Expectativa é uma das questões mais complexas de se lidar quanto se fala do entretenimento eletrônico. Muitas vezes, grandes produções são lançadas em meio a um hype tão exagerado que se torna praticamente impossível corresponder a tudo o que se espera. Neste Top 10 de hoje, o PlayStation Blast enumera os 10 games mais decepcionantes do PlayStation 3. De uma forma ou de outra, esses games não conseguiram agradar aos jogadores, apresentando problemas que inesperados que comprometeram toda a experiência final. Quer conferir o que preparamos?
10. Folklore – Sony Japan/Game Republic - 2007
Porque parecia legal: Uma mistura completamente híbrida entre aventura e RPG, Folklore chamou a atenção desde o início pelo enredo adulto (abordando tortuosas relações entre vida e morte) e pelo visual realista e com um toque meio dark que parecia diferente de tudo o que tinha sido visto até então. O desenvolvimento nas mãos do então promissor Game Republic também era envolto em muita expectativa.
Porque não deu certo: Folklore acabou cumprindo boa parte daquilo que prometeu, incluindo fornecer uma trama diferente e complexa para jogadores mais experientes. O grande problema é que a aventura linear, os irritantes load times e a progressão lenta do sistema de batalha praticamente impedem que o jogador consiga usufruir da maneira esperada.
9. Dante’s Inferno – Eletronic Arts – 2010
Porque parecia legal: Inspirado na epopeia clássica da literatura escrita pelo italiano Dante Alighieri, Dante’s Inferno parecia um dos games mais promissores que teríamos a oportunidade de experimentar no ano passado. Com uma boa produção, uma equipe competente encabeçando o desenvolvimento e muito investimento da EA em marketing, tudo parecia encaminhar para um dos melhores games daquele ano.
Porque não deu certo: Mecânicas de jogabilidade recicladas, pouca inspiração ao longo da aventura como um todo, personagens ora carismáticos, ora dispensáveis e uma estrutura de evolução do gameplay praticamente inexistente tiraram muito do brilho da aventura. Longe de ser um game ruim, Dante’s Inferno acabou decepcionando justamente por ter criado a ideia de que poderia acrescentar novidades pontuais ao gênero, o que não aconteceu.
8. Medal of Honor – EA – 2008
Porque parecia legal: Depois do sucesso dos dois primeiros Modern Warfare, a EA parecia ter aprendido a lição, preparando um game no mesmo nível da série da Activision. Visual fotorrealista, promessa de inovações pontuais para o gênero e a ideia de trabalhar com questões de guerras atuais em seu single player prometiam um game que, no mínimo, conseguisse colocar a série MoH nos eixos.
Porque não deu certo: Medal of Honor não conseguiu cumprir praticamente nada do que prometeu. O visual com problemas de frame rate, a jogabilidade simples, o roteiro insosso e um patriotismo absurdamente exagerado – que renderam pesadas críticas à equipe de desenvolvimento – tornaram o game um fracasso de crítica e de público.
7. Katamari Forever – Konami – 2009
Porque parecia legal: A série Katamari sempre foi garantia de muita diversão e originalidade. A expectativa é que a Konami conseguisse repetir essas características em Forever, fazendo uso da capacidade do PS3 e das possibilidades de interação online.
Porque não deu certo: Assim como em Beautiful Katamari, lançado para o X360, esse capítulo da série derrapou justamente onde a franquia sempre foi destaque: a inovação. Reciclando fórmulas e fases (numa atitude completamente questionável) e fazendo pouco ou nenhum grande upgrade na fórmula dos games anteriores da série, Katamari Forever parece o mesmo game lançado cinco anos antes para o PlayStation 2, o que por si só é inadmissível. Apesar de divertido e bem acabado, Forever não conseguiu ser aquilo que todos esperavam.
6. Silent Hill: Homecoming – Konami – 2008
Porque parecia legal: Nos seus primeiros momentos, a série Silent Hill rivalizou com Resident Evil em termos de qualidade e sucesso de crítica. Depois de dois games ótimos, o terceiro e quarto games da série dividiram opiniões, já que mantiveram muita coisa e pouco alteraram a fórmula-base da franquia. Com a promessa de que Homecoming conseguisse evoluir a experiência proporcionada pela série, todos esperavam que Silent Hill pudesse voltar a ser… Silent Hill.
Porque não deu certo: Homecoming foi corajoso ao mudar alguns elementos na estrutura básica da série, como evoluir o sistema de combate e tornar o enredo menos oriental. Só que essas mudanças acabaram mais prejudicando do que realmente melhorando a série. Apesar do argumento perfeitamente condizente com a franquia, o roteiro é esdrúxulo e mal encaminhado, estragando a gama excelente de personagens. A dinâmica do game como um todo se afastou do terror psicológico e se aproximou dos games de ação genéricos, perdendo – e muito – as características que a série tinha de melhor.
