Publicado pela Sony Computer Entertainment e desenvolvido pela Polyphony Digital, Omega Boost é um daqueles jogos que merece a atenção que não teve e talvez tenha passado despercebido por você que se considerava um jogador master do saudoso console de 32 bits. Lembrou de Panzer Dragoon? O nome da empresa que o desenvolveu é familiar? Os robôs te lembram de algo? Calma. Mantenha sua atenção no texto e não perca nenhum detalhe dessa obra cósmica do PlayStation.
Mas não é Panzer Dragoon?
Não, pequeno gafanhoto. Não é! Porém, não tiro toda sua desconfiança. Aí você me pergunta: mas o que Panzer Dragoon e Omega Boost têm em comum então?
Resposta: Yuji Yasuhara.
Se você consegue encontrar alguma semelhança na jogabilidade de Omega Boost, agradeça a esse importante nome que liderou a programação e o design do jogo. Omega Boost é um shoot’n up tridimensional onde você controla um mecha e percorre por nove fases, algumas com liberdade, outras nem tanto.
Ok! E sobre o jogo ser desenvolvido pela Polyphony Digital?
Certo, pequeno gafanhoto. Você sabia que este é o único jogo desenvolvido pela empresa que não é um jogo de corrida? Pois é! Omega Boost é a ovelha negra da linha de produção da Polyphony, mas nem por isso deixa de ser um ótimo jogo. Sua jogabilidade, assim como em Gran Turismo, depende muito da sua habilidade e costume. Demora um pouco até você acostumar com os comandos e, até ter tal domínio, você viajará alguns anos-luz.
Seu mecha possui basicamente três tiros: o tiro normal sequencial, um tiro teleguiado (aconselhável para situações críticas e chefes) e uma bomba que serve pra fazer uma faxina espacial.
Outro detalhe é que a introdução de Omega Boost faz jus aos jogos produzidos pela empresa. Sempre com uma banda original tocando uma música bem legal, que empolga o jogador logo de cara. Quem não se lembra de “I Think I’m Paranoid” do Garbage? Pois é! Em OB temos bandas conhecidas como Loudmouth, Feeder e Static-X (aquela banda do cara com cabelo antigravitacional).
Os efeitos sonoros não deixam pra trás também. Cumprem bem seu papel e são bem convincentes, principalmente nas explosões.
Ei, espera! E quanto aos robôs? Por que eles me lembram de algo?
Pobre Daniel San. Mesmo após o advento da internet você não é ousado o suficiente para pesquisar no Google. Porém, mestre Miyagi será gentil e lhe dirá o por que. A semelhança não é uma mera coincidência, mas sim um fato verídico. Todos os robôs de OB são idealizados por Shoji Kawamori, responsável por Macross, uma série de desenho japonês dirigido pelo mesmo na década de 80.
Aproveitando a deixa, falaremos dos gráficos. Omega Boost com certeza é um daqueles jogos que explora bem o potencial gráfico do primeiro console da Sony nos dando belos polígonos, ótimas texturas e efeitos de luz. Esse é um dos poucos jogos que abusam do motion blur sem que este pareça retardado ou desnecessário. Apesar do jogo se passar na negritude do universo, o jogador é capaz de identificar cada elemento na tela sem nenhum problema. Quem jogou sabe o quão legal foi vivenciar essa capacidade em pleno ano de 1999.
Junte essas poucas informações, Daniel San, medite e agora me diga: Omega Boost foi ou não um grande jogo do primeiro PlayStation? Ótimos gráficos, efeitos sonoros convincentes e uma jogabilidade típica da empresa desenvolvedora, além de nomes já conceituados tanto no mercado animado quanto no mundo gamer. Eu sei que nem precisa responder…
Revisão: Catarine Aurora
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