O mito tem como característica explicar problemas nebulosos referentes a algum assunto social. Neste post o PlaySation Blast comenta 10 mitos relacionados a videogames. Afinal, eles fazem mal a saúde? Jogos configuram um tipo de arte? As marcas copiam produtos de outras? Venha refletir sobre estas e outras perguntas conosco. Continue lendo!
10 - Videogames fazem mal a saúde
Talvez um dos mais difundidos mitos sobre videogame. Além do tradicional argumento do sedentarismo, os heavy gamers ainda costumam ser confrontados com a alegação de que “videogames prejudicam a visão”. O fato é que ambos acontecem se, e somente se, a atividade for praticada em excesso, ou se a pessoa já for propensa a ter algum tipo de problema.
O que é pouco difundido é que videogames fazem, efetivamente, melhorias consideráveis em diversos aspectos ligados ao funcionamento humano. Por exemplo, no artigo Stretching the limits of visual attention: the case of action video games, escrito por três pesquisadores norte-americanos, os benefícios são apresentados de forma clara. Em determinado ponto, é dito que o ato de um cirurgião jogar videogame regularmente pode indicar uma melhor habilidade manual por parte dele, isso baseado em tendências estatísticas em comparação a não-jogadores. E mais, os investigadores apontam que a melhoria na habilidade cirúrgica por jogar videogame é muito mais saliente do que a de formação, ou número de cirurgias realizadas, por exemplo. Traduzindo: é muito mais fácil identificar um bom cirurgião analisando sua experiência com videogames, do que verificando onde ele se formou ou quantas cirurgias realizou. Impressionante, não?
Os benefícios se dão porque o jogador usual exercita a capacidade de mudança, a fim de resolver novos desafios e desenvolver táticas e contra-táticas para solucionar os challenges e missões. Quem diz isto é Ray Perez, responsável por pesquisas da Marinha norte-americana. Perez afirma que jogadores de videogame têm uma performance de 10 a 20 por cento maior em termos de capacidade cognitiva do que as pessoas que não jogam nada.
9 - Jogos não configuram um tipo de arte
Obviamente esta não é um discussão rápida. E logicamente que esta ponderação não leva em conta os saudosistas. Entender videogame como arte é, primeiramente, conceber que a linha entre arte e não-arte é tênue, nebulosa e, por vezes, subjetiva.
Um livro ou um filme, por exemplo, possuem uma narrativa. Logo, podem ser submetidos a crítica, logo, podem ser concebidos como arte. Jogos (em sua maioria) também possuem narrativas, portanto podem ser submetidos a mesma crítica que outras formas artísticas.
Desde o século vinte a noção de arte parte do pressuposto da expressão. Acredita-se que a arte é muito mais do que pintar uma paisagem perfeitamente, muito pelo contrário. A arte passa a ser um objeto de expressão - isso incluiu a dança e a música como artes, por exemplo. O grande problema é que qualquer tipo de arte precisa de um artista. Por exemplo, um filme é criado por dezenas de pessoas, mas quem efetivamente leva os créditos? O diretor.
Jogos são desenvolvidos por dezenas de developers, mas por questões comercias nenhum deles leva o crédito individualmente. Esta, para mim, é a grande problemática. Sem a dimensão do "artista" não existe o reconhecimento do público e todo o processo artístico de um jogo se perde. Jogos são vendidos como formas de entretenimento, mas os processos que os envolvem são os mesmos executados em qualquer tipo de arte: pesquisa, criação e expressão. Para quem se interessa pelo assunto, recomendo fortemente o livro Videogames and Art, editado por Andy Clarke e Grethe Mitchell.
8 - Jogadores de games violentos tendem a ser violentos
Para mim, este é o “ovo ou a galinha” dos videogames. Explico: são os videogames responsáveis pelo aumento da agressividade nas pessoas, ou pessoas agressivas procuram propositalmente jogos violentos para exorcizar sua agressividade?