5. Quantum Theory – Tecmo Koei - 2010
Porque parecia legal: Se os donos de Xbox 360 possuem a série Gears of War, os donos de PlayStation 3 ficaram esperançosos que Quantum Theory conseguisse preencher a falta de bons shooters em terceira pessoa. Produzido por uma boa equipe, envolto em muita expectativa e muitas promessas, parecia que o título seria mais um bom título na biblioteca do console.
Porque não deu certo: Quase nada funcionou realmente. Além da inteligência artificial porcamente programada e do design de níveis completamente idiota, o visual datado, o gameplay clonado e a falta de ideias realmente inovadoras praticamente tornam o game um zero à esquerda.
4. Front Mission Evolved – Square Enix – 2010
Porque parecia legal: Se nos primeiros Front Mission a estratégia era quem ditava as regras, a Square Enix pareceu querer “ocidentalizar” a série investindo em um famigerado game de ação em terceira pessoa. Com um universo tão rico a ser explorado, muitos imaginaram que apesar de negar suas origens, Evolved conseguiria ser uma boa alternativa para os fãs das mega batalhas com mechas.
Porque não deu certo: Apesar de inovador, Evolved parece datado e extremamente simples, não conseguindo se destacar em nenhum aspecto. Além da campanha principal curta e pouco inspirada, do modo online previsível e sem graça e do visual datado, o game ainda não consegue convencer o jogador a mergulhar em sua história, que é recheada de clichês dos mais inaceitáveis.
3. Duke Nukem Forever – 2K Games – 2011
Porque parecia legal: A série Duke Nukem foi um dos ícones dos anos 90, graças ao humor boca suja de seu personagem principal e aos muitos litros de sangue jorrando pela tela. Com 13 anos de desenvolvimento, era de se esperar que Forever pudesse, pelo menos, ser uma boa opção para quem quisesse reviver o passado.
Porque não deu certo: Genérico ao extremo e cheio de problemas técnicos, Forever parece um game que foi colocado nas lojas às pressas. Além do design questionável, o roteiro pseudo-engraçado (que está mais no nível do mau gosto do que qualquer outra coisa) e os ambientes inexpressivos e repetitivos pouco agradam.
2. Lost Planet 2 – Capcom – 2010
Porque parecia legal: Apesar dos problemas, o primeiro Lost Planet foi um dos games mais legais na época de seu lançamento. A atmosfera, o bom enredo e o carisma da aventura como um todo agradaram aos jogadores. Com a promessa de um visual mais apurado, ambientes mais variados e disputas online refinadas, parecia que teríamos um senhor game de ação.
Porque não deu certo: Se uma das características mais legais do primeiro LP era justamente a atmosfera, a mudança da Capcom praticamente tirou o que a série tinha de mais precioso. Além disso, o roteiro foi podado e a aventura principal voltada para um modo cooperativo online estranho e forçado, engessou a aventura e a encheu de mapas completamente sem graça e lineares. Toda a dinâmica presente no primeiro título da franquia praticamente deixou de existir.
1. Final Fantasy XIII – Square Enix - 2010
Porque parecia legal: Com um visual incrível, promessa de um roteiro sensacional e uma “modernização” da mecânica de jogo da série, FF XIII parecia ter tudo para superar o incrível FF XII, lançado quatro anos antes.
Porque não deu certo: Há muita coisa questionável neste episódio da série, a começar por mudanças completamente desnecessárias na estrutura básica da franquia. As vinte primeiras horas completamente tediosas, a progressão lenta da jogabilidade a cada nova habilidade recebida (tornando o título repetitivo e entediante em seus primeiros momentos) e a linearidade com que a ação se desencadeia parecem depor contra a experiência de jogo de uma maneira poucas vezes vista. Os personagens também são menos expressivos do que o costume, assim como a jornada carece de momentos mais marcantes, algo que a série FF sempre fez tão bem. Longe de ser um game ruim – que fique bem claro – Final Fantasy XIII é apenas uma aposta arriscada, não conseguindo honrar os mais de vinte anos de história da série.
Os comentários até que são válidos, mas discordo quase integralmente desta listagem. Colocando em pauta, primeiramente, que uma plataforma com jogos ao nível de Bladestorm, Far Cry, Genji, GoldenAxe e outras tantas porcarias lançadas para o famigerado PS3, acho um tanto estranho encontrar títulos originais como Folklore, ou mesmo o Final Fantasy XIII, que tem um dos cenários e roteiros mais bem construídos em toda a série, nesta lista.
ResponderExcluirAcredito em opinião, sim, mas decepcionante? Existem muitos outros nomes que fariam uma lista com 150 posições em constar a maioria dos presentes aqui.
Acho que tá mais pra "Jogos que prometiam muito e decepcionaram", o que aconteceu mesmo com esses jogos da lista.
ResponderExcluirEu tinha muitas expectativas para Folklore e elas foram superadas. Com FFXIII já apostava em algo cinematográfico, pela equipe de produção e tambem encontrei. Não acho que os dois sejam tão decepcionantes.
ResponderExcluirEu tinha muitas expectativas para Folklore e elas foram superadas. Com FFXIII já apostava em algo cinematográfico, pela equipe de produção e tambem encontrei. Não acho que os dois sejam tão decepcionantes.
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