Análise: God of War: Ghost of Sparta (PS3)

"Você achou que eu esqueceria? Você achou que eu perdoaria? Eu nunca irei lhe perdoar, irmão!" God of War: Ghost of Sparta é um título originalmente de PlayStation Portable, mas que em 2011 ganhou uma versão em HD para PlayStation 3 na coletânea God of War: Origins. Em Ghost of Sparta, o espartano Kratos, então nomeado Deus da Guerra, parte em uma aventura em busca de seu irmão, Deimos, o qual ele pensava estar morto. Para isso, Kratos deverá passará pela cidade de Atlantis, por sua cidade natal, Esparta, e pelos domínios do Deus da Morte, Tânatos. Só que o que era para ser apenas uma busca por seu irmão, acaba revelando para Kratos coisas de seu passado e despertando seu ódio pelos deuses do Olimpo. Confira a análise que o PlayStation Blast fez de Ghost of Sparta, um dos maiores títulos da série God of War.

Em busca da verdade

A história de God of War: Ghost of Sparta talvez seja a mais complexa e reveladora da série. Digo isso porque joguei todos os jogos de God of War e nenhum me deixou tão curioso e com vontade de "quero mais" do que Ghost of Sparta. Na trama do jogo, Kratos, ainda assombrado com visões de seu passado como mortal, parte em uma jornada por revelações, que acabará o levando para o Templo de Poseidon, em Atlantis. Obviamente, o Deus dos Mares fará de tudo para que o espartano não descubra revelações guardadas com muito cautela pelos deuses do Olimpo. E essas revelações podem acabar levando Kratos a descobrir que seu irmão, Deimos, está vivo e mantido como prisioneiro nos domínios do Deus da Morte.


Claro que não entrarei em maiores detalhes sobre a história do jogo, já que ela é muito maior do que as poucas linhas que escrevi. Mas saiba que Ghost of Sparta irá mostrar tudo aquilo que vimos em God of War II e God of War III e depois ficamos: "mas hein?". Pois é, amigo, revelações bombásticas e o passado de Kratos lhe aguardam nesse incrível jogo.

Inventário de guerra

Como é típico nos jogos de God of War, Kratos conta com itens e habilidades - que ele adquire ao longo da sua aventura - para poder enfrentar aqueles que permanecerem em seu caminho. Essas habilidades podem ser melhoradas com os Red Orbs que você consegue ao matar inimigos ou encontrando em baús. Ghost of Sparta conta com um inventário bem diversificado, mas que não é o melhor da série. Esse é um dos pontos fracos do jogo e o qual poderia ser mais explorado, já que a trama é longa. Confira abaixo:

Armas:

Thera's Bane

• Blades of Athena: as lâminas dadas por Atena no final de God of War
• Arms of Sparta: a lança e escudo que Kratos utilizava quando era general de Esparta
• Thera's Bane: permite que as Blades of Athena fiquem em chamas

Magias:

Eye of Atlantis

• Eye of Atlantis: relíquia de Poseidon que lança um forte raio nos inimigos
• Scourge of Erynis: magia mortal utilizada por Erynis, filha de Tânatos
• Horn of Boreas: chifre que contém os poderes do Deus do Vento Norte, Boreas

Suporte à troféus

Platina de Ghost of Sparta

Diferentemente do título de PlayStation Portable, o Ghost of Sparta de PlayStation 3 vem com suporte à troféus, o que dá maior vida ao game, e é claro, mais desafio aos jogadores. Eu não diria que é impossível de se platinar Ghost of Sparta, mas com certeza não é fácil não. Boa parte dos troféus está relacionado à história, enquanto outra à desafios e colecionáveis. Em números, são 20 troféus de bronze, 10 de prata, 5 de bronze e obviamente, 1 platina, totalizando 36 troféus para a sua coleção. E além do mais, Ghost of Sparta vem na coletânea Origins, ou seja, você pode conseguir mais troféus em God of War: Chains of Olympus.

Remasterizado em alta definição

Para um jogo de portátil, Ghost of Sparta apresentou gráficos incríveis, que ficaram de igual para igual com os gráficos de PlayStation 2. Na versão de PlayStation 3, a Sony foi cautelosa e não mexeu muito neles, já que a experiência tem que ser a mesma em ambos os consoles. Algumas diferenças podem sim serem notadas, como a claridade, que foi aumentada no PS3, e, é claro, a resolução, que ficou muito maior. Aspectos como o banho de sangue que Kratos toma ao matar inimigos e a própria chuva escorrendo pelo corpo do espartano foram mantidos para deixar o game mais realista. No final das contas, o jogador acaba nem ligando para os gráficos, já que o jogo é incrível e a história fascinante.

Tesouros, Desafios e o Templo de Zeus

Durante a aventura de Kratos em Ghost of Sparta, ele é capaz de pegar Posses Divinas - artefatos que serão utilizados mais tarde. Esses objetos ficam em locais secretos no jogo, e ao coletar todos o jogador ganha um troféu de ouro como recompensa. Depois que o jogo for "zerado", as Posses Divinas podem ser usadas para, por exemplo, dar magia infinita ou dez vezes mais Red Orbs à Kratos. Tá de bom tamanho, não?

Templo de Zeus

Na seção Treasures, no menu do jogo, há uma novidade: o Templo de Zeus. Nele você pode gastar seus Red Orbs para comprar roupas ou desafios para o Challenge of the Gods ou itens para a Arena. Todos os itens lhe desembolsarão "apenas" 1 milhão de Red Orbs. E não, você não precisa ir no "Show do Milhão" para conseguir toda essa bolada. Use a internet como aliada, pois há truques para conseguir esses vermelhinhos rapidinho e sem esquentar a cabeça.

Considerações finais

Após ler toda essa análise, ficou difícil não se empolgar com God of War: Ghost of Sparta, não? Então não perca tempo: história épica, personagens mitológicos, troféus, tesouros, revelações e muita, muita violência. Ghost of Sparta não é vendido separadamente de God of War: Chains of Olympus (com exceção para assinantes Plus, na PlayStation Store) e você pode conseguir o seu comprando God of War: Origins Collection. Agora sim, dois em um! Não fica aí parado, moleque, garanta já o seu!

Prós

• História complexa
• Templo de Zeus e a Arena
• Boa portabilidade do PSP

Contras

• Inventário fraco
• Jogo pouco desafiador

God of War: Ghost of Sparta - PlayStation 3 - Nota final: 8.5

Gráficos: 8.0 l Som: 9.0 l Jogabilidade: 8.5 l Diversão: 9.0