Em sua jornada pela Grand Line em busca do imensurável tesouro “One Piece”, Luffy e seus companheiros piratas fazem uma visita ao PS3 com One Piece: Pirate Warriors. O título esteve disponível para testes no stand da Namco Bandai na E3 2012 e foi irresistível dar uma passada lá e pôr em ação este divertido beat ‘em up. Será uma das primeiras vezes que o game estará cronologicamente tão próximo do mangá e, abusando de efeitos visuais e personagens jogáveis, tem tudo para ser um excelente título para os fãs da exímia obra de Eiichiro Oda. Será um sucesso aqui no ocidente ou os piratas voltarão para o Japão de bolsos vazios?
“Vou me tornar o Rei dos Piratas!”
Logo que começei a jogar, percebi um grande esforço em manter o título com o mesmo feelling dos quadrinhos preto e branco. Visualmente, optou-se por hachuras que lembram bastante o traço do autor Eichiiro Oda, ao invés de utilizar efeitos de sombra tradicionais. Tal opção deixa o game com a cara do manga, o que, infelizmente, não parece ter ocorrido com as expressões faciais dos personagens. Dublagens não sincronizadas e animações por vezes estranhas fazem você torcer o nariz em alguns momentos. Outro aspecto estranho do visual estava em algumas texturas. A grama, por exemplo, era gerada por uma textura muito mal polida. Mas não se engane; em termos gerais, o game está sim bonito!
Para nossa alegria, a Namco conservou as vozes dos personagens da versão japonesa, o que é uma excelente notícia, visto que as vozes originais são mais cativantes e o trabalho de dublagem do anime nas Américas foi… péssimo! É claro que os personagens falarão japonês, logo, teremos legendas para poder acompanhar os diálogos. E aviso logo que é preciso acompanhar de perto o mangá para jogar o Pirate Warriors, uma vez que este traz cenas bem recentes. Apesar da grande publicidade do game estar em cima do fato de o jogo já trazer momentos após os 2 anos de treinamento, trata-se apenas de uma única fase, logo, a gigantesca maioria de Pirate Warriors será jogada com os personagens em suas versões tradicionais.
Gomu Gomu no…
A sensação de poder mover Luffy livremente pelo cenário e fazê-lo esticar-se para liquidar hordas de marinheiros é emocionante. No entanto, depois que essa sensação de liberdade e força passou (o que não durou muito tempo), o jogo tornou-se extremamente repetitivo. Games do gênero beat ‘em up sempre têm a difícil missão de combater a monotonia de seu estilo, mas Pirate Warriors não é o melhor quanto ao “tédio pós-10 minutos de jogatina”. As combinações de botões são tão complicadas que ou você vai perder um bom tempo decorando-as ou simplesmente apertarará qualquer botão para ver mais e mais inimigos sendo jogados longe. Felizmente, temos uma quantidade boa de personages, cada um deles com uma jogabilidade bem diferente. Só pudemos testar Luffy, Zoro, Nami e Sanji na E3 2012, mas já estão confirmados todo o resto do bando do Chapéu de Palha e outras figuras, como Ace, Jimbe e até Boa Hancock.
Até havia modos diferentes de jogo (como o de capturar territórios), mas acabam todos no mesmo processo: derrote todos os inimigos. Até mesmo o esquema de saltos cinematográfico não era tão atraente, visto que consistia apenas em apertar o botão certo na hora certa. Claro que é cedo demais para taxar o game como repetitivo, mas o que pudemos testar na E3 2012 nos mostrou que é, sim, um game bem produzido, mas ainda tem o que melhorar se realmente quiser ser o melhor game de One Piece já lançado.
Revisão: Rodrigo Estevam
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