Diário de bordo, por Thomas Schulze
Tudo começou em uma madrugada gelada de junho. Conversava com os outros diretores de pauta aqui do Game Blast e já me preparava para dormir quando recebi um convite da Capcom para conhecer em primeira mão o mundo de Resident Evil: Revelations. Tentado por essa oportunidade única, me despedi da minha namorada, minha família e meu gato de estimação e embarquei no Queen Zenobia, navio que está me levando ao mundo de Revelations nesse segundo. Como não sei se vou sobreviver à jornada, resolvi escrever esse diário como um alerta para os eventuais aventureiros que também quiserem mergulhar neste survival horror.Diário de bordo: Hora 1
Jill dando uma de Marcelinho e ajeitando o cabelinho |
Felizmente, todos os personagens que encontro em meu caminho parecem falar meu idioma. Apesar de alguns deslizes no português aqui e ali, os erros em nada influenciam na compreensão do que está acontecendo à minha volta. Por outro lado, não sei se é culpa das marés, ou se este velho marujo está velho demais, mas por alguma razão não acho que esteja me movendo tão bem quanto gostaria em alto mar. Me esquivar dos inimigos é quase um processo de loteria, exigindo muita sorte ou uma precisão sobre-humana. Até agora não sei ao certo.
Pode admitir, você já tomou golpes porque se distraiu olhando para a bunda da Jill... |
Três vivas para a volta dos inimigos aterrorizantes! |
Não leva muito tempo para que eu receba o scanner Genesis, e fico impressionado com sua utilidade, já que quando o aciono posso estudar melhor o mundo ao meu redor. Cada vez que escaneio um monstro ganho pontos de pesquisa, e esses pontos se convertem em itens que enchem minha energia. Um outro incentivo para fuçar cada canto do mapa com o Genesis é que ele pode detectar itens invisíveis ao olho nu, então imediatamente esse item se tornou meu maior aliado no navio, muito mais prestativo que meus auxiliares humanos tão passivos.
Diário de bordo: Horas 2-3
A essa altura já encontrei uma boa quantidade de armas pelo caminho, e comecei a me perguntar como faria para administrar meu inventário. Minhas dúvidas foram solucionadas quando encontrei alguns baús. Menos uma preocupação, embora deva admitir que a cada minuto que passa estou ficando um pouco mais aflito. Acho que boa parte disso se deve às músicas orquestradas que ecoam em meus ouvidos, vindas sabe-se lá de onde. As melodias ora minimalistas, ora épicas se fundem aos sons guturais e orgânicos dos monstros que dividem o navio comigo, causando calafrios.Contra os inimigos, abuse e Ooze das suas armas |
Diário de bordo: Horas 4-7
Volta e meia minha jornada pelo barco é cortada por relatos de agentes espalhados ao redor do mundo. Pude acompanhar Chris em uma missão gelada, Parker relembrando o incidente que ocorreu em Terragrigia, além de ser apresentado a Quint Cetcham e Keith Lumley, dois nerds da BSAA que partiram em busca da verdade investigando estações tecnológicas. Essa mudança ocasional de foco foi uma grata mudança de ares e ajudou a evitar que eu sentisse enjoo marítimo depois de tanto tempo navegando sem parar, especialmente depois de me ver obrigado a revisitar várias salas pelas quais já tinha passado em busca de novos itens.Como sempre, Chris e seus 50cms de braço ficam responsáveis pelas maiores cenas de ação. |
A trama é tão ruim que me lembra os péssimos filmes sobre Resident Evil. (Ok, talvez não tão ruins assim) |
Diário de bordo: Hora 8
Zumbi às vezes tem cura. Periguete, por outro lado... |
Tudo começou simples o bastante, e já estou me sentindo bastante confiante. Essas ondas de Oozes já não são nada para mim e para minhas armas cheias de power-ups que comprei com meus pontos de experiência. Mas espere, que som é esse? Ah não, é um Scagdead gigante! Socorro! Por favor, se estiver lendo isso, mande aju...
Fim do diário
Prós
- É a volta do terror à série;
- Modo Raide é viciante e divertido;
- Excelente trilha sonora.
Contras
- Roteiro rocambolesco;
- Revisitar cenários frequente pode irritar os mais impacientes.
Resident Evil: Revelations (PS3) - Nota: 8.0
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