Existem milhares de pesquisas relacionadas a este tema, principalmente ligadas a crianças. Ora, cabe aos pais monitorarem suas pestinhas para que elas não joguem God Of War ou Call of Duty aos 8 anos de idade. Certo? Pode ser um pouco conservador da minha parte responsabilizar os pais completamente, mas infelizmente creio que não existam outras alternativas mais eficazes.
Ao falarmos de jogadores adolescentes ou jovem adultos o problema muda de figura - mas nem tanto. A animalidade presente no ser humano mostra as garras em qualquer tipo de competição, seja virtual, como nos videogames, ou no esporte, por exemplo. Somos seres naturalmente competitivos, agressivos e violentos. É responsabilidade de cada um manter a estabilidade social, controlar os ímpetos e agir pacificamente. Se uma determinada pessoa não é capaz de controlar sua atitudes, qualquer estímulo agressivo tende a gerar reações potencializadas. Ou seja, se uma pessoa agressiva opta por jogar um jogo violento, obviamente isso vai suscitar mais raiva e ódio. Contudo, isso vale para qualquer outra ação como assistir um filme ou ler um livro. Concordam?
7 - A maioria dos jogos tem a mesma história
O videogame é um bebê de colo. Por ser tão novo acabou sendo influenciado, desde o nascimento, pela literatura e cinema. Muitas tendências narrativas foram “recicladas” de outras artes nas primeiras gerações e, a maioria delas, já estavam desgastadas e ultrapassadas. Por exemplo, em 1950 explode o gênero da ficção científica na literatura, mas somente 28 anos depois - em 78 - Space Invaders é criado. Mario e Pitfall! são outros exemplos clássicos.
Felizmente, o tempo trouxe, além dos avanços tecnológicos, uma melhora significativa nas histórias. Hoje o jogador se envolve diretamente com o personagem, na grande maioria dos casos. O resultado vai além da definição insossa do “conflito artificial definido por regras que resulta em resultados quantificáveis”. Um exemplo é o conflito virtual entre online players, criado a fim de redimencionar a experiência e torná-la cada vez mais imprevisível.
A imprevisibilidade é o “straight flush” dos videogames em relação ao cinema e literatura, por exemplo. O personagem hoje - e quando falo personagem, digo, o time de futebol, o carro, o piloto, enfim, qualquer coisa jogável - é uma extensão da nossa própria consciência.
Jogar, hoje, parte da negociação entre a liberdade de quem controla em contraste com a estrutura do jogo. Sabe-se que jogar não é apenas um divertimento, é acima de tudo um envolvimento. Quando optamos fazer o caminho mais difícil, jogar no hard ou recomeçar um jogo, sabemos que os sentimentos que nos esperam vão além da diversão. O que nos espera é a frustração, a dor e, por vezes, a felicidade ou orgulho.
6 - Jogos feitos para celular vão engolir os portáteis
Para quem não lembra, vale a pena dar uma olhada na notícia postada pelo Gustavo Assumpção “Em entrevista, executivos da Heavy Iron Studios questionam sucesso do Vita” aqui no PlayStation Blast. De qualquer maneira, vou colocar aqui a citação:
“Se as pessoas não estão dispostas a pagar 249 dólares por um Nintendo 3DS, por que eles pagam U$ 299 por um Vita? As pessoas não querem levar mais de uma coisa em seu bolso, por isso é que o Android e o iPhone tem se dado tão bem, eles são dispositivos que oferecem múltiplas funções"
Obviamente, é nítido o desejo das empresas em aglutinar serviços. Por exemplo, seu celular toca músicas e também faz chamadas, seu Playstation 3 lê discos em blu-ray, seu Wii pode ser usado como um personal trainer por meio do WiiBoard e seu Xbox também vende suas séries preferidas. Contudo, isto não se aplica neste caso. Das duas uma: ou quem tem um iPhone é um casual gamer, ou é um heavy gamer que TAMBÉM tem um iPhone. Certo?
Eu acredito que os celulares possam competir, em um futuro próximo, com os portáteis. Entretanto, dificilmente tomarão seu lugar no mercado. Muito provavelmente a Nintendo e Sony seguirão com bons títulos e aplicarão as medidas necessárias para que os seus produtos continuem competitivos e tentadores aos consumidores fiéis. Se eu estiver errada, paciência, fica aqui meu pedido de desculpas prévio.
