Blast Log

Blast Log: Mass Effect 3: Parte 4 - Guerra e Paz

Após reencontrar o interesse romântico do meu Shepard na semana passada , já parto para os cruciais momentos de decisão em Mass Effect 3. E... (por Unknown em 15/04/2012, via PlayStation Blast)

Rannoch, o tão cobiçado planeta natal dos Quarians Após reencontrar o interesse romântico do meu Shepard na semana passada, já parto para os cruciais momentos de decisão em Mass Effect 3. Entre a verdade sobre uma guerra secular, uma batalha épica e o destino final de duas raças, esses passos derradeiros me levam a uma verdadeira explosão de sentimentos. E, contrariando as expectativas, esta será a penúltima parte do Blast Log. Aguentem firme!

Atenção: esta matéria contém spoilers de Mass Effect, Mass Effect 2 e Mass Effect 3. Leia por sua conta e risco.

A nave Geth

A primeira missão que os Quarians me pedem para realizar é destruir uma nave Geth que está atacando a Frota ao redor de Rannoch. Ao andar pelo local, fica claro que a tecnologia Reaper foi usada pra tornar os Geth, que são robôs dotados de inteligência artificial, mais auto-conscientes e poderosos.

Legion e suas inúmeras referências religiosas. Mas a surpresa mesmo, na ocasião, está no reencontro com Legion, o Geth que me ajudou no jogo anterior. Ele estava sendo usado como vetor do sinal Reaper que vinha controlando e modificando os Geth. Legion me explica que sua raça não teve outra escolha a não ser aliar-se aos Reapers, já que os Quarians começaram a atacá-los. Ao resgatá-lo, a nave Geth fica completamente sem defesas, e um almirante dos Quarians começa a atacá-la, mesmo sabendo que eu estava lá dentro.

Algum tempo depois, já a bordo da Normandy, tenho uma discussão com os almirantes, que estão divididos entre proteger sua própria raça e retomar seu planeta. Agora, com a ajuda de Legion, podemos destruir a base que está liberando o sinal no planeta, e então retomar Rannoch.

Uma pausa para respirar (e para o multiplayer)

Já que, nesse ponto, eu estava jogando ininterruptamente e não tinha sequer tocado no multiplayer ainda, fui finalmente jogá-lo. Escolhi uma Infiltrator e parti para o combate. A conexão, infelizmente, não é tão boa, e por diversas vezes perdi XP pela ligação com o servidor ter caído. Em outros momentos, o jogo ficava carregando eternamente o modo online.

Duvido que você encare um desses.

Esses defeitos foram corrigidos pelos últimos patches, e de um tempo para cá o jogo está cada vez mais estável e agradável de se jogar no multiplayer. De qualquer maneira, agora a coisa está bem mais diversificada, com todos os mapas e adversários possíveis. A experiência que ganhei no single player também ajuda, e agora o esforço não é tão absurdo. Após subir um bom tanto o meu nível de preparação, não resisti e voltei para o single player, com uma excelente impressão do modo online.

Pequenos passos

Munido de tudo o que preciso para encerrar essa guerra, de uma maneira ou de outra, recebo dois pedidos: os Geth precisam que eu salve um almirante que está preso na superfície de Rannoch, e Legion me pede para ajudá-lo a destruir a base que emite o sinal dos Reapers no planeta.

O resgate do Almirante Korris é importante, pois ele cuida da parte civil da Frota, e é um aliado na questão de evitar maiores estragos. A missão em si tem como ponto alto a possibilidade de escolher entre deixar o Almirante morrer tentando salvar seu esquadrão ou fazê-lo vir com você para ajudar na guerra.

