Prévia: Ni no Kuni: Wrath of the White Witch (PS3)

Ni no Kuni : Wrath of the White Witch é um RPG de fantasia lançado no Japão em 2011 que estreia no ocidente dia 22 de janeiro de 2013. ... (por Amèlie Poulain em 20/12/2012, via PlayStation Blast)


Ni no Kuni: Wrath of the White Witch é um RPG de fantasia lançado no Japão em 2011 que estreia no ocidente dia 22 de janeiro de 2013. O jogo é uma criação conjunta do estúdio Ghibli com a desenvolvedora Level 5. Ambas empresas são japonesas e responsáveis por importantes títulos. O estúdio Ghibli é conhecido pela beleza estética e profundidade narrativa de suas animações fantásticas, como A viagem de Chihiro, Ponyo e Meu vizinho Totoro. A Level 5 desenvolveu jogos como a série Professor Layton e Dragon Quest VIII. Com um currículo desses não dá pra esperar pouco de Ni no Kuni: Wrath of the White Witch.

Os mundos

A história começa em uma cidadezinha americana chamada Hotroit onde o protagonista, Oliver, vive feliz e tranquilamente com sua mãe, Ally. Tudo parece bem até que um dia Ally sofre um acidente e morre inesperadamente. Oliver se agarra a um boneco, presente de sua mãe, e chora. Quando suas lágrimas atingem o brinquedo ele cria vida e explica que é uma fada, chamada Drippy e que vem de um mundo chamado Ni no Kuni. Nesse mundo as pessoas compartilham corações com as pessoas do "mundo real" e existe uma pessoa parecida com a mãe de Oliver que talvez possa ajudá-los a salvar Ally.  Para isso os dois usam um livro de magias e se transportam para Ni no Kuni.


A história se passa nos dois mundos, alternadamente, o real e Ni no Kuni. Este ambiente de magia misturado com o mundo real é muito presente no universo das histórias do Estúdio Ghibli. E parece que todos levam a magia com bastante naturalidade.


No mundo Ni no Kuni as pessoas sofrem com um feiticeiro malvado que rouba o coração das pessoas. Algumas das missões de Oliver envolvem buscar pessoas com muita emoção, sentimento e entusiasmo e passar para outras que estão com pouco. Isso dentro de uma esfera realista, onde cada pessoa perde um sentimento real e age como tal. Por exemplo um pesquisador que perde a confiança não consegue finalizar seus projetos, um homem que perde a doçura trata mal sua mulher e humilha a filha, o homem de negócios que tem excesso de confiança faz péssimas decisões empresariais. O mundo aparenta real como um todo, com NPCs consistentes.

Batalhas e jogabilidade

A essência do jogo, como bom JRPG, é ir andando pelos lugares, conversando com pessoas, ajudando algumas delas, coletando informações e nessa trajetória vencer inimigos menores e maiores pelo caminho. O objetivo é tentar recuperar Ally, mas até lá o trajeto é longo e cheio de sidequests pelo mundo aberto, repleto de possibilidades de exploração.

Quando Oliver encontra um inimigo geralmente existe a opção de evitá-lo, se estiver apenas vagando pelo mundo, não sendo obrigado a entrar em toda e qualquer luta aleatória que aparecer, ou clicar sobre ele e entrar no modo batalha. As disputas são por turno, em tempo real, e é possível movimentar-se e trocar de atacante durante a luta. Além disso os personagens podem invocar criaturas para ajudá-los nas batalhas, cada um com sua habilidade especial.


Felizmente é possível também usar o botão de defesa e absorver boa parte dos danos dos ataques. Quando os inimigos vão morrendo eles soltam bolinhas verdes e azuis de vida e energia, respectivamente, que ajudam Oliver a se manter até o fim da batalha. Além disso os chefões liberam esferas douradas que carregam a energia dos ataques especiais.

A beleza, o som e a fluidez

Ni no Kuni tem algo que os fãs de JRPG pedem muito: opção para dublagem original japonesa. Com legendas, claro. A versão com dublagem em inglês inclui a música final, que diferentemente das outras, não é só instrumental.

A trilha sonora de Ni no Kuni foi composta por Joe Hisaishi, que foi responsável pela música de diversas animações do estúdio Ghibli, incluindo A Viagem de Chihiro. As músicas são executadas pela Orquestra Filarmônica de Tóquio. 

A beleza dos gráficos é impecável. O estúdio Ghibli já é famoso pela sua meticulosidade e brilhante direção de arte em suas animações. Todas as cutcenes de Ni No Kuni foram desenvolvidas pelo estúdio Ghibli especialmente para o jogo e a sensação é de estar mesmo em um cinema.


A história se desenvolve calmamente em um ritimo contínuo com nuances doces e tristes ao mesmo tempo. Essa paz, no entanto, não tem nada de chatice. O andamento do jogo é impecável e a diversão do começo se mantém em um universo harmônico. Um pacote completo para os fãs de RPG.


Revisão: Leandro Freire

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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