5 - Videogame é uma forma de entretenimento ingênua e infantil
Esta é clássica. Acredito que não exista um só gamer adulto que nunca tenha sentido aquele olhar de desprezo ao se identificar como tal. Este preconceito generalizado é fruto de uma propaganda destinada ao público infanto-juvenil das primeiras gerações de videogames. Infelizmente ela permanece enraizada e perpetuada pelos grupos sociais que estiveram presentes na concepção dos primeiros jogos. Ou seja, provavelmente os seus pais.
A boa notícia é que isso tende a mudar (mudar, veja bem: ninguém aqui falou em “melhorar”). Desde a criação do primeiro jogo “violento” - Mortal Kombat, em 1993 - o discurso moralista envolvendo videogames trocou de norte, a questão agora geralmente tange o blablabla da agressividade já comentado anteriormente. Mesmo assim, um jogador de 25, 30 ou 40 anos ainda se defronta, na maioria dos casos, com a pergunta “mas você ainda joga videogame?”.
4 - Videogame é caro e não vale o investimento
Minha resposta a esta questão é bem objetiva: desafio alguém a me dizer UM eletrônico que tenha uma vida útil superior a sete anos (tempo de vida média de um console). Celular? 2 anos. Computador? 4 anos (fui gentil). Televisão? Além do produto em si, só é tragável se não for TV aberta, ou seja, lá se vão alguns $ mensais.
Então se lança o argumento dos preços dos jogos. Realmente, as taxas brasileiras doem no bolso. Porém, acredito que uma boa biblioteca, com 7 jogos de qualidade satisfaz qualquer um (7 jogos, em 7 anos). Fora que existe a troca, o aluguel, a revenda e todas essas ferramentas que utilizamos para tornar o investimento mais rentável.
Outro excelente ponto positivo é fato de que hoje podemos praticamente jogar o jogo antes de comprá-lo, via videos, análises e prévias. Ou, por vezes, realmente jogá-lo - como nas demos. Não estou dizendo que ter um videogame é barato e acessível, porque de fato não o é. Contudo é um eletrônico que proporciona horas de entretenimento, e mais, é um investimento seguro, porque você sabe que por XY tempo você poderá usufruir dos jogos que serão lançados. E quando eles pararem de ser lançados, você sabe que poderá comprá-los pela metade do preço.
3 - As marcas copiam umas as outras
Para mim, este é um ponto fulcral de qualquer discussão porque não é externo aos jogadores, é interno. Há uma ideia completamente infundada que pratica mitose pelos fóruns e comentários de blogs de que “a marca X copia a marca Y” ou que “a produtora A copia a produtora B”.
Sinceramente, existem tantos argumentos que destroem esta percepção absurda que eu fico em dúvida em qual elencar primeiro. Vamos lá.
Uma caneta. Ela pode ser uma BIC ou uma MontBlanc, não importa. Reconhece-se naquele objeto uma caneta e se usa como tal sem estabelecer relações referentes a criação do conceito de caneta. O que eu quero dizer é que ninguém discute quem criou a caneta porque é irrelevante. O que se discute é a qualidade da caneta.
O mesmo deveria valer para videogames. O mais recente embate da indústria foi em relação ao motion controller. A Nintendo implementou a tecnologia. A Sony seguiu a tendência e, devido a boa receptividade da concorrente, desenvolveu seu próprio produto. A Microsoft apostou em uma tecnologia similiar. Não há cópia: o que existe é uma tendência. Diante disto, nosso papel como consumidor seria avaliar qual destes produtos tem o melhor custo-benefício, e não quem criou o que. Em uma indústria dominada por apenas 3 grandes grupos, ter opções de escolha deveria ser visto como um ponto positivo, e não o contrário.
