Jack é conhecida por ser o humano biótico mais poderoso já encontrado. Tanta força não caiu nas mãos da personagem por acaso, Jack possui uma das histórias de vida mais dramáticas de Mass Effect 2. A infância aterrorizante serviu para moldar uma personalidade contraditória e instável. Continue a leitura para saber mais sobre por essa criminosa apaixonante, porém emocionalmente doente.
*Atenção, este Perfil contém spoilers de Mass Effect 2 e Mass Effect 3
O início da loucura
“Mexa suficiente com a mente de alguém, e você pode transformar uma criança assustada em uma vadia poderosa” — Jack
Durante boa parte da sua vida, Jack foi julgada apenas como um grande projeto: Subject Zero. Nascida em 2161, a personagem foi raptada com menos de cinco anos por agentes Cerberus. A exposição acidental a um componente químico, Element Zero, ainda no útero, fez com que as atenções se voltassem para ela. A fim de encobrir o ocorrido, uma suposta morte da personagem foi usada como desculpa para a família.
Após o fatídico sequestro, a vida de Jack só piorou, tornando-se o legítimo "rato de laboratório" de Cerberus. O objectivo da instalação de Pragia, local para onde foi levada, era reforçar o componente biótico humano. O local foi equipado com o melhor time de cientistas com o intuito de maximizar resultados. Como é típico de qualquer operação de Cerberus, a moralidade dos testes não foi questionada em nenhum momento.
Apesar de ser o centro do projeto, Jack dividia as instalações com várias outras crianças de menor capacidade biótica. Por meio de um vidro, ela conseguia ver os seus colegas, entretanto nunca interagia com eles. Os outros meninos e meninas serviam como experimento e eram usados de forma descartável, morrendo, muitas vezes, ainda na fase de testes. Todas as experiências letais eram descartadas e não usadas em Jack, contudo, isso não tornava o enclausuramento menos doloroso. A personagem era constantemente torturada física e psicologicamente, a fim de aprimorar suas habilidades bióticas.
A consolidação da loucura
A vida de Jack enquanto Subject Zero moldou a personalidade completamente explosiva que somos convidados a conhecer em Mass Effect 2. Desde o primeiro encontro percebemos que há algo de muito errado com Jack. Ela é visivelmente louca, agressiva e pouco confiável. Entretanto, nenhum destes aspectos torna a personagem menos cativante.
É na missão de fidelização de Jack que se começa a conhecer o outro lado da moeda. Ao voltar ao local que, por anos, foi a sua casa e seu pior pesadelo, Jack mostra seu lado sensível e emocionalmente destruído.
É possível entender, então, que as crianças que dividiam as instalação com Jack eram estimuladas a odiá-la. Ela era vista com a fonte e razão de todo sofrimento do local. Para piorar a situação, a única vez que Jack interagiu com os "colegas" foi quando a obrigaram a lutar contra eles, estilo "briga de galo". O encontro fatal aconteceu para que os cientistas de Cerberus pudessem monitorar o progresso biótico, além de estimular a condição especial de Jack: seu gosto pelo assassinato. Narcóticos foram injetados na personagem, durante a luta, para que o prazer da morte fosse associado com euforia em sua mente. O resultado, como é óbvio, foi permanente e irreversível.
O time de cientistas decidiu, eventualmente, refazer o experimento. Contudo, o grupo de crianças que foi conduzido para a luta se revoltou no meio do percurso e causou uma rebelião. O motim acabou por destruir grande parte da instalação e desviar a atenção dos guardas, o que facilitou a fuga de Jack. Motivada pela sede de liberdade, ela correu para se salvar, mas foi barrada pelos seus "colegas". Era "matar ou morrer", e Jack optou por viver.
O “erro” Jack
“Minha alma
Queima
Com um fogo de escuridão
Satisfeita apenas na dor
Da solidão
Prendo minha respiração à espera
Até aparecerem marcas pretas como o passado
E encho meus pulmões com mentiras de esperança
Eu faço marcas em mim mesma
Pretas e irregulares
Para cobrir as cicatrizes
Isso faz de mim um monstro
Um aviso
Este não é um lugar de honra
Nenhum morto estimado está enterrado aquí”
(Poema escrito por Jack)
Jack é um dos membros centrais da equipe de Shepard em Mass Effect 2. Conhecida pelo seu temperamento difícil, a paciência da personagem é testada quando Miranda a chama de “erro”. Este é, decididamente, um dos principais conflitos dentro da nave. Neste momento, Shepard é obrigado a decidir um lado: Miranda ou Jack. Esta polarização é interessante porque, após a discussão, somente alcançando 100% Renegade ou Paragon é possível acertar as coisas com o lado da “perdedora”.
Outro detalhe importante é que, no caso do Shepard ser homem, é possível ter um relacionamento amoroso com Jack. Se você, como eu, não optou por essa escolha, mas tem curiosidade em saber como foi, veja o vídeo abaixo:
Mass Effect 3
O retorno de Jack em Mass Effect 3 traz uma surpresa: a personagem aparece mais tranquila e madura. Após a Batalha contra os Collectors, Jack é abordada pela Systems Alliance que oferece a ela o cargo de Professora na Grissom Academy. O objetivo: treinar bióticos. Ao aceitar a oportunidade, Jack é obrigada a controlar seus instintos agressivos.
Jogos em que está presente: Mass Effect 2, Mass Effect 3
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