A caixa de Pandora é, por si só, um elemento fulcral da mitologia grega. Na trilogia de God of War, o artefato é retomado como item crucial para o desenvolvimento da história de Kratos. O mito original conta que a caixa de Pandora é um recipiente que contém todos os males do mundo e que, quando aberto, libera seu conteúdo para o universo - a exceção de um, a esperança.
*contém spoilers
O início de tudo
Em God Of War, a caixa de Pandora se distingue do mito original. Aqui ela é realmente uma caixa - grande e retangular - enquanto originalmente é algo mais parecido com um jarro.
No início a caixa foi criada por Hephaestus, por ordem de Zeus, para conter os males criados por Titanomachy. Sabendo que nem todo metal pode conter o poder do mal, Hephaestus forjou a caixa de um poder maior que os dos Deuses: a chama do Olimpo. A chama é um dos elementos mais perigosos, porque é arriscada e ao mesmo tempo sedutora. Tão letal quanto bonita, mataria a qualquer um que tentasse tocá-la.
A única maneira para se aproximar da chama seria por meio de uma criança que Hephaestus criou da própria chama - Pandora. Contudo, Hephaestus sabia que Zeus tentaria se apoderar de Pandora, e, para se resguardar, Hephaestus o fez acreditar que colocar a caixa nas costas do Titã Cronos seria a opção mais segura. Desta maneira, o criador fez uma escolha: salvou Pandora, mas condenou Cronos a uma vida de agonia e muito sofrimento.
Obviamente, muitos tentaram se apoderar da caixa. Entretanto, somente Kratos apelaria ao artefato com o intuito de destruir Ares. Durante todo percurso do jogo, Kratos tenta de todas as maneiras alcançar seu objetivo. Contudo, apenas no final - e após uma reviravolta impressionante - Kratos abre a caixa e, eventualmente, destrói Ares. Aparentemente, este poderia ser o fim do ciclo da caixa na história da franquia, mas era só o começo.
God of War II: uma aparição mais contida
Em God of War II, o item possui uma importância muito mais sutil. Apesar de não ser o centro das atenções, as consequências da abertura da caixa do jogo anterior permeiam toda a história de GOW II. O artefato nunca é diretamente mencionado ou visto, contudo, a ira e ganância dos deuses podem ser relacionadas com a distribuição do mal causado pela caixa.
God of War III: caixa de Pandora como o centro dos holofotes
No último jogo da franquia, a caixa de Pandora é o centro de tudo. Kratos, mais uma vez, vai em busca do item com o objetivo de ganhar poder. Durante toda a trama, o artefato está envolvido de alguma maneira. No fim, Kratos finalmente consegue abrir a caixa, às custas da morte de Pandora. Contudo, para a surpresa de todos, a caixa está completamente vazia.
Kratos fica enfurecido e deseja vingança de Zeus. Após uma longa batalha, guiado pelo espírito de Pandora, Kratos finalmente consegue se libertar da sua fúria e ódio e, finalmente, se redimir pelos seus pecados anteriores. Neste trecho, Kratos entende que a esperança é a arma mais poderosa e que somente por meio dela é possível derrotar seu inimigo.
Curiosidades
- A God of War III: Ultimate Edition traz, além do jogo, uma réplica perfeita da Caixa de Pandora
- Kratos descobre que a Pandora não era somente a chave para abrir a caixa, como também uma tutora, visto que só por meio dos ensinamentos dela é possível acessar o poder
- A caixa de Pandora foi modificada no último jogo da série. Em God of War, a tampa mostra faces atormentadas. Já em God of War III, isto foi substituído por imagens de mãos e demônios com chifres
Revisão: Alberto Canen
PSone??
ResponderExcluirEi, Gabriel, falha minha! Obrigada :)
ResponderExcluira edição especial é muito bonita. preciso muito fechar GOWIII, falha de caráter minha!
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