No último episódio de Dragon Ball Z... quer dizer, na última matéria do PlayStation Blast, conversamos um pouco sobre sobre os jogos de Dragon Ball lançados para os consoles da Sony. Depois de conhecer os jogos de PlayStation, além das séries Budokai e Budokai Tenkaichi de PlayStation 2, chegou a hora de conhecermos os jogos lançados para PlayStation 3 e PSP, além de outros títulos de PS2 que valem a citação.
Ainda tem mais no PlayStation 2!
Além de todos os jogos da matéria passada, o PlayStation 2 ganhou mais dois que merecem aparecer na história dos jogos de Dragon Ball. Em 2006, foi lançado apenas no Japão o game Battle Stadium D.O.N., um jogo de luta que segue o estilo de Super Smash Bros. da Nintendo e de PlayStation All Stars Battle Royale (PS3). Este jogo não é necessariamente um jogo da série Dragon Ball, pois a palavra “DON” representa a sigla das três séries que foram misturadas neste jogo: Dragon Ball, One Piece e Naruto. O jogo, infelizmente, só traz oito personagens da série de Akira Toriyama, sendo que Goku, Gohan, Piccolo e Vegeta estão liberados para uso e Freeza, Cell, Buu e Trunks precisam ser desabilitados. É um jogo muito divertido, porém ficou restrito ao Japão provavelmente por problemas nas licenças das três séries nos EUA, algo parecido com o problema da conturbada localização de Tatsunoko VS Capcom (Wii).
Já em 2008, a mesma Dimps de Budokai lançou o Dragon Ball Z: Infinite World. Com 42 personagens selecionáveis e um visual muito bonito, o jogo é uma mistura de Dragon Ball Budokai (PS2) com Dragon Ball Burst Limit (PS3). A crítica não recebeu o jogo tão bem, e teve redator que até comparou o modo história desse jogo com o infame Superman 64 (N64). Particularmente não acho que seja pra tanto, mas por ser o último suspiro no console, o PlayStation 2 merecia algo melhor.
Elevando o Ki ao máximo no PlayStation 3
A chegada do PlayStation 3 animou todos os fãs da série, que já viam jogos ainda mais rápidos e com mais personagens aparecendo em seus consoles. O primeiro a sair foi Dragon Ball Z: Burst Limit, lançado pela Dimps em 2008, e não foi uma surpresa tão agradável para quem esperava as batalhas titânicas do anime. O visual é inevitavelmente mais bonito que os jogos de PlayStation 2, principalmente os cenários, que parecem mais vivos, mas desaponta pelo número reduzido de opções: são só 21 personagens e 5 arenas disponíveis. O jogo tem um modo história que só vai até o fim da Saga do Cell, o que não faz sentido algum sabendo que todo o anime já havia sido exibido e re-exibido nos EUA à época do lançamento. Os personagens também não são os mais interessantes já vistos na série, ou você ainda acha bacana usar o Yamcha e o Saibaman?
Como Burst Limit decepcionou um pouco, a Namco Bandai passou o bastão para a Spike produzir o jogo de Dragon Ball a ser lançado em 2009. A produtora da divertida série Budokai Tenkaichi (PS2) conseguiu melhorar o sistema de jogo que havia feito para o console anterior da Sony e produziu Dragon Ball: Raging Blast. Este jogo é uma surpresa, a começar pela tela de jogo. Adeus barras de energia remanescentes da época que Street Fighter II fazia sucesso nos consoles, a energia é contada através de um discreto marcador circular no canto da tela, deixando mais espaço para o que gostamos de verdade: a ação desenfreada.
Quanto aos personagens, a Spike encarnou aquele seu tio mão-aberta e ofereceu nada menos que setenta personagens, todos tão bem modelados que parecem saídos do anime. Inclusive a Spike adicionou personagens que não existiam na série, como a versão “Super Saiyajin 3” de Vegeta.
Dragon Ball: Raging Blast 2 chegou no ano seguinte, ainda produzido pela Spike, e é apenas uma atualização do jogo anterior. Mais personagens, visual parecido e pouca evolução. Já nos extras, este jogo conseguiu chamar a atenção dos fãs da franquia por causa do brinde que veio com a edição. Os compradores do jogo levavam junto um remake de um OVA de Dragon Ball chamado Saiyajin Zetsumetsu Keikaku, que havia sido produzido originalmente para acompanhar um jogo de NES e trazia todos os vilões da série se juntando para acabar com os heróis.
Em 2011, a Spike deixou o modelo de Raging Blast de lado e produziu o fantástico Dragon Ball Z: Ultimate Tenkaichi. Ainda usando o estilo de Budokai Tenkaichi de visão, desta vez esse pode ser considerado o jogo mais cinematográfico da franquia. No meio das lutas há cortes de câmera, e os quick time events para apertar o botão na hora certa colocam um pouco de emoção nos combates. Os gráficos foram melhorados e o som é bem agradável, e o jogo ainda permite que se editem os personagens. Só não é perfeito porque é um pouco repetitivo.
Levando Goku no bolso
O PSP também ganhou suas próprias versões de Dragon Ball. Dragon Ball Z: Shin Budokai, lançado em 2006, é baseado na série Budokai de PS2 e só é divertidinho. Em 2007 foi lançada a continuação Dragon Ball Z: Shin Budokai – Another Road que tentou inovar um pouco trazendo um modo história inédito. Neste game, temos uma história alternativa sobre o que aconteceria se o Majin Buu surgisse na linha do tempo do Trunks do futuro, naquele universo onde Goku e os outros foram mortos pelos andróides. Outro jogo baseado no anime só viria a aparecer em 2010, com Dragon Ball Z: Tenkaichi Tag Team. Neste jogo, que segue a linha do Budokai Tenkaichi (PS2), a inovação são as batalhas em duplas, ou seja, com quatro jogadores brigando simultaneamente. Ficou tão interessante que ficamos nos perguntando por que isso não apareceu nos consoles de mesa.
Mas há algo de podre no pedaço, e não é a consciência do Mestre Kame. Em 2008 houve o lançamento de Dragonball Evolution, o longa metragem em live action produzido por americanos. Todos os consoles do mundo tomaram uma vacina anti-jogo-licenciado, menos o PSP, que ganhou o péssimo Dragon Ball Evolution em sua telinha. Todos os personagens foram modelados segundo o estilo dos atores no filme, então não precisa nem dizer que você deve ficar longe deste game, não é?
E esta foi a segunda, e última, parte da trajetória de Dragon Ball pelos consoles da Sony. Embora tenha ganhado todos os principais títulos, os consoles da concorrência ganharam algumas exclusividades, como o divertido Dragon Ball: Revenge of King Piccolo (Wii) e o Dragon Ball Kinect (360). Mas se o que você quer é o estilo tradicional de batalhas, só os consoles da Sony poderão te oferecer a experiência mais completa. E, no fim das contas, qual é o melhor jogo da série na sua opinião? O nosso campo de comentários não é a arena do Tenkaichi Budokai, mas também está aberta para as discussões entre vocês.
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