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Análise: Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time Re-Shelled (PS3/PSN)

O jogo das tartarugas ninjas que fez muito sucesso nos fliperamas no final da década de 80 recebeu uma carapaça nova. A Ubisoft é a  ... (por Alberto Canen em 01/10/2011, via PlayStation Blast)

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O jogo das tartarugas ninjas que fez muito sucesso nos fliperamas no final da década de 80 recebeu uma carapaça nova. A Ubisoft é a  encarregada da produção, e não mais a empresa original, a Konami. O intuito da desenvolvedora francesa foi o de aproveitar a nostalgia dos jogadores que tiveram a oportunidade de controlar as cascudas naquele tempo, e ainda angariar novos gamers, utilizando gráficos mais modernos. É um desafio bem maior do que aparenta, pois os games que fizeram sucesso antigamente, podem muito bem ter um destino diferente hoje em dia. Como eles se saíram nessa empreitada é o que vamos tratar em seguida.

A antiga carapaça

Nem todos nasceram há tantos anos quantos são necessários para ter jogado Turtles in Time no fliperama, também não vivenciaram a febre que as tartarugas ninjas trouxeram para a nossa cultura, principalmente com o clássico desenho, em que pudemos ver uma história muito divertida, apesar de sem sentido.

Tudo começou quando quatro tartaruguinhas foram atingidas por um mutagênico, tomaram forma humana e foram treinadas pelo Mestre Splinter – que é um rato ninja. Elas receberam seus nomes em homenagem a artistas renascentistas famosos: Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael.  Em geral elas apenas enfrentam o Destruidor (Shredder), arqui-inimigo das cascudas, pelas ruas de Nova Iorque e adoram comer pizza.

Teenage_Mutant_Ninja_Turtles FliperamaO jogo original do fliperama (1991) fez tanto sucesso que também recebeu uma versão para o Super Nintendo no ano seguinte, igualmente bem sucedida, sendo até hoje considerado por muitos um dos melhores games da época dos 16-bits, pois tinha um visual belíssimo que lembrava e muito os desenhos animados, bem como uma jogabilidade inovadora e ágil.

O fato da Ubisoft ter escolhido a versão para fliperama, em vez da do SNES, não foi a mais acertada, pois este possui inimigos que não aparecem naquela versão. E eles fazem falta, pois estão na mente da maioria dos jogadores de outrora.

A nova carapaça

Essa versão, a Re-shelled (2009), conta a mesma história do jogo original, que é a mesma da versão para Super Nintendo:

April O'neil“Esgotos de nova York. Um belo dia de domingo, finalzinho da tarde. As tartarugas ninjas assistem sua repórter favorita, April O'Neil, trazer as notícias, ao vivo, diretamente da Estátua da Liberdade. De repente, um enorme andróide (Krang) aparece dos céus, e "sequestra" o monumento inteiro. Eis que aparece na tela da TV o arqui-inimigo dos nossos heróis mutuantes, Shredder (Destruidor). Mal sabiam eles que se tratava de uma armadilha, arquitetada para lançá-las em um vórtice temporal. Mais uma vez Leonardo, Donatello, Michelangelo e Raphael devem acabar com os planos do Destruidor e seu Clã do Pé (Foot Clan).”

O diferencial começa pelos gráficos mais elaborados, como não poderia deixar de ser. Foram feitos em 3D e, tirando proveito dessa novidade, as tartarugas podem atacar em todas as direções, não apenas para os lados como antigamente. É algo interessante, sem dúvida, mas tem o porém de deixar o jogo mais fácil. Também fica bem caótico quando quatro jogadores estão distribuindo sopapos ao mesmo tempo. Esta, por sinal, foi outra das novidades, ao menos em relação aos consoles, pois nos fliperamas já era possível jogar com as quatro tartarugas ao mesmo tempo.

Batendo na direção abaixo4 ao mesmo tempo

Não há dúvidas, os gráficos impressionam, têm efeitos de luz muito interessantes e que chamam a atenção. Os cenários continuam atuando na jogabilidade, sempre tendo alguma armadilha para destruir as cascudas. Entretanto, o visual em si deixa a desejar, ainda mais tendo como comparação o maravilhoso e inovador visual das versões anteriores. Essa era uma missão das mais difíceis, pois alcançar o mesmo sucesso visual de antigamente, com todo o charme que as tartarugas, cenários e inimigos tinham, era algo muito complicado de ser alcançado, como não foi.

O cenário também é um desafioMy toe! My toe!

