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Análise: Scott Pilgrim vs. the World: The Game (PS3/PSN)

O rapaz se interessa pela garota. Ela se interessa por ele também. Mas para eles ficarem juntos tem apenas um pequeno contratempo a ser res... (por Alberto Canen em 18/09/2011, via PlayStation Blast)

CAPAO rapaz se interessa pela garota. Ela se interessa por ele também. Mas para eles ficarem juntos tem apenas um pequeno contratempo a ser resolvido: ele deve derrotar os 7 ex-namorados dela. Para piorar tudo, eles têm super poderes e são malignos. As opções são simples: esquecer a garota, afinal ela tem uma bagagem bem pesada; ou arrebentar esses 7 folgados que deveriam estar cuidando das próprias vidas. Felizmente para nós, Scott Pilgrim escolheu a segunda opção e vai encarar esses vilões e seus seguidores. Para isso, ele conta com a ajuda dos dois membros da sua banda de rock e da própria Ramona Flowers, a “mocinha” que é o centro de toda a disputa.

Quem estava com saudades dos beat‘em ups das antigas, pode ficar feliz, pois o jogo é todo ambientado nos moldes dos jogos de pancadaria da era dos 8 e 16-bits. E para melhorar as coisas, ainda foi acrescentada uma parte de RPG bem interessante. Vale a pena conferir esse jogo, que é um verdadeiro tributo aos anos 90.
Toda essa história que foi contada na introdução não é bem explicada no jogo, que praticamente coloca os jogadores direto na pancadaria. Mas como o game foi baseado na história em quadrinhos homônima, pode-se concluir que foi feito para os fãs da série, e quem quiser saber mais pode simplesmente adquiri-las. Também foi feito um filme com o mesmo nome do jogo, mas os personagens são baseados mesmo é nos gibis.
pilgrim FilmeScott Pilgrim quadrinhos
O criador de Scott Pilgrim, que também serviu de consultor para o game, é o cartunista canadense Bryan Lee O'Malley. Ele também é músico de pouco sucesso, e talvez por isso tenha criado um personagem que tem uma banda e que sonha com o sucesso da mesma. Seja como for, nos quadrinhos eles acertou em cheio.
Bryan canadenseBryan-Lee-OMalley

De volta aos anos 90

O jogo é cheio de referências aos clássicos jogos de pancadaria dos anos 90, da era 8 e 16-bits. Diversos games do NES, SNES, Master System e Mega Drive. O mapa do jogo, por exemplo, é nitidamente baseado no mapa de Super Mario Bros.; outra homenagem aos jogos do encanador bigodudo é a banda de Scott, que é chamada de “Sex Bob-Omb”, e tem um bob-omb como símbolo; o nome do jogo, Scott Pilgrim vs. The World é baseado no título do jogo The Simpsons: Bart vs. the World; Claro que o clássico Street Fighter 2 não poderia ficar de fora, e o Scott aplica 2 golpes claros da franquia, o heel kick da Chun Li e o Tatsumaki Senpukiaku (meia lua pra trás + chute) do Ryu/Ken, e quando um dos ex-namorados do mal é vencido, o famoso “K.O”. em câmera lenta também aparece; o esquema de coletar moedas e utilizá-las para melhorar os atributos do personagem são completamente tirados de River City Ransom; a última fase acontece no Chaos Theater, de Earthbound; ainda podemos citar outros jogos como Altered Beast, Castlevania, Golden Axe, Streets of Rage, Double Dragon, Teenage Mutant Ninja Turtles e muitos outros. Vale mesmo a pena reparar em todos os detalhes e se divertir bastante com a nostalgia com que o game nos brinda.
A mensagem "Vencedores não comem carne", do agente do VBI, Willian S. Brocoli, que antecede a tela-título é uma sátira da campanha nos anos 90, em que o diretor do FBI William S. Sessions alertava que "Vencedores não usam drogas" estampado nos jogos dos fliperamas mais jogados na época.
Simpsons Bart vs the WorldChaos Theater EarthboundTATSUMAKI SENPUKIAKUMapaLojaKOBandaBob-omb

