Blast Log

Blast Log: Mass Effect 3: Parte 3 – Grandes resoluções

Na semana passada , contei como meu Daniel Shepard obteve os meios para solucionar um problema milenar de uma raça alienígena, reencontrou ... (por Unknown em 08/04/2012, via PlayStation Blast)

Mordin e Shepard: os heróis dos Krogan Na semana passada, contei como meu Daniel Shepard obteve os meios para solucionar um problema milenar de uma raça alienígena, reencontrou velhos amigos e eu encontrei meus primeiros problemas técnicos com o jogo. Prepare-se, pois nessa semana contarei sobre algumas das maiores emoções que Mass Effect 3 oferece, e já começarei a me encaminhar rumo ao final dessa saga espacial.

Aviso: esta matéria contém spoilers de Mass Effect, Mass Effect 2 e Mass Effect 3. Leia por sua conta e risco e preste atenção aos alertas de spoiler.

Uma cura para todo o mal

Com Eve e Mordin a bordo, tanto o Primarch Victus quanto Wrex me oferecem sidequests para ajudar cada raça individualmente. A sidequest de Wrex é especialmente interessante, pois envolve uma decisão tomada no primeiro jogo (ou seja, na história em quadrinhos interativa).

Shepard chegando a Tuchanka sob fogo pesado

*Contém spoilers*

É nessa missão que reencontro o Krogan que me ajudou na luta contra os Collectors em Mass Effect 2, chamado Grunt. Ele carrega consigo uma enorme admiração por Shepard, e aceita prontamente que eu o ajude em sua missão, que é investigar a aparição de uma raça alienígena chamada Rachni. Raça esta cuja rainha eu salvei anteriormente, em um voto de confiança. Claro que os Rachni foram tomados pelos Reapers, e a Rainha que salvei está extremamente angustiada, sem poder comunicar-se com seus filhos, que estão sob o controle dos Reapers. Fico pensando no que aconteceria se eu não tivesse salvado-a, mas tomo novamente essa decisão e facilito sua fuga de uma caverna que está caindo aos pedaços.

*Fim dos spoilers*

A missão de Victus possui menos ligação com o panorama geral, mas é interessante pois mostra o filho do Primarch, um tenente, sob enorme pressão para realizar uma tarefa: desarmar uma bomba instalada pelos Turians em Tuchanka, planeta natal dos Krogan. Essa bomba caiu nas mãos da Cerberus e a situação é bastante delicada. São duas missões, no total. Uma para resgatar o Tenente e outra para ajudá-lo a desarmar a bomba.

Feito isso (além da segunda missão N7 e algumas sidequests na Citadel), finalmente volto a Tuchanka, para finalmente curar os Krogan e dar a eles uma chance. Antes disso, porém, recebo uma oferta: os Salarians têm interesse de manter os Krogan sob controle com a infertilidade. Eles sabotaram o Shroud, um mecanismo imenso responsável pela atmosfera de Tuchanka, e que será usado para distribuir a cura, e querem que eu garanta que ele não funcione. A ideia me parece abominável, mas em troca disso, eles podem me auxiliar com força militar.

Durante toda a missão em Tuchanka, o jogo me dá três chances de falar sobre a sabotagem ou de me manter calado. Inicialmente, preferi contar, mas fui interrompido. A segunda chance é logo após Wrex discursar sobre como quer dominar a galáxia após a cura, e isso me faz pensar se estou fazendo a coisa certa. Essa dúvida é muito cruel, mas decido não contar nada. Após me separar do grupo, passo por ruínas antigas dos Krogan, que tinham uma arte bem parecida com o povo egípcio antigo, e isso me mostra como o que arruinou sua integridade foi justamente a intervenção de outras raças. Decido curá-los, não importando se isso irá me custar o apoio dos Salarians.

*Contém spoilers*

A scientist salariaaaaan A cena seguinte é absolutamente incrível. Um Reaper está defendendo o Shroud, e ele dispara seus lasers enquanto outros inimigos me atacam e eu tenho de me esquivar rapidamente para acionar um mecanismo que trará à tona um monstro milenar capaz de derrotar o Reaper. E é isso que acontece: em uma cena épica, o Reaper luta contra o monstro, apenas para ser engolido pelas areias do deserto. Com uma sensação de triunfo, encontro-me com Mordin na entrada do Shroud. Tenho a última opção de escolher entre avisá-lo sobre a sabotagem ou impedi-lo de subir, e, é claro, decido pela primeira. Ele entende o motivo de eu não ter dito nada até aquele momento, agradece pela confiança e sobe para dispersar a cura no ar. Meu coração fica aos pulos enquanto a sala explode e ele cantarola, como sempre fazia, redimindo-se de seu erro para finalmente dar a vida pelos Krogan.

Dizer que essa cena foi a mais emocionante que já vi em um videogame não é exagero. Fico me sentindo culpado, pensando como poderia salvá-lo, mas entendo que ele se foi da forma como gostaria. E aí entendo que Mass Effect 3 ainda vai mexer muito comigo. O nome de Mordin vai para o mural daqueles que se sacrificaram pela missão, e os Krogan, sob a liderança de Wrex e Eve, têm a chance de reconstruir seu povo, com integridade.

