Revolução
Quando vou assistir ao anúncio de um console, quero ser surpreendido. Quero ficar boquiaberto com novas funcionalidades que nem sequer havia imaginado. Quero ter a necessidade de usar algo que até alguns instantes atrás não me fazia falta alguma. Quero revolução! Nem sempre isso acontece mas, quando acontece, fica aquela sensação de "Shut up and take my money" (Cale a boca e pegue meu dinheiro).
Evolução
É claro que todo gamer fica empolgado com a chegada de uma nova geração de consoles. Essa ansiedade, na maioria das vezes, nos faz sonhar sobre as funcionalidades das novas máquinas que estão por vir. Com frequência, esses "sonhos" estão muito além da realidade que será apresentada pelos fabricantes. Mas uma coisa é certa: nenhum console da próxima geração deveria ser inferior à geração anterior em quesito algum. Isso não faria nenhum sentido, aliás. A evolução das funcionalidades presentes nos consoles da atual geração é essencial para que o resultado seja minimamente satisfatório.
Indo um passo além
Ontem a Nintendo anunciou que permitirá que os consumidores comprem seus jogos em mídia física ou digital. E se fossemos um pouco além? Quem aqui não tem vontade de jogar algum título, mas acha que o produto pode não valer a compra? Não seria interessante se tivéssemos uma locadora on-line na qual pudéssemos locar os títulos que quiséssemos e jogá-los durante um certo número de dias? Isso daria mais visibilidade para as empresas menores e jogos/franquias estreantes. Seria uma boa opção para os gamers que não pretendem - ou não podem ($$$) - comprar todos os lançamentos e poderia vir a ser uma boa fonte de renda para as fabricantes de consoles e desenvolvedoras de games.
Mais entretenimento
Videogames já deixaram de ser apenas máquinas que rodam jogos há algum tempo, mas ainda precisam melhorar alguns pontos até chegar a um status de "central de entretenimento". A Live e a PSN foram grandes saltos nesse quesito, mas podemos ter bem mais. O que dizer de mais serviços de canais com conteúdo mais variado? Skype? E já que dizem que os smartphones estão "tomando" a audiência dos consoles (embora eu discorde), porque não investir em redes sociais nos consoles? Com todos os jogos casuais, poderia ser um bom investimento sem precisar gastar milhões em desenvolvimento de jogos.
Upgrade
Não sei quanto a vocês, mas eu sempre fico frustrado quando começam os rumores de uma nova geração. Somente depois, quando começam a sair mais detalhes dos consoles, eu começo a me animar. Até lá, fico pensando "Mas já?", "Logo agora que estão começando a conseguir desenvolver jogos que usam todo o poderio do console?". Posteriormente, quando o console é lançado, surge um novo problema: comprar um novo video game caríssimo. Não seria interessante se pudéssemos fazer um upgrade em nossos consoles? Em vez de comprar tudo novamente, poderíamos ir a alguma loja e comprar uma nova placa de vídeo capaz de rodar imagens melhores... Nosso dinheiro seria melhor utilizado e não iríamos precisar de "esperar porque já estão quase lançando outro console". Isso possivelmente iria aumentar as vendas dos aparelhos, principalmente aqueles no "final da vida".
Nem vem...
Agora algo que precisa continuar: rodar jogos usados. Não faz sentido você querer ganhar mais dinheiro e barrar o mercado de jogos usados achando que a indústria vai ganhar mais com isso. Não vai - a não ser que estejam pensando em baixar os preços dos jogos novos, o que duvido. O mercado de jogos usados é responsável por fazer muita gente se apaixonar por franquias e estilo de jogos que não conheciam e, posteriormente, adquirirem títulos novos porque querem ser os primeiros a jogar. Em vez disso, seria mais sensato criar uma bonificação para quem compra jogos novos. O ClubNintendo é um bom exemplo. Você ganha pontos quando registra um novo jogo e em média a cada três jogos cadastrados você pode trocar seus pontos por um jogo novo, via download. Detalhe: não são jogos pouco famosos que não venderam nada - no mês passado, disponibilizaram o The Legend of Zelda: Majora's Mask, do N64.
Controle de movimentos e touchscreens
Não adianta dizer que prefere o controle tradicional e ficar criticando a falta de precisão em alguns jogos. Os controles de movimento vieram para ficar e, a meu ver, são muito bem-vindos. Certamente é necessário mais cuidado no planejamento e desenvolvimento para que eles possam ser melhor aplicados em jogos e se tornarem tudo o que deveriam ter sido desde o início. Com o lançamento do WiiU, teremos três consoles (contando com 3DS e PSVita) que usam a tecnologia de toque, sem contar smartphones e tablets. Esperamos que isso gere uma melhoria na jogabilidade - que ainda está deixando a desejar.
Foco no que importa
Ok. Pode ser que queiramos mais (r)evolução, novas formas de adquirir jogos, mais entretenimento, upgrade em consoles, jogos usados e controle de movimento e touchscreens. Mas não podemos perder o foco. Queremos ótimos jogos, jogabilidade incrível e experiências novas. Não adianta o console gerar um gráfico que minha TV Full HD não é capaz de passar. Se não tiver jogos, vou assistir a filmes no Netflix e, para isso, não preciso comprar um novo console. Queremos muitos jogos!
E vocês, caros leitores? Concordam ou não? O que acham que não pode faltar em um novo console? O que não pode deixar de ter? O que tem que deixar de existir? Comentem!
Revisão: Felipe Biavo
A questão de barrar o mercado de trocas/jogos usados já é dado como certo por parte da Sony e da Microsoft.
ResponderExcluirEu vejo com muito pessimismo a próxima geração de consoles no Brasil. As plataformas vão chegar aqui como sempre com um preço absurdo, tal como os jogos e pra fechar o caixão esse papo de impedir trocas de jogos. Pra piorar a NINTENDO ao que tudo indica, parece que não vai dar as caras nessa nova geração pra esquentar o mercado (esse Wii U é uma piada de mal gosto). Resumindo a ópera...video game no Brasil vai voltar e ser um item de luxo e para poucos.