Blast from the Past

Blast from the Past: Looney Tunes Sheep Raider (PS)

Que criança (ou mesmo adulto) nunca ficou fascinada com os mundos da Warner e desejou fazer parte daquele universo? São histórias para ... (por Unknown em 30/11/2012, via PlayStation Blast)


Que criança (ou mesmo adulto) nunca ficou fascinada com os mundos da Warner e desejou fazer parte daquele universo? São histórias para todos os gostos e que marcaram a vida de muitas pessoas. Se você, assim como eu, ficava indignado com o destino de alguns personagens (Frajola e Tom que o digam), sua chance de fazer a diferença estava em um discreto título da produtora Infogrames. Considerado único, Looney Tunes Sheep Raider trazia toda a magia dos desenhos direto para a tela do seu PlayStation. Acompanhe nossa matéria e relembre esse inusitado e divertido game.


O jogo é baseado na série Sam Sheepdog and Ralph Wolf, ou em bom e velho português, “Sam, o cão pastor e Ralph o coiote”, uma das séries de maior sucesso da Warner Bros. Para os mais desinformados, é importante ressaltar que Ralph não é o mesmo coiote que persegue o Papaléguas, quem tem esse triste trabalho é o Willie E. Coiote.


É impossível não se lembrar desse exótico vídeo que marcava a abertura do jogo. Lembro que eu passava muito tempo explorando cada cantinho das fases, em busca de segredos. Muitas vezes, ao travar em algum nível, ficava horas e horas quebrando a cabeça para descobrir o que fazer.

Os 15 trabalhos de Ralph

O grande propósito do jogo era controlar Ralph (que participa de um talk show do Patolino) e tentar, de todas as formas, roubar as ovelhas do astuto Sam. Obviamente, esse “tentar” vinha acompanhado de todo o senso de humor característico da série, ou seja, uma leva de produtos ACME. Ao longo das 15 fases, você percebe que a tarefa de Ralph é tão árdua quanto aos trabalhos de Hércules.

Você tinha a disposição: foguetes, catapultas, bigornas, trajes de ovelha e dinamites para dar e vender. Todas as bugigangas que víamos nos desenhos estavam aqui. Mais importante que os itens, era o modo como você devia usá-los, pois cada um possuía uma forma específica de uso. Nesse ponto o jogo pecava muito pela falta de liberdade. Por mais que você tentasse combinar alguns itens, nem todos estavam disponíveis, podendo ser usados apenas em fases específicas.

O chato era que, por mais que você combinasse os itens, eles tinham que ser usados sempre de uma determinada forma, ou você não conseguia roubar a ovelha. Essa linearidade excessiva tirava um pouco do brilho do jogo, já que era preciso fazer exatamente como a produtora pensou. Por exemplo: se você se vestiu de ovelha no primeiro nível, não poderá fazer isso no segundo, tendo que usar outro método.

Eu até entendo essa regra, pois previne que um espertinho passe pelo jogo sempre da mesma forma, mas poderiam ter dado mais de uma opção para se alcançar o objetivo. Mas ainda que sua imaginação não ajudasse, era muito divertido pescar ovelhas com alface, andar na ponta dos pés e se esconder ou correr ao menor sinal de perigo.

Cartoon controlável

Outro destaque ficava para os níveis do jogo, totalmente baseados em outros desenhos da casa. Você percorria florestas, pântanos, castelos, desertos e até mesmo ia para o espaço. Casa fase possuía um relógio escondido que devia ser acionado para liberar os extras. Como se não bastasse, haviam algumas referências óbvias, como a participação de outros personagens em alguns cenários: Gaguinho e Eufrazino que o digam.


Os gráficos eram um show a parte, ainda mais se levarmos em conta que o jogo foi lançado em 2001. Com uma espécie de cellshading bem peculiar, era realmente emocionante ver os personagens da Warner ganhando vida na tela do seu PlaySation. Sem sombra de dúvidas a qualidade era de primeira, isso, claro, se você não fosse aquele fã chato que se irrita com ovelhas poligonais. Os efeitos sonoros também mereciam destaque, todos os sons clássicos dos desenhos estavam presentes. Esses pequenos detalhes e o visual cartoon davam todo o charme ao jogo.

Impossível não sentir saudade

O jogo era obrigatório para os fãs da franquia e essencial para quem queria curtir uma diversão casual no seu console. A linearidade definitivamente era o seu grande defeito, pois impedia um fator replay e minava totalmente a criatividade do jogador, deixando-o à mercê do design de fases. Mas mesmo assim, apesar de suas falhas, Looney Tunes Sheep Raider foi um dos jogos mais peculiares e inesquecíveis do console. Se você queria dar muitas risadas e se divertir vendo os personagens de sua infância, era o título perfeito.

Revisão: Leandro Freire

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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