Uma das dúvidas que existia acerca do jogo é se ele se tratava de uma continuação de Tearaway ou uma refação para se adequar aos recursos do hardware de PS4. Pois bem, trata-se do segundo caso, ou pelo menos é o que podemos inferir da demo presente no estande da Sony na E3. Nesta versão, jogamos uma parte do Stage 5: Gibbet Hill, a mesma que apresentou o jogo ao mundo pela primeira vez. Sendo assim, o provável é que a história contada seja a mesma.
Explorando o Hardware do PS4
Uma das grandes características de Tearaway foi a sua capacidade única de inserir todos os recursos do PS Vita contribuindo de forma original para a mecânica e para a arte do jogo. Utilizando-se dos controles de movimento, acelerômetro e região de toque do DualShock 4, além das capacidades da PlayStation Camera, Tearaway Unfolded busca oferecer o mesmo tipo de experiência que a sua versão para portátil.
Isso acarretou em certas mudanças que impactam diretamente o level design da fase em questão, sem necessariamente alterar a sua cara. Por exemplo, certos trechos cuja movimentação de plataformas era realizada através do toque na posição marcada da tela agora são ativados com o touchpad do DualShock 4, que produz um vento no sentido em que deslizamos o dedo. Esta e algumas outras alterações introduziram novas características às mecânicas do jogo mantendo o princípio de design da franquia, o de manter uma sinergia entre o mundo do jogo e o mundo real.
Uma tentativa arriscada
A Media Molecule está correndo um grande risco ao tentar trazer Tearaway para o PS4. A partir da demo, é possível notar que aqueles que jogarão pela primeira vez no console de mesa não terão a experiência da mesma magnitude da versão de 2013, mas certamente o trabalho feito é o melhor possível dentro das condições. Pode parecer apenas uma mudança na forma de interagir com os puzzles, mas tudo que deu para ver em Tearaway Unfolded é que mexer em uma obra tecnicamente perfeita como Tearaway é uma difícil tarefa.
Revisão: Alberto Canen
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