Um cientista mau tenta criar uma teocracia baseada no fim do mundo. Então, em suas experiências cria os quatro cavaleiros do apocalipse só para ter a certeza do acontecimento se concretizar. Cabe a seu amigo Trey Kincaid salvar o mundo desse caos e derrotar o inferno na base dos tiros. É assim que você se encontra em Apocalypse, um jogo desenvolvido pela Activison em 1998 e que retoma muito dos filmes de ação da segunda metade dos anos 80. Muita explosão, muitos inimigos e o caos dançando de salto alto sobre a humanidade. Nada mais justo que chamar o tio Bruce e deixar o mundo mais uma vez brilhando com a luz do Sol.
Um tal de Bruce
Se você tem um pouco de conhecimento sobre cinema, por menor que seja, já ouviu falar de Bruce Willis. Bruce Willis ou o carinha que salvou a Terra em Amargeddon, ou o policial de Duro de Matar, ou o cara que já pegou a Demi Moore, ou o cara que salva o futuro de O Quinto Elemento, o carinha morto de O Sexto Sentido, o capanga de Red – Aposentados e Perigosos, enfim, é o protagonista desse jogo da Activision.
O projeto da Activision para Apocalypse foi exigente. Eles queriam um jogo de ação, com explosões, destruição e o caos reinando com uma coroa e um cajado. Para isso, queriam também que o protagonista dividisse espaço com um ajudante que tem tudo a ver com ação: Tio Bruce. A ideia inicial da Activision era que o jogador ficasse como protagonista e fosse ajudado pelo tio da ação durante o jogo.
Mas o projeto foi pelo ralo e decidiram mesmo que, ao invés de dividir a ação com Bruce, você poderia ser ele mesmo e encarar o armagedon sozinho.
Pronto! Agora é só cair na gandaia.
Uma troca de projetos que deixou sequelas
Com a mudança de última hora no projeto, algumas falhas terminaram sobrando no resultado do jogo. É possível perceber certas falas incoerentes e sem sentido vindas de Bruce, sem falar de outras conversas que nosso herói tem com uma segunda pessoa. Isso foi algo que restou da mudança sofrida pelo projeto, a retirada do personagem que seria o protagonista, pela de Bruce, fez com que as falas já transcristas, restassem para o projeto final do jogo.
E, por falar no áudio, as falas são minimamente empolgantes, não transparecem a emoção causada pelas fases. Mostram que não tiveram um tratamento dígno.
Quanto os efeitos sonoros, eles fazem bem e mostram uma certa intensidade em conjunto com as explosões nos momentos mais empolgantes. Em algumas fases, você pode ouvir o som da água e dos inimigos andando por ela. Sons como de coisas quebrando também são bem convincentes.
Quanto as músicas, Apocalypse é daqueles jogos que possuem uma trilha sonora digna de um jogo de ação e tiroteio. Pra quem curte um bom rock e música eletrônica, vai se dar de bem com o seleto tracklist de Apocalypse. Ah! Um dos chefes é uma das cantoras que compõe a trilha sonora do jogo. Não sabe quem é? Vejam abaixo no vídeo.
Um visual explosivo?
Convenhamos, Apocalypse é um jogo de ação com uma grande estrela de filmes do mesmo gênero. Pelo menos a parte gráfica deve nos surpreender, não?
Sim e não.
Certo! O jogo foi desenvolvido pela nossa querida empresa que fez Tony Hawk’s e Spider Man, então, qualidade gráfica há, com certas ressalvas. À primeira vista vimos que o rosto de Bruce Willis está bem digitalizado e que seus polígonos cumprem seu papel. Os cenários são enormes e com vários objetos de cena, as explosões são geralmente grandes e assim como a maioria dos chefes do jogo. Porém, em determinados momentos, o número de inimigos e explosões, ao mesmo tempo, dão grandes quebras na framerate e mais fazem parecer stop motions de 4 quadros. Mas isso acontecia em pouquíssimos eventos durante o jogo.
Como é controlar Bruce Willis?
Sendo rápido e objetivo: Controlar Bruce é ótimo e passa uma boa controlá-lo, porém, a câmera as vezes não ajuda.
Imagine você, em uma fase onde o chão arde em chamas e existem poucas plataformas para você se manter e não virar sopa. Imaginou? Pois bem, imagine agora, que a câmera está fixa em você e, quando decide prosseguir na fase, indo para a outra plataforma, a câmera que antes era fixa, decide se mover justamente na hora do pulo? Percebeu, né? Isso acontece muito em Apocalypse.
Mas nada que 4 a 5 vidas desperdiçadas não te façam aprender a lhe dar com uma câmera troll.
Mas que poderiam ter melhorado, poderiam!
Revisão: Leandro Fernandes
Adoro Blast from the Past , já li todos , como retro-gamer que sou , pode acreditar ótima matéria essa e todas Blast .
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