A Brasil Game Show desse ano foi cheia de surpresas, e talvez a mais agradável de todas tenha vindo direto da Sony. Durante sua conferência, muitos especulavam que a casa do PlayStation oficializaria a fabricação do PlayStation 3 no Brasil, nos moldes do que a Microsoft vem fazendo com o XBOX 360, mas infelizmente ainda não era a hora.
A conferência da Sony foi passando, passando, e nada do anúncio do PS3 nacional. E eis que Mark Stanley, presidente da divisão PlayStation da América Latina, anuncia aquilo que muitos desejavam ver, mas sem muitas esperanças, ali no BGS 2011: o PlayStation Vita. A empresa surpreendeu e trouxe seu novo portátil, ainda sem data de lançamento no Brasil, e disponibilizou algumas unidades para os jornalistas presentes. Estavam jogáveis as demos de Uncharted: Golden Abyss, LittleBigPlanet e ModNation Racers, e a equipe do PlayStation Blast teve acesso ao Vita e os três jogos, e traz para você suas primeiras impressões.
“Em termos de design, o PSVita é bastante semelhante com o seu antecessor, o PSP. A grande diferença pode ser notada de perto: ele é muito maior. A tela, principalmente. Isso somado aos incríveis gráficos, ele deverá proporcionar uma experiência portátil muito mais imersiva, embora o adjetivo "portátil" possa ser questionado devido ao tamanho do aparelho.”
Joguei a demo do ModNation Racers, e o jogo já está bem avançado no desenvolvimento, lembrando muito sua versão para PS3. No entanto, os gráficos parecem um pouco "borrados" (devendo bastante para a demo de Uncharted) e o direcional analógico embaixo do direcional em cruz incomoda um pouco, pois a pegada das mãos acaba ficando torta. Acredito que o PSVita tem um grande potencial no mercado, com seus gráficos belíssimos, conexão 3G e aplicativos a la smartphones. 3DS que se cuide!”
Sérgio Estrella, Diretor Geral
"Após meu primeiro e, infelizmente, único encontro com o PlayStation Vita, três características rapidamente se sobressaíram das demais: primeiro o peso, pois o aparelho é muito leve; depois a tela, que além de ter bastante qualidade gráfica, é enorme, parece um "cinema de bolso"; e, finalmente, o touch screen, que realmente funciona. Sem contar que o Vita é lindo. Aguardo ansioso pela sua chegada."
Alberto Canen, Diretor de Notícias
O PSVita e a Sony roubaram a cena na Brasil Game Show. Somente o rumor de que o novo portátil estaria na feira já seria suficiente para criar uma expectativa acima do normal e fazer com que as atenções se voltassem para a empresa. A confirmação de que o aparelho realmente estava lá, foi outra história. Saber que poderia testá-lo, então, foi outra completamente diferente.
Particularmente, não sou fã de portáteis. Nunca me acostumei a jogar em telas pequenas e ter minhas mãos tão juntas para controlar meu personagem preferido. Mas não foi isso que encontrei ao segurar o Vita pela primeira vez em minhas mãos. Grande, com tela de OLED de 5 polegadas e botões estrategicamente posicionados para quem tem mãos grandes, o Vita já me conquistou.
A sensação que tive foi a de estar olhando para um mini PS3 com tela grande o suficiente para caber em minhas mãos de maneira confortável. Dizer que o console é portátil é um erro - ele não caberia no bolso de ninguém. Mas, em tempos de tablets, acredito que não será um problema sair com ele por aí.
Infelizmente só pude jogar um jogo: LittleBigPlanet. Não sou familiarizado com o game e tampouco sei jogá-lo direito. Mesmo assim, me ocupei em perceber que a tela é sensível o suficiente para identificar o mais leve dos toques, reconhece mais de dois toques simultâneos e, novamente, os direcionais e botões são excelentes. Os gráficos brilham, as cores têm mais vida e o console é ‘malcriado’ – mesmo em uma sala barulhenta, pude ouvir o jogo o tempo inteiro.
As comparações são inevitáveis. O Vita é tão leve quanto o 3DS, mais anatômico e, mesmo na sua ‘simplicidade’, me pareceu mais interessante. Parece-me que a Sony acertou em cheio: ao invés de revolucionar a forma que jogamos num portátil, ela simplesmente aprimorou a fórmula que sempre deu certo. Não, não há nada de TÃO revolucionário nele. Mas quem disse que para ser bom e cativar um gamer como eu precisa revolucionar?
