Prévia: Resistance 3 (PS3)

A franquia Resistance é uma das várias que a Sony mantém sob sua tutela. Após dois títulos de sucesso, Resistance 3 está chegando no meio da avalanche de “partes três” (Battlefield 3, Modern Warfare 3, Mass Effect 3, Uncharted 3, e por aí vai…) no mundo dos games e promete manter a excelência dos anteriores e se destacar em meio a tantos FPS genéricos. O motivo exato você pode descobrir aqui.

Resistance (a franquia) tem como premissa uma invasão alienígena. Isso não é nada novo. O que muda tudo é que essa invasão acontece no início do século XX, e, portanto, a tecnologia humana é muito inferior a de seus inimigos alienígenas. A história da série em si se passa na década de 50. Os seres humanos estão sendo derrotados pelas Chimeras (Quimeras, em inglês) – a tal raça alienígena de origem desconhecida, que aterrissou na Terra através da queda de um asteroide em Tunguska, em 1908. Essa raça ataca através da infecção de seres humanos com um vírus que, aos poucos, transforma suas vítimas em Chimeras.

Os dois títulos anteriores (Resistance: Fall of Man e Resistance 2) mostraram como a humanidade está, aos poucos, perdendo a guerra, ainda que vença algumas pequenas batalhas contra as Chimeras.

Um herói derrotado…

Um aviso: se você não jogou Resistance: Fall of Man e Resistance 2 e/ou não quer saber nenhum spoiler da franquia, sugiro que pule esse trecho da prévia.

No final de Resistance 2, o protagonista da série até então, Nathan Hale, morreu. Infectado pelo vírus alienígena, ele estava prestes a se transformar quando Joseph Capelli, um dos soldados em seu esquadrão, o executou. Para completar, nesse ponto da história, os EUA já foram completamente dominados pelas criaturas e 90% da população humana na Terra foi morta ou transformada.

Joseph desistiu da batalha contra os inimigos e limitou-se a esconder-se com sua mulher e filho. Enquanto isso, as Chimeras criaram um buraco de minhoca, uma espécie de túnel no espaço-tempo, em plena cidade de New York. Seus propósitos são desconhecidos, mas essa parece ser a última chance dos poucos humanos que sobreviveram, então Joseph deixa sua família numa segurança duvidosa e parte, atravessando o país em direção a uma última esperança.

É nesse clima de desesperança, desespero e descrença (sim, com todos esses “des”) que Resistance 3 irá começar. Essa não é uma história em que o que importa é ver seu herói vencer no final. A sobrevivência já pode ser considerada uma vitória.

… e uma Terra devastada

Como as Chimeras dominaram a maior parte da Terra (e dos EUA), uma das maiores mudanças em Resistance 3 são os cenários pelos quais o jogador passa. Os prédios estão em frangalhos, a vegetação está morrendo aos poucos graças às mudanças atmosféricas promovidas pelos alienígenas e o céu está permanentemente coberto por uma camada cinza de poeira e destroços.

Esse visual “desgastado” é favorecido pelos gráficos incríveis e as cores selecionadas. Tudo tem um tom amarelado ou alaranjado no jogo, mas puxando para algo mais sujo e escuro. Os efeitos de iluminação estão mais trabalhados e os personagens, extremamente detalhados.

Mantendo os pontos fortes

A jogabilidade de Resistance 3 não terá grandes mudanças em comparação com os títulos anteriores. Ele continua sendo um FPS e misturando armas “retrô”, como revólveres e espingardas com armas construídas a partir da tecnologia das Chimeras. Todas essas armas serão customizáveis, e poderão ter o desempenho melhorado. Um detalhe interessante é que a Insomniac (desenvolvedora do game) está preocupada em manter a jogabilidade alinhada com a história. Portanto, como é um tempo de desespero e escassez para os humanos, muitas armas serão feitas de forma improvisada. Um exemplo? Uma das granadas é feita com latas de feijão e unhas. Sim, unhas.

Demo do Gameplay de Resistance 3

Outro fator que será mantido é o foco narrativo da jogabilidade. Em vez de simplesmente sair correndo e atirando a cada 10 segundos, o jogador precisa interagir com personagens e será sempre lembrado da situação difícil em que se encontra. Tudo indica que Resistance 3 terá um ritmo mais fragmentado e tenso, aproximando o clima do jogo ao de um survival-horror.

Foco no multiplayer

Também seguindo a tradição dos dois títulos anteriores, o jogo traz um modo multiplayer online. Ele oferecerá 5 modos de jogo competitivo para 16 jogadores: Team Deathmatch, Chain Reaction, Deathmatch, Breach e Capture the Flag. Enquanto os modos Deathmatch e Capture The Flag sejam velhos conhecidos de qualquer gamer, Chain Reaction é um modo novo e interessante. Já sobre o outro modo menos comum, Breach, ainda não foram divulgadas informações. O modo multiplayer está em Beta agora, e foram disponibilzados os modos Team Deathmatch e Chain Reaction para o teste.

O modo Chain Reaction em ação

Lembrando levemente o modo Capture The Flag, Chain Reaction oferece um modo voltado ao trabalho em equipe: o objetivo é capturar 5 locais consecutivamente, sem perder os anteriores. Para isso, é preciso que um jogador (ou mais) fique para trás, guardando aquele local, enquanto o resto prossegue.

Resistance 3 ainda trará um modo co-operativo em que jogadores podem seguir a história do jogo juntos, seja através da divisão da tela (no velho estilo Goldeneye) ou online.

Ainda existem numerosos bugs no Beta (o que é totalmente compreensível – é justamente para eliminar esses bugs que é feito o teste), e a Insomniac já está trabalhando para corrigir esses problemas. Uma vez que o game tem a data de lançamento para o dia 6 de Setembro, pode-se imaginar que a equipe de desenvolvimento esteja trabalhando noite e dia para deixar o multiplayer de Resistance 3 em 100% antes do lançamento.