Desenvolvido pela Square e lançado no Japão nos anos 90, exatamente em 20 de novembro de 1997, Einhander só chegou em terras ocidentais quase um ano depois. Mas este atraso não fez feio. Gráficos, jogabilidade e uma trilha sonora que entrou para o Square Enix Music Compilation 2, da mesma empresa, são motivos que obrigam todo bom fã de shoot’n ups a pegar este jogo e colocá-lo no seu console, ou baixá-lo pela PSN, a reviver o melhor dos jogos de nave da época. Mas, o que isso quer dizer? Quer dizer que é hora de você parar de usar um pouco mais as redes sociais, resgatar seu velho jogo do armário e, antes de jogá-lo, ler com ele o restante do texto.
Sigam-me os bons.
Guerra entre Terra e Lua
O jogo gira em um futuro fictício. A Terra entrou em guerra com seu único satélite: a Lua. Esta já é a segunda guerra lunar, depois que a primeira resultou em uma Terra quase destruída e com poucos recursos naturais. O que também originou um regime totalitário no planeta. O que fazer então? Ora! Você precisa viver e, para isso, deve buscar sustento das fontes naturais restantes que a Terra dispõe, porém, o que era sua terra-natal até então, se tornou em um lugar hostil e perigoso demais para um belo passeio no fim da tarde. Com tudo isso em evidência, eis que surge Einhander, uma nave pilotada por um único homem que, apesar do estranho nome, precisa fazer seu dever antes que seus inimigos explodam o planeta e saiam para comer umas rosquinhas e tomar um café.
Pilotando uma nave de guerra
Einhander é um shoot 'n up bastante similar a Gradius. Se não conhece Gradius, acaba de ter um motivo mais que suficiente para se trancar no quarto e se auto-flagelar. Pois bem, como a grande maioria destes jogos, você controla uma nave que atira em outras. O que difere é somente a forma como é apresentado. Aqui, você escolhe entre 3 modelos de Einhander, tendo mais 2 secretos, se move em diferentes velocidades e pode possuir várias armas, roubando-as até de seus inimigos. Alguém mais sentiu um toque de Megaman nessa afirmação? Porém, esta característica acrescenta mais ao jogo do que se imagina, pois, você precisará conhecer bem as armas antes de trocá-las de uma maneira aleatória. Cada arma possui sua especialidade e, seu modo de uso errado, pode acarretar em sérias complicações.
O jogo também possui uma barra de pontuação bastante interessante. Seus pontos são resultados de o quanto você extermina e o quanto faz isso de uma só vez. Existe um certo limite que, com o passar do tempo, reduz sua pontuação final.
Uma ópera futurista com bastante música eletrônica
O ambiente é futurista, com naves, tiros, prédios consumindo a pouca energia que podem produzir, mais tiros, estruturas destruídas, mais tiros. Para achar alguma sonoridade compatível com tal ambiente, nada menos que Kenichiro Fukui (Front Mission 5, Final Fantasy XII) nos estúdios de criação e, voilá, músicas que vão da ópera (como em Zero Gravity) até o progressive house e hip pop (como em Thermosphere) invadem o cenário pós-apocalíptico do game.
Os efeitos sonoros também agradam bastante até os ouvidos mais desatentos. Exatamente nenhum objeto do cenário fica sem seu devido som, e o caos composto por todos estes elementos criam um link de conexão com o tema de guerra e desespero.
Gráficos lunares
Einhander cumpre bem seu papel em relação aos gráficos. Como o jogo é um 2.5D, ou seja, você tem um jogo 2D que possui variações de câmera em vários ângulos. Isso deu uma nova cara para os shoot’n ups, ainda mais em momentos de maior importância durante o jogo. Os cenários passam uma sensação de profundidade muito boa e efeitos gráficos, como explosões, luzes e reflexos bastante convincentes. Os gráficos dos chefes são um show a parte, sendo mais marcante nos momentos finais do jogo. Se você conseguiu fechar o jogo, sabe o quanto era interessante e, até mesmo estonteante, batalhar em gravidade zero.
Concluíndo
Para os fãs desse gênero tradicional, nada mais justo que revivê-lo com qualidade. A Square não faz bonito só em seus RPGs e mostra que qualidade não importa o gênero, desde que se cumpra o planejado. Para os fãs de Gradius, ou seja lá qual foi o jogo em que você possa sair por aí pilotando uma nave chutando outras bundas com asas, esse jogo é e sempre foi uma boa pedida.
Revisão: Jorge Gutierre
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