Blast from the Past

Blast from the Past: Digimon World 3 (PS)

Fechando a trilogia de RPGs para PlayStation baseados na série animada, Digimon World 3 trouxe diversas inovações, assim como antigos prob... (por Unknown em 31/08/2012, via PlayStation Blast)

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Fechando a trilogia de RPGs para PlayStation baseados na série animada, Digimon World 3 trouxe diversas inovações, assim como antigos problemas. Isso sem falar nas polêmicas em que ele foi envolvido. Mas o fato é que todos concordam que, assim como seus antecessores, o jogo é indispensável para qualquer fã. Se você, assim como eu, gastou muitas horas da sua vida perambulando pelo Digimundo com três criaturas lhe seguindo para lá e para cá, aproveite a matéria após o Continue.

Lançado em 5 de junho de 2002 nos EUA, Digimon World 3 pode ser considerado como um divisor de águas para a franquia, principalmente pelas inovações muito bem vindas que trouxe.

Assim como os outros, o jogo tinha uma belíssima apresentação em CG que buscava representar toda a magia da série. Dessa vez, podíamos ver personagens que já faziam parte do universo e alguns novos, como o simpático Bearmon, que estariam disponíveis no jogo.

Sim, precisamos salvar o Digimundo mais uma vez…

O terceiro jogo tinha o mesmo objetivo: o Digimundo está com problemas (uma organização conhecida apenas como A.o.A. era a responsável) e você devia salvá-lo, além de, no processo, vencer os desafiantes e se tornar o campeão do Digimundo. Dessa vez, a viagem não era acidental, pois você devia ir ao laboratório e usar o Digimon Online, uma espécie de portal que servia de ligação entre os dois mundos.

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No laboratório você também podia escolher o seu “pacote” de Digimon. Tendo três opções de trios com monstros diversificados. Os três Digimon da capa (Bearmon, Guilmon e Agumon) estavam disponíveis mas, infelizmente, nem todos no mesmo trio.

Uma diferença em relação ao primeiro jogo, é que nesse você encarnava literalmente um domador de Digimon, podendo lutar contra adversários humanos e seus parceiros. Essas lutas, como muitos se lembram, eram feitas com apenas um monstrinho de cada vez. Logo, o trabalho era triplicado para evoluir seus personagens.

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E esse foi um dos pontos muito questionados no jogo, pois, para abrir o maior número de digievoluções, principalmente as versões “mega”, você tinha que, em muitos casos, elevar o nível dos personagens ao máximo. O grande problema era que os inimigos, além de difíceis, não davam uma quantidade satisfatória de experiência. Só os chefões mesmo para lhe ajudar de forma mais rápida. Era realmente uma tarefa insana conseguir os melhores e mais legais parceiros.

Avanços e retrocessos

O terceiro jogo trouxe melhorias significativas, e o sistema de luta é uma delas. Os comandos estavam muito mais limpos e bem elaborados do que na segunda versão. E as batalhas eram mais estratégicas, pois era possível trocar de Digimon no meio da luta.

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A qualidade gráfica em si, deu um salto tremendo. O Digimundo estava muito mais bonito do que antes. Os gráficos dos Digimon também estavam muito superiores aos das outras versões, tanto em 2D quanto em 3D, com um acabamento bem bacana. Isso sem falar no cardgame que estava imbutido no jogo, uma experiência extra para lá de divertida e que rendia algumas horas a mais pelo Mundo Digital em busca de novos e poderosos cards.

Por mais que a história tenha se desenvolvido muito em relação aos anteriores, o jogo ainda pecava nesse ponto. A falta de uma história realmente coesa e intrigante era um dos principais pontos negativos. Sem falar no modo como ela era contada e intercalada ao gameplay. Trocando em miúdos, era muito chato ficar andando de um lugar para o outro só para descobrir que o ticket que você pegou não serve para tal coisa ou para ir a tal lugar.

O bafafá da “mídia especializada”

Sempre houve um debate marcante em torno dos jogos de Digimon: afinal de contas, eles eram feitos exclusivamente para os fãs? Ao menos isso era o que a imprensa dos jogos falava. Muitos argumentavam que a franquia só despertava o interesse daqueles que acompanhavam o desenho e que, por isso, gostavam dos jogos.

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O fato é que, após ser lançado nos EUA, o terceiro jogo foi até muito bem aceito pelos gamers, mas retalhado pela crítica. Essa “mídia especializada” não mediu palavras e criticou com veemência o jogo. Chegou-se ao absurdo de escreverem: “Nada surpreendente, afinal, trata-se de uma imitação barata de Pokémon”.

É óbvio que o jogo tinha seus problemas, inclusive a impressão de que a Bandai o lançou às pressas para aproveitar a onda de popularidade que o desenho vinha ganhando. Mas a prova de que o jogo não era tão ruim quanto vinham falando é justamente a boa aceitação perante os jogadores que, convenhamos, são quem realmente importa.

O fato é que Digimon World 3 é um jogo muito controverso, mas na minha opinião é o mais divertido da trilogia feita para PlayStation. Esse era um dos jogos que eu acordava de noite para jogar escondido dos meus pais. O fato de ser feito ou não só para os fãs era irrelevante para mim, tudo o que eu queria era ligar o console e entrar no Digimundo. E você, leitor, também considera que os jogos da franquia agradam somente os fãs?

Revisão: José Carlos Alves


Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

Comentários

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  1. Realmente, era muito divertido :D apesar da dificuldade... Ter que ficar horas a fio preso no console e.e cheguei à umas 100 horas só pra chegar perto do final. Mas... Tudo bem XD era isso que me dava motivo a continuar jogando, repetindo a dose. O nível de dificuldade. Quando você vê que sua equipe está mais forte que nunca, sente satisfação imensa kkkkk ... Foi o melhor dentre os jogos da série

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