Análise DLC

Não fique para trás em Left Behind, DLC de The Last of US (PS3)

Naughty Dog nos leva de volta ao universo de The Last of Us para viver uma emocionante aventura com Ellie.

Até onde você estaria disposto a ir por quem ama? Essa é a principal pergunta que define The Last of Us (PS3), e com Left Behind não é nada diferente. O primeiro e único DLC de história do prestigiado e premiado jogo da Naughty Dog, finalmente teve seu merecido lançamento. Mas será que ele está à altura do game original? Bom, essa é a pergunta que vai definir a nossa análise em busca da resposta correta para você.

Visitando o passado 

The Last of Us é um jogo sobre pessoas e seus conflitos internos e externos. Left Behind  não é diferente, ele segue os mesmos passos do jogo original. O DLC serve como um prólogo para a história principal e apresenta uma aventura vivida por uma Ellie mais nova acompanhada por Riley, sua grande amiga. Vou tentar ao máximo evitar o que considero spoiler para não estragar a experiência, mas confesso que a Naughty Dog conseguiu encontrar uma maneira muito inteligente de ligar esse prólogo à história principal.
Left Behind oferece uma nova perspectiva sobre Ellie, uma das melhores personagens de videogame que já tive o prazer de conhecer e jogar. Essa garota é tão incrível, forte e inteligente que é inevitável não sentir vontade de querer se tornar seu amigo. Nesse DLC, entendemos um pouco melhor seu passado e sua experiência de vida, o que moldou a personagem até o seu encontro com Joel.

The Last of Us ofereceu mais de oito horas de jogo para criar uma relação intensa e emocional entre Ellie e Joel, mas aqui temos apenas três horas para nos conectarmos com a nova personagem, Riley. Que na verdade não deixa de ser uma antiga conhecida, afinal a amizade das duas é mencionada por Ellie no game original. Ainda assim, é uma tarefa que exige habilidade, mas nada que a Naughty Dog não consiga tirar de letra.

Barrados no shopping 

Grande parte da aventura de Ellie e Riley ocorre dentro de um shopping abandonado, o que nos dá bastante tempo para compreender melhor a amizade entre essas duas personagens. Em um mundo pós-apocalíptico, onde nem humanos são confiáveis, quando você encontra algo verdadeiro, você se agarra nisso e não deixa ir embora. E é isso que a amizade entre essas duas adolescentes é: verdadeira.
O excelente trabalho de captação de movimentos e dublagens novamente nos presenteia com personagem críveis e reais, que possuem paixões, conflitos e indecisões. O DLC é repleto de momentos e diálogos que vão fazer você se apaixonar ainda mais por Ellie e entender de onde a garota ganhou as habilidades que apresenta no jogo original. Ainda um pouco ingênua e confusa, à medida que o jogo se desenvolve, a personagem de Ellie também cresce, nem que seja à força, nesse novo mundo violento e cruel.

Matando tempo 

Existem duas formas de gameplay em Left Behind: o de interação e o de ação. O primeiro se mostrou muito mais interessante ao revisitar o universo de The Last of Us do que o segundo. É claro que ainda é muito divertido montar armadilhas para Clickers e Runners, mas é quase como se o jogo original já tivesse oferecido o bastante disso que a função se torna quase irrelevante. O que ganha maior destaque realmente é a interação entre as personagens, jogar conversa fora, brincar pelos corredores de uma loja abandonada ou até mesmo jogar uma partida imaginária de fliperama.
Ainda sobre a o gameplay, enfrentar humanos e infectados ao mesmo tempo é uma das grandes inovações. Não lembro de ocasiões assim no jogo original e elas com certeza trazem uma nova dinâmica ao jogo. Você pode atrair um inimigo em direção ao outro e esperar pelos que sobreviverem para terminar o trabalho sujo. Definitivamente um dos pontos altos dos momentos de ação e tensão. Afinal, como em qualquer bom survival horror, todos os suprimentos são escassos e, na hora do sofrimento, qualquer tática é uma boa tática. Desde que você saia com vida.

Não olhe para trás 

Left Behind consegue manter o nível de The Last of Us e ao mesmo tempo revelar um pouco mais sobre Ellie. Com jogabilidade, gráficos, roteiro e dublagens excelentes, o jogo é um presente para os fãs da série que estavam com saudade de se divertir no universo de The Last of Us. Destaque para a trilha sonora, elemento essencial para criar uma atmosfera envolvente em qualquer jogo que se preze, e por isso mesmo o game ganhou uma trilha inteiramente nova, do jeito que merece.
Apesar disso, a Naughty Dog demorou demais para lançar Left Behind, parece que as coisas esfriaram um pouco para quem experimentou o jogo original em seu lançamento. A decisão mais sábia teria sido lançar ele como o primeiro DLC, não o pacote de mapas para o multiplayer. Muito jogadores compraram The Last of Us para viver a experiência singleplayer, que realmente é a cereja do bolo aqui. E é bom você não demorar demais para viver essa experiência ou vai acabar ficando para trás.

Prós 


  • Uma nova trilha sonora totalmente envolvente; 
  • Gráficos que não deixam nada a desejar para a nova geração; 
  • Enredo cativante com personagens sólidos e críveis; 
  • Jogabilidade intuitiva e criativa; 
  • Ellie, Ellie e mais Ellie! 

Contras 


  • Demorou tempo demais para ter seu lançamento; 
  • O valor pode parecer salgado para um DLC apenas. 

Left Behind (The Last of Us) – PlayStation 3 – Nota: 9.0

Preço: US$ 14,99 R$ 30,99 | Disponível na PlayStation Store
Revisão: Bruno Nominato 
Capa: Diego Migueis

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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