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Análise: Need for Speed: The Run (PS3)

Quando Need for Speed: The Run foi mostrado pela primeira vez, muitos (inclusive eu) pensaram "ah não, mais um horrível Need for Spe... (por Unknown em 19/03/2012, via PlayStation Blast)

Quando Need for Speed: The Run foi mostrado pela primeira vez, muitos (inclusive eu) pensaram "ah não, mais um horrível Need for Speed e agora temos um protagonista, que coisa mais sem graça". Sim, de primeira vista, o jogo parece mesmo ruim, mas conforme você vai jogando, o seu pensamento muda. Aconteceu isso comigo. Durante uma semana, fiquei me divertindo com The Run, que trouxe até nós a tecnologia Frostbite 2 para dar um ar cinematográfico às cutscenes e ao gameplay. Belas paisagens, carros poderosos, modo multiplayer e, é claro, alguns defeitos, estão presentes nesse título, que promete revolucionar a franquia Need for Speed daqui para frente.

De costa a costa


Jack Rourke não possui dinheiro o suficiente para pagar sua dívida com a máfia. Bem, então o que eles devem fazer? Que tal colocar o carro de Jack, com ele dentro, em um demolidor de carros? Parece um meio justo de "acertar as contas". Nessa introdução à história do jogo, temos que tentar fugir dessa difícil situação e despistar os criminosos. Logo após, Sam Harper se encontra com o protagonista e diz que há uma corrida para ocorrer, com um prêmio de 25 milhões de dólares para o vencedor. Jack fica com 10% do dinheiro e ela paga os 250 mil dólares para inscrever ele. Ok, e agora? "Só" percorrer as mais de 2.000 milhas de São Francisco até Nova Iorque, passando por todo o centro dos Estados Unidos e enfrentando 200 competidores. Jack, que gosta de um bom desafio, topou a proposta e agora deve correr por sua vida.

 
 

Tour de primeira


Como foi dito na introdução da análise, Need for Speed: The Run conta com belíssimas paisagens. Arrisco dizer que talvez as melhores da franquia. Você irá começar o jogo em São Francisco, onde é o ponto de partida da grande corrida. Durante a sua viagem até Nova Iorque, você irá passar pelos morros do Parque Nacional, o deserto de Nevada, as ruas brilhantes da noite de Las Vegas, as montanhas geladas do Colorado, o clima rural do Planalto, o modernismo de Chicago, a região dos Grandes Lagos e a Floresta Estadual, até finalmente chegar na costa leste. É uma grande aventura, e cada estágio (10 no total) contém cerca de 6 eventos, cada um com sua característica própria: seja avalanches, tempestades de areia, grandes precipícios, o tráfego das interestaduais, estradas de terra... tudo isso pode dificultar ou facilitar a sua jornada.

 
 

O importante é competir


Diferente da maioria dos jogos da franquia, Need for Speed: The Run não se baseia somente em vencer a corrida. Quero dizer, no modo história o objetivo principal é sim vencer a corrida e ganhar o prêmio, mas em cada fase há uma maneira diferente para finalmente chegarmos ao final do jogo. Por exemplo, em um evento será necessário que você ganhe determinado número de posições na corrida; em outro, que você passe pelos checkpoints antes que o tempo acabe; nesse ritmo, o bonde vai andando. Além desses, em alguns você deve fugir da polícia ou da máfia, passar de somente um competidor (ou de sua trupe) e, misturando objetivos, passar de determinado número de competidores antes que o tempo acabe. Esses diferentes modos dão um outro ritmo para o jogo, que não fica naquela mesmice de somente chegar ao primeiro lugar passando por todos sem nem ao menos dar uma pausa.

Aperta esse! Não, aperta aquele!


