conceitual, ela perguntava constantemente: e se fosse uma mulher? Eu respondia: Oh, não pensei nisso. Me deixe pensar, afeta ou muda algo? Não? Legal, isso será diferente. Sim, vamos fazer", respondeu Druckmann.
O diretor contou que, no começo, seria o filho de Drake no epílogo. A mansão que aparece no jogo também teria outro dono, seria de propriedade de um idoso britânico. "Em ambos os casos, a nossa artista conceitual perguntou: e se fosse uma mulher?", ressaltou Druckmann.
As propostas foram aceitas e personagens que inicialmente seriam homens, acabaram sendo criados como mulheres. Com isso, as garotas desempenham papel fundamental durante toda a história de Uncharted 4.
Porém, quando o título ficou pronto e foi para a etapa de testes, algumas pessoas não aceitaram a grande presença feminina.
"Alguns ficaram chateados por Nadine bater em Nate e quando no final temos a filha dele. Chegou ao ponto que tive de pedir a um deles para ir embora. Isto simplesmente o afetou. Ele estava praguejando: 'Droga Naughty Dog! Se fizerem outro jogo com a filha de Drake, acabou Uncharted para mim. Isso é uma porcaria!'", detalhou Druckmann.
Fonte: Eurogamer
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