Blast from the Past

Blast from the Past: Katamari Forever [PS3]

Em meados de 2004, o primeiro Katamari foi lançado e trouxe um conceito inovador e um estilo gráfico diferente nunca antes visto. Isso, alia... (por Unknown em 03/03/2013, via PlayStation Blast)

Em meados de 2004, o primeiro Katamari foi lançado e trouxe um conceito inovador e um estilo gráfico diferente nunca antes visto. Isso, aliado a uma excelente trilha sonora, tornou aquele Katamari um clássico instantâneo e um exemplo de inovação. Cinco anos depois, fomos agraciados com uma versão que visa reverenciar toda a série e ser uma versão definitiva. Mas será que, após algumas versões, essa ainda se sustenta?

O início de um novo cosmo

A história dessa vez é bem simplória: o Rei de Todo o Cosmo sofreu um aneurisma após ter sido acertado por um meteoro e agora jaz dormindo e sem memória. O Príncipe e seus primos decidem então montar o ReiRobô para assumir o lugar do original, mas o tiro acaba saindo pela culatra, já que o robô fica maluco e acaba desfazendo todo o trabalho árduo que o Príncipe teve no passado, bagunçando assim todo o cosmo.

O cast de Katamari Forever
E assim se inicia a aventura do Príncipe por 34 fases. O jogo é divido em, basicamente, duas partes: Na primeira, você segue as ordens do ReiRobô no estilo tradicional da série, tendo que criar algum objeto cósmico até um certo tamanho ou de acordo com algum requerimento. Já na outra ponta, temos as missões do Rei, que por conta de sua perda de memória, devemos fazer algum objetivo que o ajudará a recobrar a consciência e suas memórias. Ambos os reis são figuras a parte e suas personalidades são extravasadas de maneira única e divertidas.

O enorme cosmo já visto

Apesar de possuir 34 fases, o jogo é formado basicamente por conteúdo reciclado dos outros jogos, tendo apenas 3 ou 4 fases novas. Mas, dependendo de como visto, não é algo ruim. Depois de anos sem jogar Katamari, foi uma grata surpresa ver tudo em HD e fazer novos desafios em fases conhecidas e que ainda estavam na memória. Assim, rolar a sua Katamari acaba se tornando algo nostálgico e bastante recompensador. Mas, por outro lado, após um tempo o fator nostalgia diminui e você pode passar a ver o jogo apenas como uma forma fácil de fazer um dinheiro extra.

Colete vaga-lumes para montar uma nova estrela
E da mesma forma que as fases são as mesmas, os problemas são os mesmos, infelizmente. O controle de sua Katamari não possui praticamente nenhuma inovação. Em várias ocasiões, os difíceis controles continuam extremamente frustrantes nos momentos mais crucias do jogo. Aliás, o "novo" movimento é permitir ao Príncipe que possa pular ao dar um solavanco no controle (que usa o SixAxis), ação essa que não funciona tão bem e é totalmente inútil, fazendo você escolher a alternativa mais fácil: usar o R para pular. Ainda, a câmera continua sendo outro problema, que por vezes não se ajusta adequadamente ou é ofuscada por um dos vários objetos que populam a fase.

Colete os doces na fase de João e Maria
Já o estilo visual é o ponto alto do jogo. Trazer o jogo para o PS3 permitiu não só aumentar a quantidade de objetos na tela, mas também uma maior definição dos mesmos. Mas, por ser um jogo lançado próximo da vida inicial do PS3, dá para sentir alguns slowdowns e objetos que somem e aparecem do nada. Nada gritante, mas que pode incomodar. O jogo também dá a opção de usar vários filtros que mudam o seu visual, fazendo parecer cel-shaded ou imitando os gráficos dos primeiros jogos, um prato cheio para os fãs.

No quesito musical, várias das excelentes trilhas passadas retornaram, sendo a maioria remixes daqueles JPops alegres que grudam na sua cabeça. É impossível não jogar esse jogo e não sair cantarolando uma de suas músicas.


Seria esse o fim de um cosmo?

Após esse jogo, a série Katamari entrou em um sono profundo e pouco tem se ouvido falar sobre ela. O criador original do jogo certa vez disse que Katamari deveria ter sido apenas um único jogo, de tão único que ele é. Apesar de eu concordar em parte com essa afirmação, sempre olho com nostalgia para essa série inovadora e agradeço por essa coletânea que, apesar dos seus (pequenos) defeitos, é a síntese da série e tudo aquilo que ela representa.

Você curte a série Katamari? Lembra daquela fase inesquecível ou música chiclete que sempre cantarola?
Revisão: Leonardo Nazareth

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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