Sérgio Oliveira, Diretor de Mídias Sociais
“Não muito diferente das outras versões, no que se refere à "pegada", o PSVita se mostrou um console bem moderno e prático. Agora, com tela de toque e gráficos mais detalhados, me parece ser a base para futuros lançamentos de títulos mais exigentes, e consequentemente, de jogos mais importantes.”
Jaime Ninice, Assessor de Eventos
“Ficamos uma hora e meia na fila para testar o poderoso portátil da Sony. A espera valeu a pena? Para mim, não. Só tivemos dois míseros minutos, o que não foi suficiente para fazer uma análise mais aprofundada. O Vita não é nada portátil: a tela é grande e você precisa das duas mãos para segurá-lo, mesmo na vertical. Porém, o console é bem leve e anatômico. Os botões ficam bem localizados e os analógicos respondem bem aos comandos. Alô, Nintendo, era um analógico assim que o 3DS precisava!”
Testei o LittleBigPlanet e, graficamente, não vi diferença entre o Vita e o PS3. No mini-game que joguei, o objetivo era guiar o Sackboy dentro de uma bolha até o final do percurso. O jogo é todo baseado na tela frontal touch screen, que não responde tão bem quanto eu pensava. Não posso nem justificar como “sujeira” na tela, já que fui o primeiro da fila a jogar.”
Pelo que vi, não deu para ficar tão animado. É praticamente um PlayStation 3 de bolso. Quem já possui o console de mesa da Sony não tem motivos para investir no portátil – exceto pelo fator “mobilidade”. Se os games que saírem para o Vita forem exatamente os mesmos do PS3, como tem sido anunciado, então não vejo muito sucesso pela frente. Mas, se a Sony melhorar os pequenos defeitos e investir em novidades exclusivas, o Vita tem tudo para desbancar o concorrente da Nintendo.”
Alveni Lisboa, Diretor de Comunicação
“O PlayStation Vita conquista pela sua tela de qualidade. Os gráficos vívidos fazem com que você tenha a impressão de que um PlayStation 3 está em suas mãos. O console é mais pesado do que esperava e os controles são bem sensíveis. Os dois direcionais na minha opinião ficaram muito expostos do console, como se tivessem alongado um pouco mais.
A tela multitoque frontal tem um tempo de resposta excelente. O touchpad traseiro surpreende ainda mais, por ser capaz de de reconhecer 10 toques simultaneamente. Se a palavra ‘surpreendente’ aceitar sinônimos, eu ofereço um: ‘PSVita’.”
Jean Duarte, Redator
“’O Vita veio pra ficar.’ Essa foi a primeira coisa que me passou pela cabeça quando pus as mãos no portátil pela primeira vez, logo após a conferência da Sony na Brasil Game Show. O aparelho, que no visual lembra muito um PSP, apesar de grande à primeira vista é bastante leve. A tela é enorme, e a qualidade gráfica lembra bastante o que vemos atualmente no PlayStation 3. O portátil encaixa bem na mão e parece bem confortável de se jogar por horas e horas a fio.
Uma das grandes sacadas é o touchpad na parte de trás do aparelho, ferramenta que abre um enorme leque de possibilidades. Jeff Kaplan, membro da equipe de desenvolvimento de ModNation Racers, me mostrou como o touchpad funcionava no jogo de corrida. No modo de criação de pistas, encostar os dedos na parte de trás do Vita cria elevações no cenário, possibilitando a criação de montanhas. Já a tela de toque na parte frontal faz exatamente o oposto, ou seja, cria depressões, e também serve para desenhar o formato da pista.”
No dia seguinte foi a vez de testar Uncharted: Golden Abyss ao lado de Keith Guerrete, um dos produtores do jogo. Muito simpático, Guerrete explicou um pouco das funcionalidades do Vita aproveitadas no jogo enquanto eu jogava uma das demos, e ainda aproveitou para mostrar as câmeras frontal e traseira do console. A demo usava a tela de toque frontal para desenhar o caminho que Drake seguiria na tela e o giroscópio do Vita, que servia para equilibrar o personagem em determinadas partes do cenário. Ambos respondiam muito bem aos meus comandos, o tempo de resposta era muito bom.
Dei o braço a torcer e concordei que realmente parece um PlayStation 3 portátil. Depois de testar o pequeno notável, só tenho uma coisa a dizer: o PSVita é compra certa.”