*Fim dos spoilers*

Citadel sob ataque

Quem pensou que os pesadelos de Shepard tinham acabado se enganou. Dessa vez, a voz de Mordin se junta aos sussurros na floresta, e isso fortalece ainda mais a minha sensação de perda.

*Contém spoilers*

De qualquer maneira, após receber um pedido de ajuda do Conselheiro Salarian, parto para a Citadel. Ele acredita que Udina, o Conselheiro humano, está envolvido em atividades criminosas. A surpresa está no fato que a Cerberus está atacando o local, e eu preciso agir rápido para impedi-los de fazer o que quer que eles queiram. No decorrer da missão, fica claro que alguém facilitou o acesso deles, e tudo indica que seja justamente o Conselheiro Udina. Kai Leng, o assassino da Cerberus e braço direito do Illusive Man, está tentando assassinar os membros do Conselho para que os humanos tomem o poder. Kai Leng é provavelmente um dos maiores antagonistas do jogo, e é um personagem que foi apresentado nos livros da série, sem receber um pano de fundo real e concreto no jogo. Frustrante.

Kai Leng, o odioso

De qualquer maneira, impedi-lo não é tarefa fácil. Em outra cena excelente, Thane, o assassino alienígena que havia me auxiliado no jogo anterior, luta contra Kai Leng e quase leva a melhor, mas acaba seriamente ferido. A missão tem um clima de tensão muito grande, equiparado somente a invasão dos Collectors na Normandy no jogo anterior. Eu corro para impedir Kai Leng, e isso rende boas cenas de ação, incluindo uma perseguição de elevadores (!) e culminando em um impasse. Kaidan Alenko, meu antigo amigo e agora nomeado Spectre, não acredita que Udina seja um traidor. Sou obrigado a convencê-lo a abaixar a arma, em um diálogo que certamente poderia terminar em sua morte, e, finalmente, Udina revela sua traição ao tentar matar a conselheira Asari. Perdi a opção de matá-lo, pois mesmo naquele momento achei difícil de acreditar que ele faria tudo aquilo, mas Kaidan puxa o gatilho.

Resolvida a questão, eu recebo a notícia de que Thane está no hospital. A visita é muito aflitiva. Desde que o personagem foi apresentado, fica claro que ele estava à beira da morte, com uma doença muito séria. E após um dos diálogos mais tocantes de toda a série, Thane parte. Já consigo prever que sua voz irá se juntar aos sussurros dos pesadelos de Daniel, aumentando o peso dessa batalha toda.

*Fim dos spoilers*

Samara, a Justicar dividida entre dever e família Reencontros #2

Após essa sequência de grandes perdas e, ao mesmo tempo, grandes vitórias, eu tenho a chance de reencontrar mais antigos amigos e resolver questões.

Jacob, um humano bem sem graça, aparece em uma missão para resgatar ex-cientistas da Cerberus, o que é interessante pela parte do combate, mas não traz grande importância na história. Ele nunca foi um personagem interessante.

Já a outra é Samara, uma Asari que tinha sido obrigada a matar uma de suas filhas, vítima de uma mutação genética que as transforma em "vampiras", que sugam a energia vital de outros seres vivos. Suas outras duas filhas também possuem a mesma mutação, e estão a salvo num monastério. Ou pelo menos estariam a salvo, mas os Reapers estão usando todas as Asari que tenham essa condição para transformar em instrumentos de guerra, chamadas Banshees. Provavelmente são os inimigos mais desafiadores, elas são capazes de matar assim que se aproximam de qualquer personagem. A missão me dá a chance de salvar ou não Samara e apenas uma de suas filhas.

Também reencontro Zaeed Massani, que é um mercenário, e outro personagem do qual nunca gostei muito.

Uma coisa estranha e curiosa em Mass Effect 3 é você sair por aí encontrando seus velhos amigos por acaso. Ok, é um jogo, mas mesmo assim não deixa de ser irreal.

E o melhor reencontro de todos

Para finalizar a parte de encontros, chego finalmente ao ponto que eu mais estava esperando. Durante o segundo jogo, eu fiz com que Daniel se apaixonasse e mantivesse um relacionamento com Tali, que é membro de uma raça alienígena que precisa usar uma roupa protetora o tempo todo. Ela é, indiscutivelmente, uma das personagens mais apaixonantes da série, e eu estava muito ansioso para dar prosseguimento ao relacionamento.

Everybody loves Tali.

O reencontro é ótimo. Fico sabendo que Tali tornou-se uma Almirante, o maior cargo para um Quarian, e isso se deve às minhas decisões em Mass Effect 2. Conversando em particular, ambos deixamos claro que queremos manter o relacionamento, e ela diz que eu posso chamá-la para a minha cabine quando eu quiser.

Fato é que os Quarians precisam da minha ajuda pois estão guerreando contra os Geth, uma raça de máquinas com inteligência artificial criada por eles. Desde o jogo anterior, a culpa dos Geth nessa questão não é clara, e a impressão é que tudo isso ocorre justamente por causa da desconfiança dos Quarians. De qualquer maneira, os Geth estão aliados aos Reapers, para a minha tristeza, e eu preciso destruir uma nave deles para que tenha uma chance de ajudar os Quarians e receber o apoio militar deles.

Mas isso é assunto para a próxima parte do Blast Log. Grandes emoções pela frente.

Revisão: Alan Murilo


Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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