O PlayStation trouxe os gráficos 3D em 1994, e mais tarde a Nintendo apresentou o N64 - em 1996. Ambos os consoles são lembrados pela qualidade dos materiais que apresentaram durante os anos que estiveram no mercado. O tempo tratou de indiferenciar o criador, e isto vale para a grande maioria das tecnologias do mundo.
2 - Jogos são fantasiosos e tendem a criar realidades alienantes
Durante os primeiros anos dos videogames as histórias dos jogos exigiam uma suspensão de descrença enorme. Esse, entre outros motivos já citados, serviram para a consolidação do videogame como uma plataforma um tanto quanto ingênua. Atualmente, nos deparamos com jogos cada vez mais adequados a nossa realidade. E quando digo realidade, não digo necessariamente ao tempo que vivemos, mas a nossa realidade social, a forma de encarar problemas, desastres e desafios.
Obviamente ainda existe um grande percurso pela frente. Na sua grande maioria, os jogos permancem sexistas e estereotipados. Contudo, em alguns bons títulos encontramos inclusão das decisões do jogador no rumo da história, por exemplo. Além disto, outros abordam relacionamentos gays, questões raciais e choques morais. Esta adequação dos novos jogos a nossa realidade não são por acaso. Existe uma preocupação generalizada em aproximar, cada vez mais, o jogador do personagem, seja por meio de uma história imersiva ou um controle que imita os movimentos. Um exemplo? Esta cena de Dragon Age *contém spoilers
1 - O amor incondicional a uma marca
O videogame, na grande maioria das vezes, é introduzido bem cedo na vida de uma criança. Com alguns poucos anos de vida ela já está apta a embarcar neste mundo. É perceptível que o primeiro console (e principalmente a marca dele) tem uma grande influência para o resto da vida.O resultado disso é um engajamento quase que involuntário. O videogame é uma lembrança da infância, quase que uma conexão direta com um período perdido em nossas memórias.
Esta introdução tem por objetivo mostrar as raízes dos brand lovers - ou amantes incondicionais de uma marca. Ou, menos polidamente: fanboys. Nestes grupos a marca é a prioridade, e não a qualidade.
Quando alguém prioriza a marca e detrimento a outros aspectos, está automaticamente perdendo alguma coisa. O nível de exigência cai, ou seja: a marca é um fator tão importante que o fanboy está disposto a relevar outros atributos importantes de um produto, como inovação, por exemplo. Um brand lover não tem o trabalho de verificar a concorrência nem a evolução dos produtos semelhantes ao que ele consome. É uma imersão cega e irracional, motivada por fatores emocionais.
Ser um brand lover não é uma escolha, é quase que um estado de espírito. Entretanto, é possível se reconher como tal, e mudar. Escolhi este mito para o primeiro lugar do Top 10 porque o sinto quase como uma patologia dentro do universo gamer. Logicamente, cada um tem a sua preferência, mas ela precisa ser pautada na qualidade e não em saudosismo.
Ótima matéria Mariana! Concordo sobre os brand lovers eu não me considero um, mais conhenço vários e muitas vezes é chato conversar sobre outras empresas com esse tipo de pessoa pois não aceitam nem a realidade nem a opnião dos outros!
ResponderExcluirMariana, você ganhou a internet com esse top 10. Excelentemente escrito e vários pontos interessantes, principalmente a questão do videogame ser arte, as supostas "cópias" e os brand lovers que tanto criam caos na internet. Se todos aprendessem a aproveitar cada console, o mundo dos games ficaria mais proveitoso pra todos.
