Hands-on

Experimentamos a beleza remasterizada de Kingdom Hearts HD: 2.5 ReMIX

No estande da Square-Enix, testamos a nova coletânea HD de Kingdom Hearts. Saiba como foi sentir a repaginada dada em Kingdom Hearts II e Birth by Sleep

Mesmo sem sombra de Kingdom Hearts III (PS4), a Square-Enix reservou um espaço em sua E3 2014 para a "preparação" para o terceiro jogo da série. Iniciada com Kingdom Hearts HD: 1.5 ReMIX (PS3), a proposta é remasterizar os games anteriores da série e fazer do PS3 uma plataforma para se revisitar a franquia que mistura Disney com Square-Enix. Nessa edição da E3, pudemos jogar Kingdom Hearts HD: 2.5 ReMIX (PS3), que, por sua vez, compila Kingdom Hearts II: Final Remix (PS2), Kingdom Hearts: Birth by Sleep: Final Mix (PSP) e as cutscenes de Kingdom Hearts: reCoded (DS). Tudo em HD.


Entre o oriental e o ocidental

O estande da Square-Enix na E3 2014 representava muito bem a atual identidade da empresa: uma clara divisão entre sua tradicional linha de jogos orientais e uma mais atual guinada para o mercado europeu e americano. De um lado, jogamos Teatrhythm Final Fantast: Curtain Call (3DS); do outro, explorávamos Metro: Redux (PS4). No centro das duas, provavelmente podemos considerar o MMORPG da clássica série Final Fantasy, o décimo quarto capítulo da franquia: A Realm Reborn (PS4).

Kingdom Hearts HD: 2.5 ReMIX chamava a atenção público. Em parte, porque muita gente estava procurando por algum sinal de Kingdom Hearts III. Mas a quantidade de demonstrações jogáveis também era um fator atrativo. Havia oito demos, sendo quatro com demonstrações da versão HD de Kingdom Hearts II e quatro com a opção de jogar Birth by Sleep em alta definição.

Um excelente pacote

Kingdom Hearts integral

As opções de jogo faziam com que se pudesse testar vários aspectos diferentes do título. Por exemplo, em Kingdom Hearts II, podíamos tanto conhecer como a história do game se desenvolve jogando em Halloween Town quanto partir para uma épica batalha contra um chefe em Beast's Castle. Já em Birth by Sleep, dava para curtir o principal diferencial do jogo: os três protagonistas. Jogando com Ventus, por exemplo, dava para experimentar aquelas (enfadonhas) tarefas pedidas pelos personagens da Disney, como ajudar os ratinhos a costurarem o vestido de Cinderela. Basicamente, todas as jogabilidades que 2.5 ReMIX terá em sua versão final estavam lá para serem testadas.


No geral, o jogo funcionava suavemente no PS3. Alguns aspectos poderiam ter sido padronizados e melhorados, como a transição de alguns comandos do PSP para o DualShock 3. Ainda assim, 2.5 ReMIX tem uma jogabilidade tão fluida no PS3 quanto eu suas plataformas originais. O sistema de combates, aliás, foi mantido. Ou seja, mesmo a Square-Enix já tendo praticamente padronizado o sistema de Deck Command para organizar e ativar magias e habilidades especiais com a Keyblade, Kingdom Hearts II continua com as tradicionais opções separadas de atacar, usar magia, itens, etc. Para os amantes do Deck Command, pode ser difícil se reacostumar com o esquema antigo da série.

Sora mais próximo de suas CGIs

A Square-Enix é mestra em CGIs belíssimas. Final Fantasy XIV: A Realm Reborn talvez seja o melhor exemplo de como apresentações pré-renderizadas e o gameplay de verdade são muito distintos, mas o mesmo acontece com Kingdom Hearts. Isso não é uma coisa ruim, obviamente. Mas todos sonhamos em, um dia, jogar um RPG da Square-Enix com os mesmos gráficos de suas CGIs, não? Com 2.5 ReMIX, isso se torna mais concreto em Kingdom Hearts. De fato, a alta resolução deu um charme novo a Kingdom Hearts II e Birth by Sleep.


Ainda assim, a remasterização consiste apenas de um aumento na resolução das imagens, ficando atrás de outras coletâneas HD que se propuseram a renovar as texturas, melhorar animações e outras coisas. Por exemplo, a pele dos personagens continua sendo apenas de uma cor, alguns detalhes nas roupas continuam bidimensionais e certos efeitos de luz mereciam aquela beleza que o PS3 consegue proporcionar nesse sentido. Sim, trata-se de uma remasterização básica, mas, ainda assim, Kingdom Hearts II e Birth by Sleep sempre foram jogos belíssimos no PS2 e no PSP. Vê-los em alta definição (sobretudo Birth by Sleep, que antes era jogado na telinha do PSP) é um ótimo colírio para os olhos.

Por que essas caras? Vocês estão em HD agora! Ah, é... suas vidas continuam trágicas e catastróficas...
Não deixe de conferir também nosso gameplay em vídeo:



Revisão: Vitor Tibério

Capa: Felipe Araújo


é quadrinista e estudante de medicina da UFBA. Jogos fizeram parte dessa vida desde os seus primeiros anos, embalando muitos dos mais fortes laços de amizade e histórias de vida. E esse legado desembocam nas matérias que escreve aqui no Blast e em sua HQ, The Legend of Link.

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