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Análise: Rayman Origins (PSVita)

A Ubisoft é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores empresas de games da atualidade. Seus títulos inovadores e peculiares muitas vezes to... (por Unknown em 17/11/2012, via PlayStation Blast)

A Ubisoft é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores empresas de games da atualidade. Seus títulos inovadores e peculiares muitas vezes tomam a frente na luta contra o marasmo do mercado. Um desses títulos é Rayman Origins, que ao mesmo tempo em que dá um banho de nostalgia nos jogadores, oferece recursos que o tornam um dos jogos mais divertidos do Vita. O que não é pouca coisa, se levarmos em conta a fraca trajetória do portátil até então. Mas afinal, o que há de tão envolvente em um atrapalhado personagem sem braços que corre feito louco por fases insanas e psicodélicas?Leia nossa análise e descubra.

Assim como a versão dos consoles, no Vita o jogo também faz bonito, pois traz toda aquela fantástica experiência em 2D, aliada a gráficos simplesmente fantásticos. Isso sem falar em todo o estilo e carisma que só o personagem da Ubisoft é capaz. O fato é que a transição para o novo portátil da Sony não poderia ter sido melhor, já que ele possui todos os requisitos para você aproveitar ao máximo o que o jogo tem a oferecer.


Eu particularmente fiquei muito animado quando vi o trailer. Mesmo não sendo muito fã de ports (e convenhamos que o Vita já está abarrotado deles) tive a impressão de que dessa vez valeria a pena. Foi uma grata surpresa descobrir que eu estava certo.

Coisa linda

Os personagens, cenários e animações estão cheios de cores vibrantes que inserem o jogador ainda mais no mundo pintado pela produtora. Nem preciso dizer que a tela OLED de cinco polegadas do Vita contribui muito para realçar esse universo. Cada mundo é único, bonito e interessante. Arrisco-me ainda a dizer que o jogo possui uma das melhores direções artísticas de todos os tempos.


No fim das contas, é simplesmente impossível não ficar abismado com o trabalho artístico da Ubisoft. Rayman Origins é a prova viva de que um design bem feito em 2D pode deixar qualquer jogador maravilhado, e lembrá-lo também de que gráficos ultra realistas não são sinônimo de qualidade e muito menos de diversão. O layout aqui parece todo feito à mão e, ao contrário do que diz o senso comum, isso deixa o título com um ar muito mais sofisticado, como se fosse uma pequena iluminura.

Simplicidade que encanta

Aqui não há histórias mirabolantes e complexas, nem menus com trocentas opções e diversas funcionalidades. A jogabilidade de Rayman Origins é simples e objetiva, regra seguida à risca por qualquer bom jogo de plataforma. Tudo o que você precisa para se divertir é mover o analógico e usar os botões de correr,  pular e atacar. É, eu sei o que vocês estão pensando: nostalgia master da infância gamer. E podem se preparar, pois a Ubisoft conseguiu a proeza de despertar as mesmas emoções que sentíamos na era de ouro do gênero.

O sistema de zoom também é uma boa adição e diminui a distância entre as versões. Em alguns mundos as fases podem ser realmente grandes e você pode se sentir meio perdido. Para que isso não aconteça, basta deslizar o dedo pela tela que o personagem é ampliado e você pode controlá-lo melhor, sem perder o foco.


Outra característica que nos faz sentir aquela nostalgia dos jogos de plataforma é a dificuldade. Rayman Origins não é um jogo difícil, mas também não é dos mais fáceis. Não vai ser surpresa nenhuma se você morrer meia dúzia de vezes em um mesmo local, principalmente nos mundos mais complexos. Em outras palavras, o jogo exige que você se prepare e aprimore as habilidades necessárias para passar de fase.

Isso tudo já é ótimo, mas tem mais! A trilha sonora é uma das melhores dessa geração. O motivo é simples: as melodias animadas se encaixam perfeitamente com a ação do jogo. Há momentos em que o ritmo da música fica em sincronia perfeita com as ações do personagem, e isso é muito bacana de se ver. Ainda que em alguns pontos as músicas sejam repetitivas, não é nada que canse, e os sons de fim de fase são um show à parte.



Mas como todo jogo possui suas falhas, aqui não é diferente. A primeira delas é sobre os itens colecionáveis. Vai chegar um ponto onde você vai ter que repetir algumas fases para pegá-los, pois é a única forma de avançar no jogo.  Não que isso atrapalhe a diversão, longe disso, mas deixa aquela sensação de "obrigação" ao invés de simples "diversão".

O outro ponto fraco é a falta do modo cooperativo presente na versão para PS3. Se no singleplayer a diversão é garantida, no multiplayer isso é muito mais evidente. Jogar as fases com seus amigos é muito mais emocionante. Pena que na versão do Vita isso não é possível. Para tentar "contornar" essa mancada, a Ubisoft incluiu um sistema de ranking, chamado Ghost Mode. Nele, você deve tentar bater o recorde dos fantasmas de seus amigos e terminar a fase mais rápido que eles. Apesar de ser até interessante, infelizmente essa adição não se compara ao modo cooperativo.

Ninguém segura essa empresa

Como eu disse, a Ubisoft é uma das poucas "estrelinhas" do mercado hoje em dia. Por mais que um jogo ou outro siga a lógica de franquia anual, os seus produtos são variados e conquistam legiões de fãs. Dá gosto ver que ainda existe resistência na luta contra a saturação (pra não dizer emburrecimento) do mercado de jogos. Que ela continue cada vez mais lançando títulos inovadores, distanciando-se de forma nítida das desenvolvedoras "mais do mesmo".

Rayman Origins é definitivamente um desses exemplos. Um jogo simples, porém, único, que consegue se destacar de forma nítida justamente por sua volta às raízes dos clássicos títulos de plataforma. E o melhor, carregando consigo toda a tecnologia da geração atual. Se você tem, ou planeja ter um Vita, é melhor colocá-lo na sua lista. Não tenho mais nada a dizer a não ser parabenizar a Ubisoft por brindar o público gamer com tamanha obra de arte.

Prós

  • Visual fantástico;
  • Possui um estilo único;
  • Diversão garantida;
  • Mata a saudade dos jogos de plataforma.

Contras

  • Colecionáveis irritantes para desbloquear as fases;
  • Faltou o modo cooperativo.
Rayman Origins – PlayStation Vita – Nota Final: 9.0 
Visual: 10 | Som: 9.0 | Jogabilidade: 9.0 | Diversão: 9.0
Revisão: José Carlos Alves 

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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