Rodrigo Estevam, Diretor de Pautas
Sem dúvidas a Sony, mais uma vez, dominou a Brasil Game Show. Depois de trazer o PlayStation Move no ano passado, esse ano a gigante multimídia tomou para si todas as atenções no evento. As filas formadas para testar o Vita davam voltas no estande da empresa nos dois dias em que o portátil foi disponibilizado para o público. Isso sem contar a ilustre presença de Yoshinori Ono, produtor de Street Fighter, que esteve presente autografando pôsteres de Street Fighter x Tekken na sala VIP do estande PlayStation. Mas isso é papo pra outra hora.
Gostei de cada uma das impressões que tiveram. Me pareceram bem sinceras. Mas uma coisa tenho que concordar: Se as versões do ps3 forem iguais aos do psvita, qual a graça de ter um? Espero que realmente invistam em exclusivos para o console, pois não é a tecnologia do "portátil" que irá salvá-lo.
ResponderExcluirMuito boa a matéria, parabéns para a equipe pelo empenho.
ResponderExcluirSobre o Vita, não tem o que falar né... Não vejo a hora de ver um God of War, Sly Cooper e Assassin's Creed nesse portátil.
O meu medo é que o Vita vire uma casa de ports de PS3, pra fazer sucesso ela precisa tirar essa impressão que se tem agora sobre o portátil, investir em exclusivos aproveitando as características únicas dele.
ResponderExcluir"Se as versões do ps3 forem iguais aos do psvita, qual a graça de ter um?"
Bem isso mesmo.
Mesmo assim, tem alguns jogos que me agradaram.
Boa matéria, deu vontade de ter ido e testado um pouco haha
Não gostei de comentários como "Dizer que o console é portátil é um erro - ele não caberia no bolso de ninguém."
ResponderExcluirDe onde saiu essa noção de que para ser portátil tem que acaber no bolso? Notebooks cabem no bolso? Não faz o menor sentido desqualificar o console como portátil pq não cabe no bolso, faria sentido se ele só funcionasse ligado na tomada ou se fosse grande/pesado demais para carregar.
Calma aí, não entendi uma coisa. Todos aí elogiaram a resposta do touch screen (o touch foi elogiado inclusive nas análises da eurogamer, gamespot, etc), mas segundo o Lisboa a tela de toque não funciona bem. O que aconteceu afinal?
ResponderExcluirO Alveni é muito rigoroso e está acostumado a outros tipos de toque hahahaha
ResponderExcluirMas sério, em que o touch screen não funcionou bem quando ele testou?
ResponderExcluirEm que tipos de games o PSVita serão compatíveis com PS3???
ResponderExcluir@Rodsvilaca
ResponderExcluirA compatibilidade não é direta, mas alguns jogos foram anunciados para as duas plataformas. Voce que tem PS3 não vai pegar seu jogo e jogar no Vita (acho que só o MGS collection é assim, nao sei ao certo).
Em ports, tem F1 2011, Blazblue, SFxTekken...
@Rauali
ResponderExcluirO Alveni testou o PSVita com LittleBigPlanet. Nem o jogo e nem o portátil estão prontos, então pode ser que enquanto ele testava tenha rolado algum problema. Quando joguei ModNation e Uncharted a tela de toque respondeu muito bem aos meus comandos, apesar de eu ter achado meio sem graça a forma como a demo de Uncharted introduzia os comandos pela touchscreen no jogo ("deslize o dedo na diagonal, seguindo a seta, para que Drake corte uma lona que impede sua passagem" e coisas assim).
Achei o touch no Golden Abyss, pelo menos nos vídeos que vi, meia boca também... é aquilo, colocaram para dizer que tem, mas pelo menos o uso do touch será opcional, e eu irei preferir jogar no comando padrão.
ResponderExcluirMas o LBP, pelos vídeos, parece fazer um excelente uso da touch, já que o level design parece ser criada com essa utilização em mente.
Só não entendi o "problema" que ele teve com a touch, já que ele foi o único que reclamou, deveria especificar em que a touch não respondeu bem ou em que ficou aquém do que ele esperava.
@Rauali.
ResponderExcluirTenho esse presentimento tb. Mas a sony TEM que saber exlporar esse tought, não pode jogar essa função no lixo, como faz com o move do ps3. Os 2 maiores exemplos que ja vi de recurso tought perfeitos, foram o Kirby kanvas curse e zelda phanton hurglass. Se a sony buscar algumas ideias similares, da pra salvar o tought tranquilo.