Vem aí

Prévia: Confira o que esperar de Tales of Xillia (PS3), título que comemora os 15 anos da popular série de JRPGs

A série Tales é uma das franquias de RPG mais populares no Japão, com fama equiparável a Final Fantasy e Dragon Quest. Mesmo com mais de v... (por Farley Santos em 17/07/2013, via PlayStation Blast)

A série Tales é uma das franquias de RPG mais populares no Japão, com fama equiparável a Final Fantasy e Dragon Quest. Mesmo com mais de vinte títulos lançados no território nipônico, pouquíssimos episódios foram localizados para o Ocidente. Felizmente este quadro começou a mudar recentemente com o inesperado lançamento em inglês de Tales of Graces f (PS3), que foi seguido do anúncio de Tales of Xillia (PS3). Desenvolvido especialmente para comemorar o aniversário de quinze anos da franquia, Xillia promete pegar as melhores características dos jogos anteriores.

O melhor de dois estilos

Os jogos principais da série Tales são desenvolvidos por dois times diferentes: Team Symphonia e Team Destiny. Cada uma das equipes usa mecânicas recorrentes em seus jogos, sendo um exemplo os pontos de ação utilizados em batalha: Team Symphonia utiliza o limitado atributo Tech Points (TP) para executar as técnicas especiais, enquanto o Team Destiny prefere o flexível Chain Capacity (CC). Tales of Xillia foi desenvolvido em conjunto pelas duas equipes, que se esforçaram em implementar suas particularidades no jogo.

Uma das primeiras novidades em Xillia é o fato de ser possível escolher entre dois protagonistas: o estudante de medicina Jude Mathis e a misteriosa feiticeira Milla Maxwell. A trama é idêntica para ambos, mas algumas cenas são exclusivas de cada personagem. O palco da história é o planeta Liese Maxia, no qual humanos, monstros e espíritos coexistem. A dupla de heróis se encontra por acaso ao investigar um evento estranho que feriu uma grande quantidade de pessoas. Os dois passam a viajar juntos para tentar descobrir a origem do problema e se envolvem em questões maiores que podem afetar todo o mundo. A estrutura da aventura é dividida entre exploração e combates, com algumas missões alternativas disponíveis, como a maioria dos JRPGs. O tradicional Grade Shop, opção que permite alterar características do jogo para partidas futuras, também estará presente em Xillia.

Lutando em dupla até a vitória

Como é tradição da franquia, Tales of Xillia conta com um sistema de batalha em tempo real de nome longo e estranho, intitulado Double Raid Linear Motion Battle System. Xillia adota a visão lateral clássica, utilizada em títulos como Tales of Destiny (PS) e Tales of Vesperia (X360), introduzindo várias novidades. A principal delas é o Link Mode, no qual dois heróis trabalham em conjunto. Um personagem funciona como o mestre e o outro provê suporte de alguma maneira, seja complementando combos, protegendo a retaguarda ou ativando habilidades de suporte. Trabalhar bem em conjunto é essencial, pois isso preenche uma barra que permite executar devastadoras técnicas especiais em conjunto. Outra novidade é a maneira de atacar: golpes normais utilizam pontos de Assault Counter (AC), que se regeneram automaticamente; enquanto as técnicas especiais consomem Technical Points (TP), recuperados somente através de itens.

Ao subir de nível, os personagens recebem Growth Points (GP). Estes pontos podem ser utilizados em uma grade para melhorar atributos como força, magia e defesa. Várias técnicas e habilidades estão disponíveis nesta grade e são liberadas conforme os pontos são distribuídos nela. Este sistema, que lembra o Sphere Grid de Final Fantasy X (PS2), permite que o crescimento dos personagens seja controlado completamente pelo jogador, abrindo um grande leque de possibilidades.

Beleza acompanhada de perto e inúmeros extras

O mundo de Liese Maxia apresenta gráficos bonitos e detalhados, que podem ser admirados de uma perspectiva nunca vista antes na série: em Xillia a câmera pode ser controlada livremente e acompanha os personagens de perto, em terceira pessoa. Não existe um mapa-múndi e é necessário caminhar entre as áreas, assim como Tales of Graces f (PS3). O resultado deve ser um mundo mais imersivo e interessante de explorar. A direção de arte continua inspirada nas populares animações japonesas, com ilustrações dos veteranos Kosuke Fujishima e Mutsumi Inomata. A música é novamente de autoria de Motoi Sakuraba, que é responsável pelas composições da maioria dos títulos da franquia.

A Namco Bandai acompanhou de perto os pedidos dos fãs e tomou muito cuidado na localização. O jogo será lançado no Ocidente com sua música tema original em japonês, algo que nunca aconteceu antes nas localizações anteriores e sempre foi solicitado pelos jogadores. Acompanhando também a tendência dos lançamentos atuais, uma versão limitada será disponibilizada e incluirá itens como livro de ilustrações, disco com músicas e até uma estátua da heroína Milla Maxwell.

Uma aventura fantástica

Tales of Xillia promete ser mais um dos RPGs de destaques do PS3 de 2013, figurando ao lado de Ni No Kuni (PS3). As várias novidades, como o sistema de batalha ágil e a visão mais próxima da ação, fazem com que Xillia seja um dos Tales mais esperados pelos fãs Ocidentais. E este título é só o começo: a Namco Bandai já anunciou que vai trazer a continuação para este lado do planeta, assim como o pacote HD contendo os jogos da saga Symphonia. E vocês, o que esperam de Tales of Xillia? Pretendem jogá-lo?
Tales of Xillia (PS3)
Desenvolvimento: Namco Tales Studio
Gênero: RPG
Lançamento: 6 de agosto de 2013
Expectativa: 4/5
Revisão: Marcos Silveira
Capa: Diego Migueis

é brasiliense e gosta de explorar games obscuros e pouco conhecidos. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de boardgames, game music, fotografia e livros. Além de mostrar seus cliques no Flickr, tem também um blog onde escreve sobre inúmeros assuntos e também pode ser encontrado no Twitter.

Comentários

Google
Disqus
Facebook