Muitos eram os jogos disponíveis para testar na sala fechada da Sony, durante a E3 2015. Grandes títulos e lançamentos, como Until Dawn (PS4) e Ratchet & Clank (PS4) estavam por lá, assim como o óculos de realidade virtual Morpheus. Mas era em um canto, escondido de todo o restante, que se encontrava a próxima aventura de Kratos, na nova geração: God of War III Remastered (PS4).
Desenvolvido pela Santa Monica Studio, que produz somente para a Sony, o jogo foi originalmente lançado para o PlayStation 3 e encerrava a trilogia que contava a narrativa principal do deus da guerra. Trazendo gráficos espetaculares para a geração, God of War III (PS3) trouxe batalhas contra inimigos enormes e cenários com uma escala impressionante, sendo necessário jogar em telas Full HD para aproveitar bem a experiência. Com a remasterização agendada para este mês, fomos conferir de perto se as mudanças são visíveis e se a compra do jogo vale a pena.
Não tão diferente assim
É possível ver tudo com mais detalhes, mas a versão de PlayStation 3 já impressionava da mesma maneira. |
Quando jogamos algo que gostamos, a experiência costuma se manter em nossas memórias por muito tempo. Curiosamente, sempre que relembramos jogos antigos parecemos esquecer de sua qualidade visual e sonora, nos surpreendendo quando desejamos revisitá-los após tanto tempo. Isso não ocorre com God of War III. Talvez por ter sido lançado para uma geração onde os gráficos já surpreendiam, a primeira sensação que tivemos ao iniciar a demonstração era a de estarmos jogando a versão de PlayStation 3 com um Dualshock 4.
A experiência de utilizar o controle mais atual e fones de alta qualidade, porém, trouxe muitas vantagens para os que são fãs e quiserem comprar a remasterização. O conforto que os analógicos trazem adicionam muito à aventura, e a trilha sonora fantástica consegue ser apreciada da maneira correta. A televisão de mais de 50 polegadas também auxilia, já que tudo roda a 1080p e 60 quadros por segundo, trazendo uma fluidez nunca antes vista na franquia.
Apesar de estar bonito, o jogo não apresenta novidades. Esteja preparado para muitas cenas em Quick Time Event (pressione os botões certos, na hora certa, para ver um vídeo com um bom final). |
Ainda assim, o jogo que fecha a trilogia de God of War nunca teve problemas com serrilhados e imagens borradas ao longe. A cena inicial e a primeira batalha contra Poseidon continua muito bonita, mas já não impressiona como fez na época — principalmente depois de termos jogado o novo Batman Arkham Knight (Multi), durante a E3. Parecia que estávamos simplesmente revivendo a mesma jogabilidade e fazendo tudo o que já fizemos anos atrás.
Feito para novos jogadores
Momentos épicos, como a luta contra Hades, merecem ser jogados. Quem nunca jogou, terá a oportunidade. |
Precisamos lembrar que as remasterizações não surgem como novos produtos, tentando substituir a falta de conteúdos exclusivos: essa conversa é feita por quem não entende do assunto. A própria Sony defende a ideia de que eles são feitos para o grande número de pessoas que não pôde jogar os originais, e que procuram pela experiência completa na nova geração. É claro que muitos fãs acabarão comprando mesmo após terem jogado a primeira versão, tentando trazer a nostalgia e melhorando ainda mais a aventura, e a empresa se beneficia com isso.
God of War III Remastered é um jogo feito para quem não pôde experimentá-lo no PlayStation 3. Não há evoluções perceptíveis que justifiquem a sua compra para o PlayStation 4 aos antigos jogadores, que podem simplesmente ligar o console antigo e ter uma experiência praticamente igual. Ainda assim, é inegável que ele tenha sido um dos grandes nomes da Sony, tornando-se um dos títulos lançados em formato "Clássico" (com preços mais acessíveis) e trazendo momentos inesquecíveis e batalhas de tirar o fôlego. Enquanto não recebemos um título propriamente feito para a nova geração, podemos relembrar com a remasterização. Ou simplesmente esperamos, já que têm tanta coisa boa para jogar até lá.
Confira um pouco do jogo, em um vídeo compartilhado pela Sony mostrando a jogabilidade:
Capa: Guilherme Kennio
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