Quem acompanhou de perto o anúncio de The Run pôde perceber algo bem diferente, introduzido pela primeira vez em um título da série. Primeiro, é claro, que podemos ver quem está por trás do volante, mas outro elemento foi ainda mais crucial e, digamos, "apedrejado" pelos fãs: poder sair do carro. Claro que não apertando um botão e de repente "êêê, agora vou sair matando todo mundo"; calma lá filho, isso não é nenhum Grand Theft Auto. Me refiro a algumas cutscenes, cerca de quatro ou cinco durante o jogo, em que Jack Rourke está encurralado, seja pela polícia ou pela máfia, e deve sair do carro para poder sobreviver. Nessas cenas, o jogador não fica parado assistindo não; ele deve apertar botões, algo como Heavy Rain, para Jack poder despistar os inimigos para voltar à corrida. Os conservadores certamente não gostaram nem um pouco disso, mas novos jogadores certamente ficaram atraídos por esse novo estilo, que aparece poucas vezes durante a jogatina e não pode ser considerado algo que arruinará a franquia.


Bela caranga


O que seria de Need for Speed sem os carros? Claro que seria nada, pois não existe jogo de corrida sem os automóveis. The Run conta com uma boa variedade de carros, que já vêm no jogo ou são liberados conforme você aumenta de nível. Porém, algo que fez bastante falta foi a opção de customizar o seu carro. Quem se divertiu com os Underground, por exemplo, se lembra que podíamos escolher a pintura, as rodas, os escapamentos, os faróis e até a cor dos vidros. Em The Run, somente a pintura pode ser mudada, e ainda assim há pouca variedade de cores. 1 ponto a menos para o game. Abaixo, você pode conferir a lista de carros presentes no título:
  • Aston Martin V12 Vantage
  • Lamborghini Miura SV
  • Dodge Charger SRT8 Police Car
  • McLaren MP4-12C
  • Conroy Ford GT
  • MAZDA MX-5
  • Dodge Challenger SRT8
  • Ford Mustang Boss 302
  • Audi RS 4
  • Toyota Corolla GTS (AE86)
  • Chevrolet El Camino SS
  • Subaru Impreza WRX STI
  • Dodge Challenger R/T
  • Alfa Romeo 8C Competizione
  • Chevrolet Corvette Z06
  • Nissan Skyline 2000GT-R (C10)
  • Pagani Zonda Cinque
  • Lamborghini Aventador LP 700-4
  • Nissan 2000SX (S14)
  • Hennessey Venom GT
Você pode conferir a lista completa dos 90 carros presentes no jogo no site oficial de Need for Speed: The Run.

Gostei de The Run, agora vou ir jogar com um amigo!


Não, você não vai. Se você chamar um amigo seu para ir na sua casa jogar Play3, já pode ir descartando o título. Que maldade, né? Como que a EA e a Black Box não puseram nesse Need for Speed um multiplayer local? Quase ninguém se contenta somente com o modo single player, que é relativamente curto. Aquele clima de competição e rivalidade e as provocações após uma rodada foram abandonados. É uma pena. Mas quem acha que multiplayer local é coisa do passado, pode se divertir com o modo online do jogo. Ou melhor, quase se divertir. Como nem tudo é perfeito, a maioria das partidas em que você for entrar (antes, esperar os "loadings" demorados) haverá um grande lag, que pode fazer com que você perca a corrida ou veja os seus adversários batendo em um obstáculo e levando séculos para capotar. Por falar em obstáculos, no multiplayer você mal bate em um e o seu carro quebra. Que chato isso, hein?

Prós

  • O clima de aventura, agora misturado com o de competição
  • Os belos cenários do game
  • Diversos objetivos para completar ao longo do single player
  • Cutscenes bem trabalhadas

Contras

  • Adição de protagonista pode afastar os jogadores conservadores
  • Não há tutorial no início da jogatina; novos jogadores podem demorar para se familiarizar com esse gênero de corrida
  • Falta de um modo de customização
  • Loadings demorados
  • Falta de um multiplayer local
  • Modo online mal trabalhado
Need for Speed: The Run - PlayStation 3 - Nota Final: 8
Gráficos: 8.5  l  Som: 8  l  Jogabilidade: 7.5  l  Diversão: 7.5
Revisão: Alberto Canen 

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

Comentários

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  1. Vc estava jogando diariamente nesses 7 dias?Porque a campnha é de 4 horas no maximo!

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  2. Que chato heim! Eu iria comprar ele porem sem customs nao da! Saudds do carbon...vlw

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  3. Que chato heim! Eu iria comprar ele porem sem customs nao da! Saudds do carbon...vlw

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