Comandando o assalto
Payday: The Heist é um FPS puro e simples, com aqueles comandos básicos que nós jogadores deste gênero já conhecemos. Atira, se cobre, trabalha em equipe pra derrubar o inimigo, olho na munição e manda bala novamente. É uma mecânica de jogo simples, com jogabilidade padrão que agrada bastante. Não enxerguei dificuldades ou pontos negativos neste quesito. Bonitos gráficos, nada mal feito. Mas o maior costume dos enredos de FPS é que você seja o cara bonzinho. Vai lá, faz as boas ações, salva o dia, salva o mundo. Você também pode ser um criminoso, que faz parte de uma organização ultrassecreta ou luta em um lugar bem distante, por motivos que até a personagem desconhece.
Mãos ao alto
Em Payday é diferente. Você é um bandido ganancioso comum da cidade grande. Seu objetivo é sair em locais predefinidos realizando assaltos (como o próprio nome ‘heist’, que significa assalto, já diz) organizados com seu grupo em modo cooperativo (online ou com a inteligência artificial). Há objetivos no jogo, não é só chegar e gritar “mãos para cima!” (!) Na primeira fase, por exemplo, antes de dar voz de assalto, é aconselhável achar o gerente do banco para ter acesso a uma chave que é necessária no decorrer desta fase. Feito isso, você tem outra série de objetivos que envolvem as atividades ilícitas a serem realizadas, para o sucesso dos ‘caras maus’ que você controla. Ao passo que o tempo vai passando, a polícia vai aparecendo em vários níveis. Seguranças do local, policiais comuns, polícia especial e S.W.A.T. Aí o bicho vai pegando!
A peculiaridade do jogo é justamente essa. O politicamente correto do mundo moderno totalmente deixado de lado. Se bem que nos outros shooters já vemos isto, mas não nesta escala, não envolvendo diretamente civis e em territórios comuns da cidade grande como bancos.
Matar e assaltar
O lado ruim do jogo é que tudo se torna repetitivo em certo ponto. As missões são basicamente todas iguais, mudando apenas o local. O seu objetivo é sempre matar e assaltar, matar e assaltar. Não há outra coisa a fazer durante todo o jogo. Depois disso, a única maneira de ele ficar divertido novamente é jogando cooperativamente com os amigos. Para mim, jogar com os amigos sempre dá um “revival” no jogo, principalmente quando algum deles ainda não jogou o game.
Surpreende-me que este jogo não tenha tido alguma represália massiva. Todo jogo desse gênero sofre com isso, mas quando não vemos em grande escala parece que não existe. E pelo visto Payday passou despercebido.
Prós
- Gráficos simples, mas bem feitos;
- Proposta de enredo incomum;
- Multiplayer multitarefa bem organizado;
- Jogabilidade agradável e amigável.
Contras
- Jogo repetitivo;
- Poucos modos de jogo;
- Inteligência artificial fraca.
Payday: The Heist – PlayStation 3 – Nota Final: 7.5Visual: 8.0 | Som: 7.5 | Jogabilidade: 7.0 | Diversão: 7.0
Revisão: Alberto Canen.
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