A ascensão dos Lordes das Sombras
A história se passa no ano de 1047, numa era chamada pela humanidade de Fim dos Dias, quando o Paraíso deixou de proteger a Terra devido a alguma maquinação feita pelos sombrios Lordes das Trevas (Lords of Shadow). Devido a isso, os espíritos dos mortos não conseguem subir aos Céus e criaturas malignas, como lobisomens e vampiros, passam a assolar a humanidade. É neste cenário que surge Gabriel Belmont, membro da Irmandade da Luz, que teve sua esposa assassinada por um de seus próprios companheiros. Como o espírito dela está preso no limbo, Gabriel vê a oportunidade de trazê-la de volta à vida ao mesmo tempo em que derrota os Lordes das Sombras.
Como não poderia deixar de ser em um jogo da Kojima Productions, Castlevania: Lords of Shadow tem uma produção cinematográfica, contando com artistas famosos entre seus dubladores. Entre eles está Patrick Stewart, como o personagem Zobek, que além de membro da Irmandade da Luz é também o narrador da história. Infelizmente, com excessão de Stewart, o trabalho de dublagem é pouco inspirado. Robert Carlyle, que interpreta Gabriel Belmont, usa praticamente a mesma entonação para todas as suas falas. Em várias cenas você percebe que o personagem deveria estar gritando, mas não é o que acontece. Os vilões, que aparecem bem menos do que Gabriel, possuem uma dublagem mais convincente do que o protagonista.
Gabriel, o primeiro Belmont |
Castlevania of War
Em compensação, a apresentação dos cenários é fantástica, variando entre florestas, castelos e paisagens impossíveis, que só existem num mundo sobrenatural. Muita coisa aqui foi tirada de God of War, como a câmera que se abre para exibir toda a magnitude do cenário e o tamanho da tarefa que Gabriel tem pela frente. É uma pena que os personagens não tenham recebido o mesmo tratamento, todos os humanos que aparecem possuem um rosto sem muitos detalhes ou expressões, já os monstros são muito melhor acabados.Não é apenas na apresentação dos cenários que esse Castlevania se assemelha ao game da Sony, a jogabilidade também é praticamente a mesma. Aperte quadrado para um ataque individual, triângulo para um ataque de área e xis para pular. A diferença aqui são as tradicionais armas extras da série, quatro no total: um cristal que evoca um demônio e arrasa todos os inimigos que vê pela frente, umas fadinhas que distraem os monstros, além das clássicas facas e frascos de água benta. A arma principal de Gabriel continua sendo a clássica cruz com uma corrente, que vai ganhando alguns upgrades ao longo do jogo para ajudar a resolver puzzles.
Kratos, é você? |
Habilidades variadas
Mesmo com esses pequenos defeitos, Castlevania: Lords of Shadow ainda é extremamente divertido. Principalmente por causa dos combates que, além de esmagamento de botões, contam também com os Quick Time Events (QTEs ). Geralmente esses QTEs consistem em apertar sempre o mesmo botão no momento certo para que as cenas de combate contra os chefes fiquem ainda mais épicas. É comum ver Gabriel se pendurando pelos cenários com sua corrente e destruindo as criaturas do mal de maneira bem criativa e violenta. Além das armas, o personagem conta ainda com poderes da Luz e das Trevas, graças a artefatos encontrados durante a jornada. Esses poderes são comprados no menu do jogo com os pontos de experiência obtidos após os combates.Gabriel encarando o primeiro Lorde das Sombras |
Prós
- Belos cenários;
- Combate divertido;
- História épica;
- Vilões interessantes.
Contras
- Dublagem fraca;
- Personagens com expressões simples;
- Coadjuvantes sem carisma.
Castlevania: Lords of Shadow - PlayStation 3 - Nota final: 8.5Visual: 8.0 | Som: 10 | Jogabilidade: 8.5 | Diversão: 8.0
Revisão: José Carlos Alves
A libertação de Castlevania. Foi uma grande sacada colocar o próprio Drácula como o iniciador do Clã, o primeiro Belmont, e também como seu principal protagonista, pois na realidade é ele quem vai enfrentar Lúcifer séculos depois.
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