ResponderExcluirEu discordo em algumas coisas:
ResponderExcluir10- videogames de certa forma "fazem mal a saúde", em que ponto, nos instruction booklet vem falando dos riscos que as pessoas correm jogando videogames (cerca de 1 em 4000) e que para evitar qualquer das situações citadas nele (eu não vou digitar mais é só olhar no jogo) a pessoa deve descansar 10-15 min a cada hora, jogar na menor tela possivel, sala bem iluminada etc... (o que eu quero dizer é que os videogames tem chance de causar problemas se for mal usado e tem tanto risco quanto tv, pc etc)
09- Concordo, embora a maior discussão seja também em termos se videogame é ou não cultura (na minha opinião é)
08- Concordo, a pessoa que se deixa influenciar por um jogo seria influenciada por um filme e até por uma revista (ou seja, tem um problema psicológico e é bom se tratar) acerca das crianças é pra isso que os jogos tem a classificação etária e realmente cabe aos pais monitorar
07- Concordo, falar que todos os jogos tem a mesma história é igual falar que filme é tudo igual
06- vão engolir igual era para o pc ter engolido os consoles anos atrás
05- concordo, e a maioria das pessoas que falam que videogame é jogo de criança não consegue zerar nem mario com tanooki suit (e isso da invencibilidade)
04- videogames não estão caros, é o imposto (wii e ps3 estão 150 e 300 dolares cerca de 300 e 500 reais, isso não é caro) e mesmo assim agora é possivel comprar um wii por450 a 500 reais e um ps3 por 800 a 900 (é mais caro em relação aos outros países mais nada que não se possa economizar um pouco, com 50 reais por mes em 9 ou 10 meses se consegue comprar um wii)
03- concordo em parte, o que faz as pessoas falarem que a sony é clony foi o fato dela ter crucificado o controle do wii no inicio (dizer que não encarava a nintendo como concorrencia e que essa geração seria marcada pelo gráfico) e depois de um tempo na maior cara de pau, sem se desculpar ou inventar uma desculpa apresenta o move no mesmo esquema do wiimote (ninguém xinga o kinect de cópia porque pelo menos a microsoft teve um pouco mais de criatividade) se a sony esperasse ao menos essa geração acabar ninguém falaria nada.
02- de certa forma boa parte dos jogos são fantasiosos (final fantasy) mais isso não quer dizer que não existam jogos que mostram um pouco a "realidade" (heavy rain), mais a graça nos videogames é também poder se sentir em outra realidade (por isso que boa parte dos gamers sonham com a realidade virtual) se eu quisesse ver a realidade o tempo todo eu via record news ou outro do genero (e as vezes o melhor é realmente deixar a realidade para relaxar um pouco)
01- o que você falou fez a primeira colocação não ser um mito e sim realidade (eu não digo que tenho algo contra fanboys, pra mim eles tem todo o direito de gostar da marca contanto que não xinguem, desrespeitem ou queiram humilhar as outras, e me desculpe mais os fanboys mais agressivos que eu já vi são sonystas, os nintendistas normalmente defendem o que gostam, mais os sonystas normalmente atacam o do outro)
eee... maior comentário já feito no playstation blast (aposto que já estavam querendo que eu calasse a boca)
Mais um grande top 10 @Mariana Mota, parabéns!
ResponderExcluirExcelente!Está de parabéns garota!
ResponderExcluirMuita hipocrisia. Tentando ser "politicamente correta" ignorando fatos que estão escarrados na cara de todos.
ResponderExcluirComo por exemplo que uma empresa copia a outra. Isso é óbvio que acontece, pois todas querem comer umas as outras e copiando seu produto e tentando melhora-lo, é a maneira mais "fácil" de se conseguir isso. Não só nos games. Enquanto algumas são "criativas" e "inovadoras", outras só no barco delas. Isso faz parte do capitalismo. Não no mundo de Bob onde tudo são flores.
E com relação a "brand Lovers", fala isso para os torcedores de futebol. Sentimentos são sentimentos. Quando você gosta de várias, você gosta, quando gosta de uma, é de uma, e isso é uma questão que deve ser respeitada e não debatida. Alienados vão sempre existir, incluindo aqueles que gostam de se esconder atrás de discursos imparciais e bonitinhos pra parecerem legais.
Isso existe em qualquer lugar, não foi inventado ontem.
Acho que o maior mito sobre os videogames é aquele "videogame estraga a TV". Quem nunca ouviu?