Os mal-amados vs. Os bem-amados

Scott, sua namorada Ramona e mais dois amigos da banda, Kim e Stills, devem derrotar os 7 ex-namorados: Matthew Patel, Lucas Lee, Todd Ingram, Roxanne Roxy Richter (sim, uma garota), os Gêmeos Katayanagi e Gideon Gordon Graves. Ainda é necessário vencer o NegaScott, que é Scott maligno (Lembra o Evil Link, não?).
4 contra 7
Cada um dos lutadores tem os seus ataques e habilidades próprios que vão sendo desbloqueados conforme se passa de nível (16 ao todo). Também existem atributos a serem maximizados (STG/DEF/WP/SPD). Mas no começo, como acontece nos RPGs, os personagens começam do zero, o que torna o jogo bem desafiador, principalmente se jogado em modo single player. Também com escassez de golpes é necessário esmagar bastante os botões, pois não existem muitas alternativas, porém, com o tempo e novos golpes sendo adquiridos, as lutas também vão ficando mais interessantes, pois existem muitas sequências para serem aplicadas. Não dá para enjoar das lutas, mesmo contra os inimigos mais genéricos.
E essa voadoraOs 4 em combate
Conhece essa lojaUma forma de melhorar os atributos é comprando itens nas lojas do jogo, principalmente as secretas, por isso é importante coletar as moedas que os inimigos deixam pelo caminho, pois isso vai facilitar muito a sua vida. É possível também comprar um item para viagem, que é logo acrescentado ao life e assim que ele chega a zero, esse extra é consumido.
Os chefes (ex-namorados) também tem suas habilidades próprias e cada um tem um esquema para ser batido. Como sempre, quando há mais de um jogador para ajudar fica mais fácil, mas jogando sozinho também não será tanto problema.
Ex-namorado 1Boss 2Guitar Heroex 2 (2)Ex-namoradaOs 7 ex-namorados

Anamanaguchi

DiscoA trilha sonora do jogo ficou por conta da banda independente de Nova Iorque, Anamanaguchi (uma “ótima” dica de nome para crianças, animais de estimação e nicknames… para os outros, claro), que tem como estilo uma mistura dos tradicionais guitarra, baixo e bateria com chiptunes – um tipo de música sintetizada que lembram jogos antigos de videogames. A banda, que usa um NES hackeado, criou as músicas especialmente para o jogo e ficaram excelentes. Essa mistura dá uma clima perfeito para o jogo, pois ajuda a ambientar os tempos dos videogames da década de 90. E mesmo que seja um pouco repetitiva algumas vezes, não enjoa nunca. Eis a lista de músicas que podem ser encontradas no disco:
Anamanaguchi01. Scott Pilgrim Anthem
02. Another Winter
03. Skate or Live
04. Sushi Box
05. Shrine Bros
06. Suburban Tram
07. Maki Ya
08. Cheap Shop
09. Rock Club
10. Vegetable Rock
11. Bollywood
12. Rox 300 anamanaguchi NES
13. Gideon Wrath Part I
14. Gideon Wrath Part II
15. Giant Contraband Robot
16. The Dark One
17. Leave The Past Behind
18. Come On Down
19. Party Stronger
20. Twin Dragons
21. TechnoMan
22. Subboss Theme
23. Just Like in the Movies
24. This Is The End

Prós

  • Trilha sonora: bela mistura de instrumentos musicais com chiptunes;
  • Visual pixelado: em alta definição e bem feito;
  • Jogabilidade: ótimo sistema de níveis, com várias opções de golpes.

Contras

  • Modo online inexistente;
  • Modo cooperativo caótico para 4 jogadores;
  • Dublagem inexistente.
Scott Pilgrim vs. The World: The Game – PS3/PSN – Notal Final: 8.0
Gráficos: 8.0 | Som: 8.0 | Jogabilidade: 8.0 | Diversão: 8.0

é formado em Direito pela UFRN. Joga videogame desde os tempos do Atari e sempre acompanha as novidades na indústria de jogos. Está no Facebook e no Twitter.

Comentários

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  1. Não creio que o modo cooperativo seja um contra. É hilário jogar com amigos do lado e acertar eles sem querer e ser xingado por isso xD

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  2. Conheci Scott Pilgrim através do filme.
    Depois fui atras das HQS!
    Agora só falta este game!!!

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  3. @Artur: não é o modo cooperativo em si um contra, apenas quando se está jogando com 4 jogadores ao mesmo tempo fica meio confuso, pois é muita coisa na tela ao mesmo tempo. Mas o modo cooperativo é bom sim, pode chamar os amigos o/. Abraços!

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  4. eu acho que dublagem nao ficaria legal nesse game pq a referência do game e todo 8 bits e naquele tempo nao tinha game com vozes

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