Blast Test: God of War: Ascension

Uma das maiores franquias singleplayer do Play Station está prestes a receber um modo multiplayer. Cada vez mais as produtoras usam esse modo como trunfo para atrair jogadores e agregar valor aos seus títulos. Será que é algo realmente necessário para a série ou apenas uma adição que há muito estavam devendo? Conheça um pouco mais da experiência que tivemos.

Antes de jogar

Minha primeira experiência com o beta multiplayer de "God of War: Ascension" começou logo ao terminar de baixar o jogo e ser surpreendido por uma atualização de pouco mais de 450MB, sendo um tremendo balde de água fria. Ainda não consigo entender essa insistência da Sony de deixar os jogos na PSN sem patch ou por que o mesmo já não é posto na fila de download automaticamente para você não se sentir ludibriado. Isso é extremamente irritante, mas aqui estamos para falar do beta, e não das políticas da PSN.

O beta abre com a qualidade gráfica e, diga-se de passagem, impressiona como em toda a série. Nela, você pode escolher a qual deus irá "servir", definindo quais vantagens e fraquezas sua personagem terá. O interessante é que no beta há quatro deuses disponíveis (Ares, Hades, Poseidon e Zeus), mas há cinco lugares... será que teremos um quinto? DLC a vista? Só o tempo dirá.

Escolha seu deus

Enfim, o beta!

Depois de escolher seu deus, há alguns tutoriais ensinando os controles e estratégias. Finalmente, após esses pequenos contratempos, você é jogado no lobby e pode começar um jogo. O principal modo, Team Favor of the Gods, o coloca no time dos espartanos ou troianos, onde ganha aquele que mais conseguir pontos com os deuses. Pelo mapa, há alguns objetivos espalhados que dão pontos, baús, poderes especiais e, claro, o time adversário.

Um dos pontos fortes do jogo é que, devido à quantidade de objetivos, você pode ficar bem colocado no ranking independente da quantidade de mortes ou kills, o que é excelente para aqueles com pouca habilidade. Mas ainda assim, matar seus adversários é a forma mais rápida de ganhar pontos e terminar a partida de forma vitoriosa. Os golpes e especiais não são nada mirabolantes, tornando fácil para qualquer um entrar e sair da partida.

Prepara-se para o combate!

Nem tudo são flores

Durante o jogo, um dos maiores problemas que tive foi com a câmera, achando-a demasiada afastada em alguns momentos e em outras muito próxima, lembrando a câmera do antigo Power Stone de Dreamcast (de forma negativa). Não chega a ser um grande problema, mas atrapalha quando o combate pega fogo e todos estão próximos, tornando difícil de identificar os golpes e se defender apropriadamente.

A câmera não fica tão longe assim...
mas por pouco (brincadeira)

E falando em defesa, esse é um ponto que parece não ser o forte do jogo, incentivando os jogadores a se jogar totalmente na ofensiva. O comando de defesa segura apenas os golpes simples, uma raridade nas partidas, pois os jogadores sempre optam pelos especiais.

Mas não é que o jogo não dá a oportunidade de se defender, ele dá! Alguns segundos antes do especial, um brilho vermelho cerca o inimigo, mas aí voltamos à questão da câmera e o como ela não ajuda por causa da distância. E uma vez dentro de um combo, fica difícil revidar ou quebrar a sequência... e se você estiver sozinho contra dois oponentes, saiba que é morte certa.

Defenda-se... se for capaz!

Depois de galões de sangue...

Depois de acabada a partida, volto para o lobby. Apesar de a interface estar pouco trabalhada e não intuitiva (afinal, é um beta), há de se admirar a quantidade de opções de upgrades que podem ser comprados para sua personagem. Você pode customizá-la, comprar mais armaduras, etc., aumentando não só as capacidades e forças, mas também a longevidade do jogo. Depois de ter pontos e nível suficientes para comprar uma armadura, as batalhas tornaram-se mais equilibradas e divertidas.

Outro fator importante para o mercado brasileiro é que a Sony continua investindo pesado na localização dos seus jogos. O beta conta não só com texto e menu em português, mas também áudio, sendo uma das coisas mais legais para aqueles que não são familiarizados com a língua inglesa.

Avaliação final

O multiplayer de God of War parece ser uma adição há muito almejada pela Sony, dado o seu público hardcore, sendo mais uma de suas investidas para se tornar um grande softhouse como a Nintendo. O ponto forte da série sempre foi o seu modo singleplayer e a brutalidade série. Mas não se deixe enganar pois, apesar dos problemas do beta, certamente esse multiplayer atrairá legiões de jogadores que querem litros e litros de sangue jorrando.

Apesar de eu, particularmente, achar que não será um modo que me prenderá muito como o de Assassin's Creed e até mesmo o de Uncharted, vejo bastante potencial naqueles que querem um mata-mata simples e divertido, sem muita dor de cabeça.

Revisão: José Carlos Alves