Blast from the Past: Resident Evil: Survivor (PS)

Após a trilogia ovacionada de Resident Evil, a Capcom decidiu levar o nome do survival horror a um novo patamar e um novo estilo. Agora, com histórias paralelas aos três primeiros jogos, novos personagens e inimigos, a famosa série engatou no estilo primeira pessoa, assemelhando-se muito a títulos conhecidos como House of The Dead e o bem recebido Time Crisis. Bem, o novo jogo chamado agora de Survivor (Gun Survivor no Japão) tinha tudo para se dar bem: um nome, uma empresa conhecida e uma história feita. Porém, não foi bem assim. No seu lançamento o jogo decepcionou tão rápido quanto sua duração: menos de uma hora!

Em busca da memória perdida

Basicamente, a história de Survivor se passa paralelamente aos eventos da trilogia. Ark Thompsom é o herói da vez que, a pedido de Leon S. Kennedy, vai investigar experiências com crianças em uma ilha chamada Sheenan. Lá, ele descobre que tais experiências são encabeçadas por Vincent que, após receber as boas vindas de Ark, abate seu helicóptero. Mas como num filme, Ark consegue sobreviver, agora sem memória, sobrando o suficiente para saber manejar uma arma e matar alguns umbrellianos.

STARS!!!!

Survivor garante a todos os veteranos do survival horror os efeitos sonoros clássicos. Se você curtia os jogos anteriores, pode se deliciar mais uma vez com os mesmos gemidos de zumbis e o ranger das portas que estão aqui mais uma vez para te arrepiar até os pés.

A dublagem mantém cumprindo bem seu papel e sem nenhuma grande novidade. E sim! Mais um título que não investiu em movimentos lábiais. A capcom deveria aprender com Delta Force: Urban Warfare.

As músicas mantêm o mesmo nível dos jogos anteriores com o clima de suspense e terror ficando mais marcantes em momentos críticos.

De perto os zumbis se tornam ainda mais feios

Aqui o visual é tenebroso! Tenebrosamente mal feito. Não há cenários pré-renderizados, o que tem sentido tratando-se de um jogo em primeira pessoa. Porém, não houve sequer um mínimo de cuidado com as texturas dos cenários e inimigos. Primeiro parece que todos os monstros foram transportados dos títulos anteriores para essa versão FPS. Mas, o que isso tem de ruim? Nada, se não fosse o fato de que por se tratar de um jogo em primeira pessoa, os objetos do cenário ficam em zoom, e aí sim, as coisas ficam feias… bem feias! Alguns monstros ficam desfigurados e os zumbis fazem tudo menos lhe morder.

Jogabilidade simples e um jogo curto

Boa parte da jogabilidade foi mantida no sentido de exploração. Por se tratar de um jogo em primeira pessoa, os comandos foram simplificados ao extremo. O lado bom dessa jogabilidade simples é a capacidade de fixar a mira (enquanto mantem o botão pressionado) em um zumbi, o que facilita nos momentos de combate.

Ainda sobre a jogabilidade, podemos indicar como um contra o fato do número pequenos de puzzles que faziam os jogadores usarem a massa cinzenta se quisessem progredir no jogo. Com essa ausência, momentos entediantes aparecem. Ela só é amenizada pela curta duração do jogo, que também se torna um contra.

Acredite: Esse jogo pode ser terminado em menos de uma hora.

Revisão: Leandro Fernandes