ResponderExcluirQuanto ao Top 10 achei bem legal, só discordo da primeira posição. "Logicamente, cada um tem a sua preferência, mas ela precisa ser pautada na qualidade e não em saudosismo". Como assim? Existe uma regra clara que diz que o meu gosto tem que ser pautado na qualidade? Mas, pera lá, qualidade não é algo relativo? Não vejo nenhum problema quando deixamos a emoção transpor a razão, muito pelo contrário. É preciso valorizar cada dia mais aquilo que faz nosso coração bater mais forte =)
Reconheço a qualidade excelente de muitos jogos dos consoles da Sony e Microsoft, mas tenho uma relação de amor com a Big N, mesmo tendo conhecido Sonic (em Sonic The Hedgehog - Master System 3) e Mickey (Castle of Ilusion) bem antes de Mario e Link.
ResponderExcluirHoje minha franquia preferida é Zelda, mesmo com seus defeitos e suas dungeons intermináveis. ^^
A Posição 1 me fez lembrar meu primeiro contato com um videogame: um SNES. Depois de tê-lo jogado eu ligei a marca Nintendo a criatividade e qualidade como ela vem mostrando nos ultimos tempos. Talvez por isso eu tenha comprado um Wii primeiro, criatividade e qualidade. Claro ele nao tem os graficos do ps3, mas msm assim foi minha escola. Por que?
ResponderExcluirPorque eu quero jogar Mario, ora.
Mas minha preferencia pela nintendo nao me faz ignorar a qualidade das outras duas empresas. Só não comprei um Xbox ainda porque não cabe no meu bolso.
Que jogador não queria ter os 3.
Mas aq é um sonho meio complicado pra um cidadão comum.
T-T.
Ah... Otima matéria. Parabens!
@lucas @Leandro Fernandes @Fabiano Matos @Nemesis obrigada! :) fico feliz que gostaram!
ResponderExcluir@LDV ouw, obrigada por comentar cada item. Fiquei lisonjeada! :~ hehe dois adendos:
10 - "O fato é que ambos acontecem se, e somente se, a atividade for praticada em excesso, ou se a pessoa já for propensa a ter algum tipo de problema". O descanso que você menciona é justamente para evitar o excesso, mas realmente esqueci de mencionar o mal uso, bem pontuado.
01 - pra mim, se é sonysta, nintendista ou caixista é irrelevante. Para mim estão todos no mesmo saco, apenas usam argumentos diferentes.
@Ghutto
:( que brabo! Fiquei até com medo de responder. Mentira, nem fiquei. Vamos lá!
Blablablabla capitalista. Eu juro que não queria me chamar capitalismo para ser o bode expiatório de qualquer resmungo social. O "problema da cópia" que você se refere é muito mais antigo do que qualquer sistema económico. O ser humano é pouco inventivo, todas as coisas que fazemos tem uma correlação com algo que já foi feito. Com as indústrias não é diferente.
Quando um produto é criado uma série de análises externas e internas são feitas. Para começar, algo só é criado se existe uma necessidade, uma lacuna para que aquele produto se encaixe. Além disto, todas as empresas olham para a concorrência. Todas elas analisam as falhas anteriores e tentam aprimorar o produto.
O pioneirismo tem um custo: você até pode ser o primeiro a inovar, mas a longo prazo não interessa quem chegou primeiro. O que realmente importa é quem estabeleceu o melhor produto. Exemplo: o iPod não foi o primeiro leitor de mp3, mas é o número 1 do mercado.
"E isso é uma questão que deve ser respeitada e não debatida", sorry, para mim não existe nenhuma questão que não possa ser debatida. Sentimentos são sentimentos? Discordo, mas entendo a subjetividade. Prefiro não entrar neste vórtex para não perder o foco.
Para mim não é uma questão de ser alienado, ou não. Para mim a questão é muito mais simples: quando se está preso a uma marca, a experimentação da concorrência se perde. E isso é ruim para qualquer consumidor.
