PoPoLoCrois é simples, básico, mas ao mesmo tempo charmoso e convidativo. Na realidade, o game é um remake de dois jogos lançados para o PlayStation, nos anos de 1996 e 2000. Embora o visual possa parecer datado, a mecânica intuitiva e uma história singela garantem uma boa experiência. Se você nunca jogou RPGs mas deseja entrar neste mundo, PoPoLoCrois pode ser a sua porta de entrada.
Simplicidade, eis a chave
Quando estava jogando PoPoLoCrois, sempre me vinha à mente um dos grandes RPGs que já coloquei a mão: Grandia. Embora tenha algumas diferenças óbvias entre os dois jogos, algumas semelhanças também me chamavam atenção: os personagens principais são crianças (e quase formam um casal romântico) e a história vai ganhando mais fôlego em seu desenrolar. Mas é sempre um olhar infantil e inocente, o que acaba cativando os jogadores.
A história de PoPoLoCrois gira em torno do príncipe Pietro para salvar sua mãe, Sania, já que seu espírito está adormecido no mundo dos mortos por causa de uma maldição lançada pelo Demônio do Gelo. Pode parecer simples, mas a trama oferece alguns momentos realmente comoventes, além de expandir sua trama. Há – como em todo RPG que se preze – vilões que querem dominar o mundo e reviver o Demônio do Gelo - cabe então ao príncipe Pietro e sua trupe, composta por uma bruxa da floresta, um guarda real e um vilão que não quer perder sua fama defenderem o querido reino de PoPoLoCrois. E a chave de toda essa história rocambolesca é a mãe de Pietro.
O trailer do jogo forçou a barra...
RPG old-school
A clássica tela de equipamentos |
As animações são de qualidade! |
A cereja do bolo são as animações. Elas não foram extraídas do anime – sim, PoPoLoCrois também é um anime – são totalmente originais para o game do PSP. Elas enchem o game de energia e personalidade, envolvendo ainda mais o jogador na trama.
Mas espere, nem tudo são flores. Os encontros aleatórios nas batalhas chegam a ser irritantes em alguns momentos. E quando há muitos elementos na tela, pode ocorrer também alguns slowdowns, prejudicando a jogabilidade.
As músicas oscilam entre a qualidade e o senso-comum. Alguns temas podem ser realmente bonitos – como a música de introdução – mas outras composições são simplesmente genéricas e esquecíveis em longo prazo.
Um RPG simples, mas de qualidade
PoPoLoCrois agrada pelos gráficos simples, pela jogabilidade rápida e pela trama envolvente, mas não espere aqui um Final Fantasy ou outro grande RPG nipônico. Mas Pietro e sua trupe tem carisma para levar adiante o game. E a narrativa certamente o deixará preso no universo de PoPoLoCrois, garantindo uma rica aventura de pelo menos 30 horas.
Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Wellington Aciole
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