A trilha sonora também foi toda modificada. Todas as músicas encontradas em Turtles in Time podem ser encontradas na versão mais atual, porém remixadas, e mais uma vez a versão anterior deixou saudades. Os efeitos sonoros, apesar de bem feitos, são repetitivos, não é possível fazer uma distinção de uma tartaruga para a outra, o que não é nada agradável, considerando que cada uma possui uma personalidade única que merecia mais atenção do que a recebida.

Um dos grandes atrativos do game, como dito, sem sombra de dúvidas é o multiplayer, em que até quatro tartarugas podem ser controladas ao mesmo tempo, tanto offline quanto online. A estabilidade do modo online não deixa a desejar e essa é uma forma muito boa de experimentar o jogo.

Infelizmente, seja jogando em grupo ou sozinho, o jogo é muito fácil e não exige uma estratégia a ser seguida. Basta sair apertando o botão de ataque incessantemente  para chegar ao fim do jogo, em cerca de uma hora de gameplay. Um dos chefes que ainda dá algum trabalho, da mesma forma que na primeira versão, é o Leatherhead. Esse crocodilo sim era chato de derrotar. Mesmo assim, continua divertido derrotar inimigos dos desenhos, como o Krang.

Esse sim dá trabalhoKrang

Para tentar garantir o replay existem dois modos de jogo: Quickplay e Survival. No primeiro é possível encarar qualquer fase do jogo que já tenha sido alcançada antes no modo Story. Mas dessa vez o jogador conta com 99 vidas para jogar bem descontraído. O outro modo, coloca o jogador dentro da campanha, mas com apenas uma vida, o que pode parecer muito complicado, mas tenho certeza que diversos leitores conseguiram passar sem maiores problemas até o final.

Santa tartaruga

As tartarugas continuam as mesmas quatro de sempre. Mas agora no menu de seleção os atributos de cada uma podem ser devidamente mensurados. Leonardo, da bandana azul, utiliza um par de ninja-to (espada reta ninja) e é o mais equilibrado em seus atributos; Raphael é o mais rápido, utiliza a bandana vermelha, e sua arma é um par de sais; Donatello tem a bandana roxa, sua arma é um cajado Bo e o seu alcance é o maior do grupo; e Michelangelo, que era o personagem preferido de 9 entre 10 fãs do desenho, por suas tiradas super engraçadas, tem uma bandana laranja, sua arma é um par de nunchakus e é o personagem com o golpe especial mais poderoso.

Atributos

Os controles não foram alterados, ainda são três botões, dois utilizados para desferir golpes (um normal e outro especial) e o outro serve para dar os enormes saltos das tartarugas. Além disso é possível correr para dar encontrões e rasteiras. Continua possível arremessar os adversários de uma lado para o outro e atirá-los em direção à tela, que é o golpe mais bem bolado do jogo e que, na versão do console da Nintendo, era necessário valer-se dessa proeza para acertar o Destruidor, que ficava numa máquina tentando pegar os heróis.

Prós

  • Multiplayer para até quatro jogadores, tanto offline quanto online
  • Modo online estável
  • Gráficos 3D bem feitos
  • Tartarugas ninjas

Contras

  • Jogabilidade simples e sem inovação
  • Visual sem o charme de antes
  • Curto e fácil
  • Trilha sonora remixada não ficou a altura da original
  • Efeitos sonoros repetitivos e genéricos

TMNT: Turtles in Time Re-Shelled – PS3 – Notal Final: 6.0

Gráficos: 7.0 | Som: 5.0 | Jogabilidade: 6.0 | Diversão: 6.0


é formado em Direito pela UFRN. Joga videogame desde os tempos do Atari e sempre acompanha as novidades na indústria de jogos. Está no Facebook e no Twitter.

Comentários

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  1. Eu adorava o Beat'Up do SNES, e desde lá só joguei o de luta pro Wii que achei bem sem graça.

    Se eu tivesse um PS3 eu testaria o game.

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  2. @Douglas até vale a pena ter. Mas já vou logo avisando que o tempo que a Ubisoft tinha com o jogo se foi, eu comprei na PSN Europeia, pois na PSN Americana havia sido retirado. Não sei se ainda tem por lá.

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  3. Achei que nostalgia influenciou muito nessa analise. "Tal coisa era bom, mas não ficou a altura do original". Podiam fazer uma analise como se fosse um jogo diferente e não um "remake"

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  4. Caramba mas que jogo bom deve ser este! Me lembro de quando jogava o Teenage Mutant 4 no SNES, ótimo!
    Bela matéria ^^

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