O Universo é um lugar imenso (infinito, mas isso é tão difícil de imaginar que é melhor trabalhar na ideia de "imenso, gigantesco, colossal, enorme" e afins). Claro que deve ter algum ser igualmente imenso controlando tudo isso, não é? Se você pensou em deus, se enganou. Quem comanda o universo é o Rei do Cosmos (também conhecido como King of All Cosmos - Rei de Todo o Cosmos), o ser mais estiloso, inteligente, divertido e cool da existência. Repleto de fãs, ele é quem manda o pobre Príncipe (seu filho) rolar Katamaris infinitamente, jogo após jogo.
Katamari é a série de jogos certa para quem gosta de humor misturado com uma jogabilidade louca (e às vezes falha). Para isso, é claro que o jogo precisa de um foco humorístico, e esse foco é o Rei do Cosmos. Um grande hedonista, o Rei chegou ao ponto de sua vida que ele quer apenas descansar, se esbaldar e aproveitar seu status de "ser mais cool da existência". Sua voz de disco riscado (e não é uma descrição - a voz dele é realmente um disco riscado nos jogos), o fato de referir-se a si mesmo como "Nós" e as excelentes tiradas com cada situação completam o pacote.
Atenção: esse texto pode conter spoilers para quem não jogou os títulos da série Katamari, além de muita sensualidade de Sua Majestade. Leia por sua conta e risco.
Antes do Reinado
No decorrer da série, a história de vida desse grande líder é mostrada aos poucos, e percebemos como o Rei foi um dia um jovem inocente com um pai rígido que cobrava dele nada menos que a perfeição. Após envolver-se em uma briga de bar, o Rei conheceu quem viria a ser sua Rainha. Seu pai, que não queria saber do filho envolvido com ninguém àquela altura, tentou derrubar o filho com um bambu.
Em seu primeiro momento de rebeldia, o Rei deu um soco em seu pai. Os dois finalmente fizeram as pazes quando o Rei percebeu que os desejos de Papai eram apenas que o filho tivesse maior sucesso que ele, que fora um segundo lugar durante sua vida.
A criação do Katamari Damacy
O Rei e a Rainha logo se casaram, após Papai entregar-lhe a coroa, e tiveram seu filho, o Príncipe (protagonista da série). Enquanto o garoto crescia, o Rei criou a arte do Katamari, que trata-se de usar uma bola mágica aderente para rolar objetos pelo mundo, criando uma bola cada vez maior. Isso se tornou uma verdadeira paixão para o Rei, e ele tratou de passar seus conhecimentos para o filho.
Como um bom Rei (só que não), ele logo embriagou-se e acabou destruindo todas as estrelas da galáxia. Sobrou para o Príncipe rolar uma infinidade de Katamaris e consertar o estrago que seu pai tinha causado, usando os melhores e maiores Katamaris para criar novas estrelas. Esse feito rendeu ao Rei muitos fãs, já que o povo da Terra ficou encantado pela arte do Katamari (o que é estranho, uma vez que muitos deles foram rolados ou tiveram as casas roladas para serem transformadas em estrelas). Assim terminou o primeiro título da série, Katamari Damacy (PS2, 2004)
Já em We ♥ Katamari (PS2, 2005), os fãs sedentos do Rei começam a fazer pedidos e a enaltecer o já enorme ego de sua Majestade, que mais uma vez envia seu filho para criar novas estrelas e rolar mais e mais coisas. Os desafios ficam cada vez maiores, do tipo "role um Katamari de 15 milhões de quilômetros em 15 minutos". Pelo menos o pequenino príncipe agora contava com a ajuda de seus numerosos primos. O Rei, no entanto, estava menos piedoso, castigando seus erros com raios laser, lançados através de seus olhos.
Mais Katamari... sim, Nós gostamos.
Seu hábito de jogar os problemas para cima do filho não pararam por aí. Após todos terem seus desejos atendidos, o Rei saiu de férias. Na sua forma real (e gigante), o Rei resolveu dar um triplo mortal no mar, e causou um enorme tsunami que destruiu as ilhas do mundo. Sem nem precisar do pedido do Rei, o Príncipe já começou a fazer novas ilhas através de Katamaris, eventos contados em Me & My Katamari (PSP, 2005, que inclusive foi analisado pelo PSBlast). Em algum momento, o Rei teve uma outra filha, a Princesa.
Já em Beautiful Katamari (Xbox 360, 2007), o Rei causa um buraco negro. É claro que foi acidental, em um momento de exuberância jogando tênis. Restando apenas a Terra, era necessário recriar todo o Universo e, novamente, o Príncipe foi enviado ao planeta para rolar Katamaris. Ao final, o Príncipe rola um gigantesco Katamari que é usado para tapar o buraco negro, e obviamente o Rei leva todo o crédito pelo feito.
Como a desgraça nunca termina, o Rei sofre um acidente e fica com amnésia. O Príncipe decide criar um Rei Robô para tomar o lugar de seu pai no meio-tempo, mas esse robô defeituoso faz seu papel da melhor forma: destruindo todo o Universo, exceto a Terra. Com dois desafios pela frente, o Príncipe começa a tentar trazer de volta a memória de seu pai e reconstruir tudo que foi destruído através da arte do Katamari, tudo isso no lançamento mais recente para a família PlayStation, Katamari Forever (PS3, 2009).
Toque meu... Katamari!
O futuro do Rei ainda é desconhecido, mas é fato que ele terá um papel importante em Touch My Katamari, o novo título da série a ser lançado para o PS Vita. Sua Majestade provavelmente deve fazer outra de suas extravagâncias que custará ao Universo todas as suas estrelas, dando mais trabalho ao Príncipe e seus primos (e a todos nós). Mas, já que ele é tão cool e divertido, o Rei será sempre bem-vindo e continuaremos ajudando-o a manter sua fama.
Jogos em que está presente: Katamari Damacy (PS2), We ♥ Katamari (PS2), Me & My Katamari (PSP), Beautiful Katamari (Xbox 360), Katamari Forever (PS3) e os títulos para celular Katamari Damacy Mobile e Katamari Amore.
Revisão: Alberto Canen
Não gostei do que você falou ,lógico que é o nosso senhor deus o dono...
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