Análise: Sonic’s Ultimate Genesis Collection (PS3)

Não é difícil encontrar jogadores que apreciem os games antigos, os chamados “jogos retrôs”. Basta lembrar do nome de um jogo conhecido ou mesmo de um console que fez sucesso para que horas de lembranças venham à tona. Valendo-se dessa paixão que continua a atrair diversas pessoas, é que as grandes marcas sempre estão deixando disponíveis seus jogos para vender, principalmente em suas respectivas lojas virtuais. Mas a SEGA fez mais do que isso. Ela trouxe uma coletânea em  disco bastante generosa de seus jogos, possibilitando que os fãs dos saudosos Mega Drive (Genenis) e Master System tenham a oportunidade de matar as saudades de alguns do títulos que marcaram época. Também novos jogadores terão a oportunidade de aproveitar pela primeira vez a maravilha dos jogos vintage.

Antigo sim; velho não

Uma das primeiras preocupações que deve aparecer na mente de qualquer jogador das antigas é com a qualidade das imagens. Claro, estamos falando de jogos da época dos cartuchos de 8 e 16-bits, que rodavam em televisões de tubo, praticamente quadradas. Hoje nós rodamos nossos PlayStations 3 em belas televisões de LCD, sempre em tamanho 16:9, com no mínimo 720p de resolução.

A Backbone Entertainment, desenvolvedora do jogo, não deixou ninguém na mão e trouxe todos os jogos da coleção para os dias atuais. Cada um foi convertido para a alta definição de 720p. Mais que isso, existem algumas opções bem interessantes de ajustes que vão agradar àqueles que gostam de uma imagem mais pixelada e aos que prefiram uma imagem mais suavizada.

Trailer

Nas opções de configuração de vídeo (Video Setup), existe a possibilidade de deixar a imagem no tamanho 4:3 ou 16:9 – você escolhe conforme o seu gosto. Tem a opção “Smoothing”, que serve justamente para amenizar as imagens quadriculadas, deixando-as mais retinhas. Não há dúvidas que muitos irão preferir deixar os pixels como eram originalmente, deixando a experiência retrô mais “completa”.

Mais fácil do que nunca

A facilidade do jogo não está no fato de terem diminuído a velocidade ou facilitado a jogabilidade – o que não aconteceu. Também não se deve ao fato de você estar mais experiente e agora “tira de letra” o que antes era uma enorme dor-de-cabeça. Acontece que agora é possível salvar o jogo em qualquer momento da partida. O que significa que não é mais necessário voltar desde a primeira fase quando perder a última vida no derradeiro chefe do game. Mas isso pode comprometer bastante, pois salvar o jogo a cada instante só deixa as coisas muito mais fáceis e, convenhamos, chatas. Por isso, melhor salvar apenas quando não puder mais jogar naquele momento, como uma espécie de “checkpoint”.

Outra facilidade do jogo é relativa aos controles, além de poder configurar os botões na disposição que bem entender no controle do seu PS3, ainda é possível valer-se da famosa capacidade “Rapid Fire”, que serve para disparar o botão incessantemente, bastando segurar o mesmo. É um atributo bem-vindo, mas também não é uma novidade, pois alguns controles de antigamente já possuíam essa peculiaridade, mesmo na época do Master System. Para este console, até mesmo um aparelhinho para acoplar ao seu controle era vendido. Sempre foi um razoável alívio para os calos dos dedos.

A falta que fazem

Não há dúvida que uma coleção com 49 opções de jogos é bastante razoável. Mas também é certo que existem muitos outros jogos que fazem bastante falta nesse acervo. Qualquer jogador de outrora saberá, sem muito esforço, citar 10 jogos ou mais que não poderiam ter faltado dentre as opções. Títulos como Quack Shot (Mega Drive, 1991) e Castle of Illusion (Mega Drive, 1992) são alguns exemplos de bons jogos que ainda deixam saudades e que ficaram de fora da lista.

Outra ausência marcante é justamente de um modo online. Hoje em dia não há qualquer dificuldade em se criar uma opção para aproveitar o jogo com um amigo que agora mora longe. Afinal, não é sempre que podemos aproveitar a companhia dos mesmos na sala de nossas casas, como era costume.

Um acervo vintage

O mais importante de uma coletânea de games, claro, são os jogos que a mesma contém. São 40 de Mega Drive e mais 9 de Master System/Arcade. Estes precisam ser desbloqueados ao jogar determinados games dos primeiros 40. Mas não são segredos guardados a sete chaves, o próprio jogo tem uma área onde estão os bônus em que eles indicam o que deve ser feito. Para desbloquear o excelente RPG Phantasy Star (Master System, 1988), por exemplo, é necessário derrotar o primeiro chefe de Sonic The Hedgehog 2 (Mega Drive, 1992) com 2 jogadores. Fácil até demais. Mais abaixo podemos conferir a lista:

Mega Drive

• Alex Kidd in the Enchanted Castle
• Alien Storm
• Altered Beast
• Beyond Oasis
• Bonanza Bros.
• Columns
• Comix Zone
• Decap Attack starring Chuck D. Head
• Dr. Robotnik's MBM
• Dynamite Headdy
• Ecco the Dolphin
• Ecco II: The Tides of Time
• E-SWAT
• Fatal Labyrinth
• Flicky
• Gain Ground
• Golden Axe I
• Golden Axe II
• Golden Axe III
• Kid Chameleon
• Phantasy Star II
• Phantasy Star III: Generations of Doom
• Phantasy Star IV: The End of the Millennium
• Ristar
• Shining in the Darkness
• Shining Force
• Shining Force 2
• Shinobi III: Return of the Ninja Master
• Sonic 3D Blast
• Sonic and Knuckles
• Sonic Spinball
• Sonic The Hedgehog
• Sonic The Hedgehog 2
• Sonic The Hedgehog 3
• Streets of Rage
• Streets of Rage 2
• Streets of Rage 3
• Super Thunder Blade
• Vectorman
• Vectorman 2

Desbloqueáveis

• Golden Axe Warrior (Master System)
• Phantasy Star (Master System)
• Alien Syndrome (Arcade)
• Altered Beast (Arcade)
• Congo Bongo (Arcade)
• Fantasy Zone (Arcade)
• Shinobi (Arcade)
• Space Harrier (Arcade)
• Zaxxon (Arcade)

Prós

• Alta definição para todos os jogos da coletânea
• Variedade boa de jogos
• Customização de vídeo e controle

Contras

• Modo online inexistente
• Jogos que fizeram falta

Sonic's Ultimate Genesis Collection – PS3 – Nota Final: 8.0

Gráficos: 7.5 | Som: 7.5 | Jogabilidade: 8.0 | Diversão: 9.0