Já a missão de Legion é absolutamente genial e um dos pontos altos do jogo em termos de criatividade. Após invadir o local, que é basicamente um servidor, Legion me conecta ao tal super computador, que contém toda a rede neural dos Geth. Aqui vale uma explicação: a inteligência artificial dos Geth é o que se chama de "mente de colmeia" (ou hive mind). Eles não possuem individualidade, pois estão todos conectados a um centro de consciência. Ao adentrar o servidor, a interface se adequa ao que seria uma experiência familiar para Shepard, e isso acaba se mostrando através de um esquema de estruturas formadas por blocos azuis e alaranjados. Há "tentáculos" cor de laranja espalhados pelo lugar, bloqueando meu caminho, que são a representação da infecção Reaper.

Munido de uma arma para destruir esses tentáculos, eu me aventuro pelo cerne da inteligência dos Geth. Ao liberar pontos específicos, vou ganhando acesso a antigas lembranças da época em que os Quarians atacaram suas criações por acreditarem que eles estavam passando dos limites ao perguntarem se possuíam alma. É tocante, em parte porque nem todos os Quarians acreditavam que precisavam destruí-los, mas principalmente porque os Geth se mantiveram na defensiva o tempo todo, e tiveram de expulsar seus criadores do planeta para sua própria defesa. Enfim, consigo livrar os Geth do controle dos Reapers e assim ganho numerosos aliados na batalha final.

E um grande salto

O passo final é destruir permanentemente a base dos Reapers em Rannoch. Para isso, Tali me acompanha e eu vou até uma instalação repleta de Geth. O objetivo é ir até o centro do local e comandar um ataque da órbita do planeta. Para a minha surpresa, essa é a missão que havia sido mostrada em algumas demos preliminares, e eu sei, logo que vejo o amplo cenário no centro da instalação, que dali vai sair um Reaper.

Esse Reaper me persegue, enquanto eu atiro nele usando uma metralhadora num veículo terrestre. Finalmente, ao chegar a um precipício, eu desço e tenho a primeira (e última) batalha contra um Reaper em Mass Effect 3. É desesperador: o maldito fica atirando raios em sua direção enquanto você se esquiva e tenta mirar em seu "olho" e comandar um novo ataque da órbita.

Felizmente, após alguns tiros, ele cai, e fala comigo. Ele avisa que meus esforços são inúteis, e eu respondo de forma ameaçadora que eu não irei parar de tentar. E aí vem o ponto crucial desta missão: Legion decide usar a tecnologia Reaper para evoluir os Geth e conceder a eles a auto-consciência e a individualidade. Enquanto isso, os Quarians não param de atacar, e caso o upload de Legion seja concluído, os Quarians serão extintos.

Ah, sim, eu posso acabar com a sua raça, meu amor, ou posso acabar com uma raça inocente...

Minhas alternativas são: deixar que Legion faça o upload, condenando os Quarians; impedir que Legion faça o upload, condenando os Geth; fazer com que os Quarians parem o ataque, criando a paz entre as duas raças. Claro que escolho a última opção, e a cena seguinte me traz uma grande alegria e uma grande tristeza. Legion se sacrifica para fazer com que sua raça sobreviva e evolua, e Tali se emociona ao poder respirar pela primeira vez o ar de seu planeta natal. E, em meio a tanta guerra, é a paz que reina. É o grande momento de Mass Effect 3 para mim, principalmente por Tali ser o interesse romântico de Daniel.

A grande chance

Após o momento catártico da seção anterior, a conselheira Asari me oferece ajuda, e eu sei que estou me encaminhando para os momentos decisivos do jogo. Ela diz que sabe que existe tecnologia Prothean escondida em Thessia, planeta natal delas, e que pode me fornecer acesso. O planeta está sendo atacado pelos Reapers, mas as forças militares podem me ajudar a chegar até o local. É a grande chance de completar o Crucible, a grande arma que é a única alternativa contra os Reapers, e que ninguém sabe ao certo como funciona até o momento.

Essa missão e todos os últimos passos em direção ao tão comentado final do jogo serão assunto para a próxima e última parte (agora de verdade) do Blast Log de Mass Effect 3.

Revisão: Samuel Coelho


Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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