No primeiro jogo da série God of War, o jogador já tem a oportunidade de ver como Kratos conseguiu evoluir de um “simples” guerreiro humano para o deus grego da Guerra. O final não poderia ser mais épico, com o personagem adentrando os portões do Olimpo e sentando no trono que um dia foi de Ares (derrotado ao final do jogo). No segundo jogo tivemos a oportunidade de controlá-lo em seu auge como deus. Mas sempre ficou aquela curiosidade de saber como era a vida de Kratos quando ele ainda servia aos deuses apenas como guerreiro. Para tapar essa lacuna, em 2006 a Sony lançou, para o portátil PSP, God of War: Chains of Olympus, que se passa anos antes do primeiro jogo.
A ameaça do deus dos sonhos
Uma das coisas mais cativantes na franquia GoW (além da pancadaria e do sangue) é o fato de ela colocar o jogador para participar de eventos históricos ou mitológicos da Grécia antiga, como a abertura da Caixa de Pandora, por exemplo. Em Chains of Olympus não é diferente. O jogo começa com Kratos sendo enviado pelos deuses para a cidade de Attica, onde ele deve ajudar os soldados a impedirem a invasão do exército persa. Claro que isso seria fácil demais para ele e, logo após a derrota do rei persa, Kratos vê o sol cair do céu e a coisa toda se complica.Chegando à cidade de Marathon, que está coberta por uma estranha névoa, ele descobre que o responsável por tudo é Morpheus, deus dos sonhos. Agora nosso herói precisa resgatar o deus do sol Helios para que tudo volte ao normal. Como acontece nos outros jogos da série, Chains of Olympus traz ainda vários outros personagens da mitologia, entre elas a deusa Athena, que sempre aparece nos jogos. Temos também a participação de Caronte, o barqueiro responsável pela travessia das almas no rio Styx. O interessante desse jogo é que o principal vilão da história, Morpheus, não dá as caras em nenhum momento, ficando apenas como uma presença a ser temida.
O bichinho de estimação dos persas |
Um grande jogo em uma pequena tela
Os gráficos dos personagens são bons e não deixam a desejar em comparação com o primeiro God of War. Em compensação, o mesmo não se pode dizer dos cenários. Muitos deles são apenas repetições uns dos outros, com pequenas variações. Às vezes nem variações eles possuem. Além disso, em cenários que é necessário escalar alguma parede é bem difícil enxergar qual é a parte “escalável” e qual é apenas uma parede comum. Claro que isso não quer dizer que Chains of Olympus não consegue surpreender positivamente neste quesito. Alguns cenários são muito bonitos e conseguem manter aquela aura de grandiosidade da série, mesmo em um jogo para portátil.O quesito que realmente decepciona um pouco é justamente o principal: o combate. Apesar de possuir alguns inimigos bem fortes e difíceis, estes são poucos. No geral, os adversários são bem fáceis e as lutas ainda contam com um bug que facilita a vida do jogador. Se você agarrar um oponente, os outros ficam simplesmente olhando até que você finalmente termine com ele. E este agarrão pode ser até mesmo puxar um inimigo pela corrente quando ele estiver no ar. Várias vezes escapei de levar algum golpe simplesmente segurando o inimigo mais próximo, fazendo com que o ataque do outro passasse direto.
Agora a coisa ficou séria |
Revisão: Samuel Coelho
Capa: Diego Migueis
Capa: Diego Migueis
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