Um estranho no ninho
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Como eu mesmo disse, Connor é um justiceiro, e não vingativo. Claramente percebemos isso ao decorrer de Assassin's Creed III, quando ele sente a sua alma um pouco pesada após matar inimigos importantes para a trama. Mesmo assim, ele se alia a George Washington e ao seu sonho de libertar os Estados Unidos do controle britânico. Posteriormente, ele acaba por descobrir que há muito mais debaixo do tapete e que o desejo de lutar contra os rebeldes está devidamente relacionado aos Templários.
O Assassino com certeza é bem mais habilidoso do que seus ancestrais Altaïr e Ezio e dispõe de um arsenal muito mais variado. Além da famosa lâmina oculta, arma principal da Ordem, também podemos escolher entre facas, machadinhas, espadas, pistolas, dardos envenenados, arco e flecha, minas, bombas de fumaça e as novíssimas cordas-gancho, que permitem que matemos inimigos silenciosamente - geralmente pendurados em árvores. E tudo isso fica muito bem organizado no menu, que os separa em armas e ferramentas.
A profundidade do mundo aberto
Assassin's Creed III traz o mapa mais complexo e ambicioso que a Ubisoft já criou; a liberdade de exploração é algo surpreendente. Basicamente, ele é dividido em três partes: a Fronteira, Boston e Nova Iorque.
A Fronteira com certeza é a parte mais interessante, já que permite mostrar um lado mais selvagem do protagonista. Nela os cenários são de deixar a boca aberta. As águas são cristalinas, as montanhas apresentam belas vistas e os animais da floresta se comportam de maneira tal como vemos na vida real. Nessa parte do mundo de AC3 já podemos notar diversas melhoras e adições em relação às outras versões da franquia. É possível escalar árvores (e pular de uma para outra, como ocorre com os prédios) e partes rochosas, examinar pistas para facilitar a caça por animais (para em seguida esfolá-los e vender a sua pele), esconder-se de inimigos em arbustos, preparar armadilhas para atacar e saquear comboios britânicos e muito mais. No inverno, a neve irá retardar o deslocamento de Connor e de qualquer outra pessoa, e outras estratégias deverão ser feitas a fim de melhorar isso. Há ainda a Fazenda, a qual podemos melhorar em diversos aspectos ao ajudarmos colonos em algumas tarefas, que ainda podem forjar alguns itens para vendermos no comércio.
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Capitão Connor Sparrow
Um dos itens mais aguardados de Assassin's Creed III certamente era a batalha naval. Ela traz inéditas sequências em que devemos livrar a costa leste dos Estados Unidos de navios britânicos. Connor comanda tudo no Áquila (nome do navio), seja o leme, as velas ou os canhões. Antes de irmos para a primeira memória em alto-mar, somos apresentados a um breve tutorial em que praticamos tiros contra navios afundados. Após isso, o resto não é muito difícil. Podemos aperfeiçoar o Áquila a fim de deixá-lo como um Pérola Negra (o navio de Piratas do Caribe), mas há três tipos principais de armas: a bola de canhão tradicional, a arma giratória e as correntes, que servem para destruir as velas dos adversários, para invadir seus navios ou só deixá-los em desvantagem mesmo. A Ubisoft acertou em cheio ao investir nessa modalidade naval.
Bugs, pra que te quero?
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- Iniciei uma memória e, do nada, quando estava correndo, Connor caiu para debaixo do chão e ficou flutuando em um espaço em branco. Tive que reiniciar do último checkpoint;
- Quando estava lutando com um urso à beira de um precipício, o animal caiu, mas ficou indo e voltando para cima, que nem um elevador;
- Em uma ocasião, a machadinha do Connor simplesmente desapareceu do inventário;
- Sou incapaz de perder a notoriedade em uma parte da Fronteira;
- Quando um inimigo foi atirar em mim, usei outro como escudo humano, mas o que ia atirar mirou para outro lado e mesmo assim matou o que estava sendo feito de refém;
- Em várias vezes em que eu vou escalar um prédio, Connor o atravessa.
Impedindo o fim do mundo
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Multiplayer
Novamente, não tenho muito do que falar do multiplayer de Assassin's Creed. Desde o de Brotherhood ele tem se tornado muito monótono, mas a Ubisoft decidiu se esforçar um pouquinho mais em AC III. Contamos agora com uma boa variedade de personagens e itens customizáveis; além disso, esse modo possui uma trama própria e que revela histórias interessantes dos Templários. Mas, para mim (não que isso sirva para outras pessoas, por isso que nas considerações finais fui imparcial), o multiplayer não passa de um extra para ajudar na longevidade do título.Prós
- Visual e mecânica completamente novos;
- Mundo aberto excelente;
- Adição de batalhas navais;
- Recrutas Assassinos com novas habilidades;
- Melhor combate da série;
- Diversos aspectos em relação aos jogos anteriores foram aperfeiçoados;
- Modo multiplayer mais complexo.
Contras
- Uma porção enorme de bugs e glitches;
- Legendas muitas vezes atrasadas ou adiantadas;
- Poucas sequências com Desmond (e elas poderiam ser melhores);
- Prólogo um tanto comprido e chato;
- Final de Connor fraquíssimo.
Assassin's Creed III - PlayStation 3 - Nota final: 9.5Visual: 10 | Som: 9.5 | Jogabilidade: 9.5 | Diversão: 10
Revisão: Felipe Biavo
a atualizançao pra baixar num era pra acabar com os bugs?
ResponderExcluirNão, essa deverá vir semana que vem.
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