@Gustavo Assumpção
Qualidade, para mim, é um conglomerado de características que podem incluir, inclusive, o saudosismo. Acho que não é uma questão de emoção, de todo. É uma questão de perder como consumidor, de não se deixar ter uma visão crítica. Sendo um pouco mais agressiva, acho que é uma escolha preguiçosa. Se deixar estimular por outras marcas é uma experiência sadia, este é o ponto. Quando eu digo "brand lovers" eu falo a respeito das pessoas que simplesmente ignoram as outras marcas. Que lideram uma cruzada completamente randomica contra as concorrentes, sem motivo algum. Não falo de pessoas que se emocionam com um trailer novo de um Zelda ou Sonic, porque isso é super natural, inclusive partilho este sentimento.
Concordo que qualidade pode ser relativa. Mas se cegar involuntariamente não é relativo, e é este meu ponto. Não acho que o problema seja preferir a marca X a marca Y, todo mundo tem suas preferências. O problema é achincalhar tudo que a concorrência faz e pior, validar todos os erros da marca em que se é fanboy.
@Douglas partilho do mesmo amor com a Big N, mas minha iniciação foi bem como a indicada. Meu primeiro console foi SNES e depois um N64, fui conhecer a Sony ANOS DEPOIS, só no PS3.
@Red Acho que a Nintendo se consolidou bem como uma marca de inovação. Acredito que na grande maioria das vezes isso é muito mais relevante que gráficos. Bem pontuado :)
excelente post. eu sabia que o nº1 ia dar o que falar... mas é a mais pura verdade. quem sai perdendo com sonysmos/caixismos/nintendismos é o próprio fanboy, independente da marca que for. os consumidores deviam era comemorar que as grandes estão evoluindo na mesma direção.
ResponderExcluiré quase infantil esse discurso das cópias. acontece em todas as indústrias, uma empresa inova e o mercado segue a tendência. e o consumidor vai deixar de comprar uma TV porque ela não foi a primeira a introduzir o LCD? vai deixar de comprar um Samsung Galaxy porque ele foi feito em cima do iPhone? não entendo porque algumas pessoas encaram isso como um ponto negativo. os gamers só saem ganhando com uma oferta tecnológica maior.
@ Gustavo Assumpção claro que ouvi e muito, meu pai não queria me dar um Nintendo 8 bits em 1990 pq disseram pra ele isso.
ResponderExcluir@ Bruna Gil concordo com vc, em tecnologia quanto mais oferta melhor. E a questão do fanboy pra mim não é coisa de sentimentalismo por uma marca não pq isso todo mundo tem, todo mundo tem uma marca preferida, mas deixar de jogar games de outra plataforma e ainda falar mal sem nem conhecer é coisa de adolescente retardado.
LDV , Concordo e espero que outra empresa lance outro portatil
ResponderExcluirtão avassalador quanto o nes e acabe com esse negocio
de iphone ,ipad, ifuck , essas tranqueiras inutéis sem sentido
nao concordo com isso de que ngn copia ngn a sony copia sim nao eh a toa q eh conhecida como CLONY u.u
ResponderExcluirExiste uma coisa chamada "fazer Benchmarking" que muitas vezes é confundida com "copiar". Pegar uma ideia de outra empresa, adaptar e aprimorar é diferente de copiar.
ResponderExcluirCala a boca Gutho
ResponderExcluirVirei fã da Mariana e vou montar fã-clube depois da resposta dela. Esse papo de "existem coisas que não devem ser debatidas" é o que impede a humanidade de evoluir. Existem tantos tabus, desde "não discuta futebol, religião e política" até "aborto é questão de religião ou ciência?", que nada acaba mudando nunca.
ResponderExcluirSão nessas coisas pequenas, de fanboys e brand lovers que a gente vê como o fanatismo e a teimosia das pessoas de se apegarem a conceitos mesquinhos como "eu fiz/vi/provei primeiro" impede que o mundo avance, tanto tecnologicamente quanto na questão humana. E é isso ae, melhor Top 10 do PSBlast.
Muito interessante a matéria.. Parabéns!
ResponderExcluir"Computador? 4 anos (fui gentil)."
ResponderExcluirO meu tem 5, quebrou 3 vezes, só troquei umas duas ou três peças no máximo, mas ele ainda tá de pé. o/
E o Donkey Kong country num era 3d não?
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